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Bacia Hidrográfica do Gravataí

A Bacia Hidrográfica do Gravataí possui uma cobertura florestal de 483,72 km², o que representa 0,171% da cobertura do Estado, sendo 333,65 km² (0,118%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 150,07 km² (0,053%) de reflorestamentos assim distribuídos: 4,06 km² (0,001%) de Eucaliptos, 145,63 km² (0,052%) de Pinus e 0,38 km² (0,00013%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Gravataí foram encontradas 79 espécies pertencentes à 33 famílias botânicas, considerando-se os indivíduos com CAP ³ 30 cm. Além dessas ocorreram 4 cipós, 2 indivíduos não identificados e 33 árvores mortas.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,3186, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 0,9121 (Parcela 1455) e 2,8730 (Parcela 1456).

As famílias Lauraceae, com 10 espécies e Myrtaceae, com 8 espécies, foram as mais representativas da Bacia do Gravataí, seguidas de: Mimosaceae (6); Moraceae (5); Meliaceae e Euphorbiaceae (4); Boraginaceae, Fabaceae, Sapindaceae e Verbenaceae, com 3 espécies. Das 22 famílias restantes, 4 apresentaram 2 espécies e 18 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Gravataí indicaram um diâmetro médio de 18,26 cm, variando entre 14,10 cm (Parcela 1446) e 20,66 cm (Parcela 1507); o diâmetro mínimo foi de 9,55 cm e o máximo de 101,86 cm, pertencente a uma figueira (Ficus insipida), árvore nº 68 da parcela 1456 - Carta Caxias do Sul; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 48,81%, variando de 29,88% (Parcela 1446) a 62,76% (Parcela 1456).

A altura total média foi de 11,99 m, variando de 10,91 m (Parcela 1446) a 13,53 m (Parcela 1455); a altura total mínima foi de 2,30 m e a máxima de 29,90 m de um Louro (Cordia trichotoma), árvore 43 da parcela 1456; o coeficiente de variação médio foi de 30,71%, variando de 21,38% (Parcela 1446) a 42,99% (Parcela 1442).

A altura comercial média foi estimada em 5,37 m, variando entre 4,39 m (Parcela 1455) e 7,16 m (Parcela 1456); a altura comercial mínima foi de 0,70 m e a máxima de 19,7 m, de uma Caroba (Jacaranda micrantha), árvore 326 da parcela 1456; e o coeficiente de variação médio foi de 42,81%, variando entre 37,38% (Parcela 1442) e 48,25% (Parcela 1455).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 855,80 árvores/ha, variando entre 610 árvores/ha (Parcelas 1442) e 1.080 árvores/ha (Parcela 1446).

A área basal média resultou em 27,8940 m²/ha, variando entre 18,3500 m²/ha (Parcela 1446) e 38,1300 m²/ha (Parcela 1507).

O volume comercial médio foi estimado em 153,74 m³/ha, variando entre 108,48 m³/ha (Parcela 1446) e 195,89 m³/ha (Parcela 1507).

Os parâmetros dendrométricos mostram que a Bacia do Gravataí possui diâmetro médio igual a média do Estado; altura total maior; e altura comercial, número de árvores, área basal, volume e índice de Diversidade de Shanonn menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. Bacia Hidrográfica: Gravataí" mostra a distribuição dos indivíduos por espécie e por classe de diâmetro:

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Parapiptadenia rigida

29,49

19,18

148,80

17,39

5,65

20,26

Cryptocarya aschersoniana

12,19

7,93

44,00

5,14

2,52

9,04

Casearia sylvestris

10,42

6,78

131,00

15,31

1,78

6,38

Nectandra oppositifolia

10,36

6,74

40,60

4,74

1,46

5,23

Cabralea canjerana

9,9

6,44

21,40

2,50

1,79

6,42

Ocotea puberula

8,59

5,59

40,00

4,67

1,38

4,95

Mortas

7,43

4,83

33,40

3,90

1,29

4,63

Cupania vernalis

5,39

3,51

39,60

4,63

0,86

3,08

Luehea divaricata

4,88

3,17

33,00

3,86

0,88

3,16

Allophylus edulis

4,09

2,66

43,60

5,09

0,82

2,94

Erythrina falcata

3,06

1,99

10,00

1,17

0,50

1,79

Matayaba elaeagnoides

3,05

1,98

13,60

1,59

0,67

2,40

Nectandra megapotamica

2,77

1,80

18,00

2,10

0,55

1,97

Casearia decandra

2,56

1,67

20,40

2,38

0,45

1,61

Lamanonia ternata

2,36

1,54

4,00

0,47

0,49

1,76

Nectandra lanceolata

1,94

1,26

6,00

0,70

0,37

1,33

Jacaranda micrantha

1,85

1,20

7,80

0,91

0,30

1,08

Syagrus romanzoffiana

1,83

1,19

8,00

0,93

0,25

0,90

Zanthoxylum rhoifolium

1,82

1,18

15,20

1,78

0,28

1,00

Machaerium stipitatum

1,68

1,09

14,80

1,73

0,32

1,15

Sub-total

125,66

81,74

693,20

81,00

22,61

81,07

Restantes

28,08

18,26

162,60

19,00

5,29

18,93

TOTAL

153,74

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

Nesta Tabela foram relacionadas as 20 espécies que mais contribuíram para a composição do volume comercial. Estas 20 espécies, incluindo as árvores mortas, foram as responsáveis por 125,66 m³/ha (81,74%) do volume comercial, 693,20 árvores/ha (81,00%) e 22,61 m²/ha (81,07%) da área basal.

Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Gravataí, constatou-se a distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal por classe de diâmetro apresentada na Tabela abaixo.

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 - 20

62,16

40,43

634,40

74,13

9,81

35,16

20 - 30

35,45

23,06

135,00

15,77

5,89

21,11

30 - 40

26,94

17,52

54,40

6,36

5,00

17,92

40 - 50

13,94

9,07

18,20

2,13

2,92

10,47

50 - 60

5,60

3,64

5,80

0,68

1,25

4,48

60 - 70

7,04

4,58

6,80

0,79

2,26

8,10

70 - 80

0,26

0,17

0,20

0,02

0,08

0,29

80 - 90

0,70

0,46

0,40

0,05

0,24

0,86

> 90

1,64

1,07

0,60

0,07

0,45

1,61

TOTAL

153,73

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

Observa-se nesta Tabela que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 124,55 m³/ha (81,02%) do volume comercial, 823,80 árvores/ha (96,26%) e 20,70 m²/ha (74,19%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Qualidade 1

17,29

11,25

64,00

7,48

2,85

10,20

Qualidade 2

72,44

47,12

328,40

38,37

12,94

46,38

Qualidade 3

46,80

30,45

365,40

42,70

8,70

31,17

Qualidade 4

3,45

2,24

26,40

3,08

1,01

3,63

Não classificado

13,75

8,95

71,60

8,37

2,40

8,59

TOTAL

153,73

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

Estes resultados mostram que os maiores estoques, ou seja, 72,44 m³/ha (47,12%) do volume comercial, 328,40 árvores/ha (38,37%) e 12,94 m²/ha (46,38%) da área basal, eram compostos por indivíduos com qualidade 2 (fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de galhos de pequeno porte); no entanto, o maior do número de árvores – 365,40 árvores/ha (42,70%) pertencia à classe de qualidade 3.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, encontra-se na Tabela abaixo.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

3,96

2,57

17,00

1,99

0,82

2,94

Danos fungos

27,10

17,63

113,40

13,25

4,70

16,85

Danos insetos

0,52

0,34

4,00

0,47

0,10

0,36

Danos abióticos

5,58

3,64

30,20

3,53

1,05

3,76

Mortas

11,62

7,56

53,40

6,24

2,42

8,67

Saudável

102,85

66,91

621,60

72,63

18,46

66,17

Não classificado

2,10

1,36

16,20

1,89

0,35

1,25

TOTAL

153,73

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

 

Os resultados mostram que 102,85 m³/ha (66,91%) do volume comercial, 621,60 árvores/ha (72,63%) e 18,46 m²/ha (66,17%) da área basal eram constituídos por indivíduos saudáveis.

Os danos mais expressivos foram os causados por fungos e abióticos, que incidiam sobre 17,63% e 3,64% do volume comercial, 13,25% e 3,53% do número de árvores, 16,85% e 3,76% da área basal, respectivamente.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Gravataí revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

16,68

10,85

86,40

10,10

2,87

10,29

Copa danificada

3,10

2,02

14,00

1,64

0,92

3,29

Copa longa

14,02

9,12

76,00

8,88

3,25

11,65

Copa média

108,97

70,88

619,80

72,42

18,98

68,03

Não classificado

10,96

7,13

59,60

6,96

1,88

6,74

TOTAL

153,73

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

Esses resultados mostram que, 108,97 m³/ha (70,88%) do volume comercial, 619,80 árvores/ha (72,42%) e 18,98 m²/ha (68,03%) da área basal eram constituídos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a seguinte distribuição da produção quantitativa da Bacia Gravataí, por classe de valorização:

Tendência de Valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Cresc. insignificante

20,32

13,22

113,40

13,25

3,98

14,27

Cres.médio

80,33

52,25

516,80

60,39

14,45

51,79

Cres. promissor

40,61

26,42

148,00

17,29

7,34

26,31

Não classificado

12,47

8,11

77,60

9,07

2,13

7,63

TOTAL

153,73
100,00
855,8
100,00
27,90
100,00

Observa-se nesses resultados que os maiores quantitativos biométricos da Bacia do Gravataí, 80,33 m³/ha (52,25%) do volume comercial, 516,80 árvores/ha (60,39%) e 14,45 m²/ha (51,79%) da área basal, eram compostos por indivíduos que apresentavam tendência de valorização classificado como crescimento médio, seguido do promissor, com 26,42% do volume comercial, 17,29% do número de árvores e 26,31% da área basal.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Gravataí nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Co-dominante

38,61

25,12

271,80

31,76

6,28

22,51

Dominada

29,79

19,38

295,80

34,56

4,84

17,35

Dominante

71,32

46,39

200,60

23,44

13,94

49,96

Suprimida

2,00

1,30

36,00

4,21

0,37

1,33

Não classificado

12,01

7,81

51,60

6,03

2,47

8,85

TOTAL

153,73

100,00

855,80

100,00

27,90

100,00

 

Os resultados mostram que, 71,32 m³/ha (46,39%) do volume comercial, 200,60 árvores/ha (23,44%) e 13,94 m²/ha (49,96%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupam o estrato dominante. As árvores co-dominantes representavam 25,12% do volume comercial, 31,76% do número de árvores e 22,51% da área basal.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais representativas e por isso mais importantes da Bacia do Gravataí estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Estas 20 espécies (24,39% do total), juntamente com as árvores mortas, representam 77,17% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 40,67% da Freqüência Relativa, 75,20% da Dominância Relativa (área basal), 64,35% do Valor de Importância e 76,19% do Valor de Cobertura total da floresta.

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Parapiptadenia rigida ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a dominância e densidade de seus indivíduos.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Parapiptadenia rigida

16,39

1,63

20,25

12,76

12,76

18,32

18,32

Casearia sylvestris

15,31

3,25

6,39

8,32

21,07

10,85

29,17

Cryptocarya aschersoniana

5,14

0,81

9,03

4,99

26,07

7,09

36,26

Ocotea puberula

4,67

2,44

4,95

4,02

30,09

4,81

41,07

Mortas

3,90

3,25

4,63

3,93

34,01

4,27

45,33

Cabralea canjerana

2,50

2,44

6,43

3,79

37,80

4,47

49,80

Nectandra oppositifolia

4,74

0,81

5,24

3,60

41,40

4,99

54,79

Allophylus edulis

5,09

2,44

2,95

3,49

44,89

4,02

58,81

Luehea divaricata

3,86

2,44

3,17

3,16

48,05

3,52

62,32

Matayba elaeagnoides

1,59

2,44

2,40

2,14

50,19

2,00

64,32

Casearia decandra

2,38

1,63

1,62

1,88

52,07

2,00

66,32

Machaerium stipitatum

1,73

2,44

1,14

1,77

53,84

1,44

67,75

Zanthoxylum rhoifolium

1,78

2,44

1,00

1,74

55,58

1,39

69,14

Guarea macrophylla

2,01

1,63

0,79

1,48

57,06

1,40

70,54

Jacaranda micrantha

0,91

2,44

1,06

1,47

58,53

0,99

71,53

Myrsine umbellata

0,89

2,44

0,78

1,37

59,90

0,84

72,36

Erythrina falcata

1,17

1,63

0,80

1,20

61,10

0,99

73,35

Trema micrantha

0,89

1,63

0,79

1,10

62,20

0,84

74,19

Rollinia rugulosa

1,64

0,81

0,81

1,09

63,29

1,23

75,41

Cedrela fissilis

0,58

1,63

0,97

1,06

64,35

0,78

76,19

Sub-total

77,17

40,67

75,20

64,35

-

76,19

-

Restantes

22,83

59,33

24,80

35,65

-

23,82

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

As outras 62 espécies (75,61% do total), incluindo os cipós e as não identificadas, representam 22,83% da Densidade Relativa, 59,33% da Freqüência Relativa, 24,80% da Dominância Relativa, 35,65% do Valor de Importância e 23,82% do Valor de Cobertura total.

As árvores mortas (3,93% do VI) aparecem em quinto lugar na ordem de importância das espécies, caracterizando um processo natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular de indivíduos nos estratos, isto é, com maior número de indivíduos nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 36 espécies pertencentes à 19 famílias botânicas. O Índice de Diversidade de Shannon médio foi de 1,6875. A família Lauraceae, com 5 espécies foi a mais representativa na regeneração natural, seguida de Myrtaceae e Meliaceae (4); Rubiaceae e Flacourtiaceae (3).

Das 14 famílias restantes, 3 apresentaram 2 espécies e 11 uma única espécie.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,44 cm, variando entre 1,72 cm (Parcela 1507) e 7,14 cm (Parcela 1455); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,39 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 48,90%, variando de 19,84% (Parcela 1455) a 65,67% (Parcela 1507).

A altura total média, foi de 5,54 m, variando de 2,86 m (Parcela 1507) a 8,27 m (Parcela 1455); a altura total mínima medida foi de 1,80 m e a máxima foi 12,00 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 36,60%, variando de 22,10% (Parcela 1507) a 46,26% (Parcela 1446).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 6.440,0 indivíduos/ha, variando entre 700,0 indivíduos/ha (Parcela 1455) e 11.100,0 indivíduos/ha (Parcela 1507). A área basal média resultou em 3,55 m²/ha, variando entre 2,5791 m²/ha (Parcela 1507) e 4,8993 m²/ha (Parcela 1442).

A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,6875, variando entre 1,0042 (Parcela 1455) e 2,0761 (Parcela 1456).

- Distribuição de Freqüência
Dos 6.440,0 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 2.622,0 são menores que 3 m de altura, 3.212,0 entre 3 e 6 m de altura e 606 são maiores que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo, foram as mais abundantes na regeneração natural, com 6.260,0 indivíduos por hectare, ou 97,20% do total, sendo 2.600,0 indivíduos/ha com alturas menores que 3 m, 3.124,0 indivíduos/ha entre 3 e 6 m, e 536,0 indivíduos/ha com alturas maiores que 6 m.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Guarea macrophylla

220,0

8,39

596,0

18,56

96,0

15,84

912,0

14,16

Casearia decandra

600,0

22,88

220,0

6,85

4,0

0,66

824,0

12,80

Piper gaudichaudianum

500,0

19,07

260,0

8,09

24,0

3,96

784,0

12,17

Cryptocarya aschersoniana

200,0

7,63

400,0

12,45

0,0

0,00

600,0

9,32

Inga marginata

0,0

0,00

400,0

12,45

40,0

6,60

440,0

6,83

Trichilia elegans

0,0

0,00

424,0

13,20

4,0

0,66

428,0

6,65

Banara parviflora

400,0

15,26

0,0

0,00

0,0

0,00

400,0

6,21

Casearia sylvestris

0,0

0,00

200,0

6,23

100,0

16,50

300,0

4,66

Nectandra megapotamica

0,0

0,00

200,0

6,23

40,0

6,60

240,0

3,73

Cupania vernalis

220,0

8,39

0,0

0,00

4,0

0,66

224,0

3,48

Blepharocalyx salicifolius

0,0

0,00

200,0

6,23

0,0

0,00

200,0

3,11

Machaerium paraguariense

200,0

7,63

0,0

0,00

0,0

0,00

200,0

3,11

Zanthoxylum rhoifolium

200,0

7,63

0,0

0,00

0,0

0,00

200,0

3,11

Psychotria leiocarpa

20,0

0,76

140,0

4,36

0,0

0,00

160,0

2,48

Parapiptadenia rigida

0,0

0,00

0,0

0,00

100,0

16,50

100,0

1,55

Cabralea canjerana

0,0

0,00

40,0

1,25

22,0

3,63

62,0

0,96

Allophylus edulis

0,0

0,00

20,0

0,62

40,0

6,60

60,0

0,93

Nectandra oppositifolia

0,0

0,00

4,0

0,12

40,0

6,60

44,0

0,68

Ficus insipida

20,0

0,76

20,0

0,62

2,0

0,33

42,0

0,65

Aiouea saligna

20,0

0,76

0,0

0,00

20,0

3,30

40,0

0,62

Sub-total

2600,0

99,16

3124,0

97,26

536,0

88,45

6260,0

97,20

Restantes

22,0

0,84

88,0

2,74

70,0

11,55

180,0

2,80

TOTAL

2622,0

100,00

3212,0

100,00

606,0

100,00

6440,0

100,00

As 16 espécies restantes contribuiram com apenas 2,80% do número de indivíduos presentes na regeneração natural.

l) Análise estatística
A partir das 05 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Gravataí, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética = 153,74 m³/ha
- Variância = 1.734,72 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 41,65 m³/ha
- Coeficiente de variação = 27,09%
- Variância da média = 433,89 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 20,83 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 41,25 m³/ha
b) Erro relativo = ± 26,83%
- Intervalo de confiança para a média
IC [112,50 m³/ha £ x £ 194,98 m³/ha] = 95%
- Total da população =5.129.535 m³
- Intervalo de confiança para o total
I C [3.753.562 m³ £ X £ 6.505.507 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 28 espécies pertencentes à 17 famílias botânicas, além de 2 espécies exóticas (Tecoma stans e Acacia mearnsii) e indivíduos mortos. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,1095.

As famílias Asteraceae, com 5 espécies, e Fabaceae, com 3 espécies, foram as mais representativas desses estágios iniciais, seguidas de Euphorbiaceae, Flacourtiaceae, Meliaceae, Myrsinaceae e Lauraceae, com 2 espécies. As 10 famílias restantes apresentaram uma única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 3,21 cm, variando entre 2,23 cm (Parcela 1405) e 4,96 cm (Parcela 1514); o diâmetro mínimo foi 1,18 cm e o diâmetro máximo foi de 17,19 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 54,54%, variando entre 43,26% (Parcela 1447) e 72,57% (Parcela 1405).

A altura total média, foi de 3,47 m, variando entre 2,43 m (Parcela 1405) a 5,38 m (Parcela 1514); a altura total mínima medida foi de 1,50 m e a máxima foi 11,00 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 33,05%, variando entre 26,46% (Parcela 1435) e 37,98% (Parcela 1443).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 13.360,0 indivíduos/ha, variando entre 8.400,0 indivíduos/ha (Parcelas 1405 e 1443) e 26.400,0 indivíduos/ha (Parcela 1435).

A área basal média resultou em 11,45 m²/ha, variando entre 3,2696 m²/ha (Parcela 1405) e 19,7147 m²/ha (Parcela 1514). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,1095, variando entre 0,2868 (Parcela 1443) e 2,5047 (Parcela 1447).

c) Distribuição de freqüência
Foram encontrados 13.360,0 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 7.000,0 menores que 3 m de altura, 5.380,0 entre 3 e 6 m, e 980,0 indivíduos maiores que 6 m de altura,conforme Anexo 4.6.f e síntese na Tabela abaixo.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Escallonia bifida

3200,0

45,71

1800,0

33,46

0,0

0,00

5000,0

37,43

Baccharis dracunculifolia

1600,0

22,86

20,0

0,37

0,0

0,00

1620,0

12,13

Vernonia tweediana

1400,0

20,00

200,0

3,72

0,0

0,00

1600,0

11,98

Cupania vernalis

200,0

2,86

1000,0

18,59

40,0

4,08

1240,0

9,28

Myrsine coriacea

0,0

0,00

460,0

8,55

420,0

42,86

880,0

6,59

Baccharis sp.

0,0

0,00

40,0

0,74

20,0

2,04

60,0

0,45

Sapium glandulatum

400,0

5,71

0,0

0,00

0,0

0,00

400,0

2,99

Myrsine umbellata

0,0

0,00

400,0

7,43

0,0

0,00

400,0

2,99

Baccharis punctulata

0,0

0,00

260,0

4,83

0,0

0,00

260,0

1,95

Casearia sylvestris

0,0

0,00

200,0

3,72

0,0

0,00

200,0

1,50

Diospyros inconstans

0,0

0,00

200,0

3,72

0,0

0,00

200,0

1,50

Luehea divaricata

0,0

0,00

200,0

3,72

0,0

0,00

200,0

1,50

Myrocarpus frondosus

200,0

2,86

0,0

0,00

0,0

0,00

200,0

1,50

Trichilia claussenii

0,0

0,00

200,0

3,72

0,0

0,00

200,0

1,50

Erythroxylum deciduum

0,0

0,00

100,0

1,86

40,0

4,08

140,0

1,05

Zanthoxylum rhoifolium

0,0

0,00

40,0

0,74

100,0

10,20

140,0

1,05

Baccharis semiserrata

0,0

0,00

100,0

1,86

0,0

0,00

100,0

0,75

Acacia mearnsii

0,0

0,00

0,0

0,00

80,0

8,16

80,0

0,60

Alchornea triplinervia

0,0

0,00

0,0

0,00

60,0

6,12

60,0

0,45

Nectandra megapotamica

0,0

0,00

20,0

0,37

40,0

4,08

60,0

0,45

Sub-total

7000,0

100,00

5240,0

97,03

800,0

63,27

12840,0

96,11

Restantes

0,0

0,00

140,0

2,97

180,0

36,73

520,0

3,89

TOTAL

7000,0

100,0

5380,0

100,0

980,0

100,0

13360,0

100,0

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais da Bacia do Gravataí, contribuindo com 12.840,0 indivíduos por hectare (96,11%), sendo 7.000,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 5.240,0 entre 3 e 6 m, e 800,0 indivíduos com altura maior do que 6 m.

As 11 espécies restantes contribuiram com apenas 3,89% dos indivíduos, incluindo os mortos com 20 indivíduos por hectare, o que representa 0,15% do total. As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Escallonia bifida, Baccharis dracunculifolia, Vernonia tweediana, Cupania vernalis e Myrsine coriacea, as quais contribuiram com 77,41% do número total de indivíduos.