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Bacia Hidrográfica do Guaíba

A Bacia Hidrográfica do Guaíba possui uma cobertura florestal de 691,56 km², o que representa 0,245% da cobertura do Estado, sendo 573,98 km² (0,203%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 117,58 km² (0,042%) de reflorestamentos assim distribuídos: 80,52 km² (0,028%) de Eucaliptos, 25,98 km² (0,009%) de Pinus e 11,08 km² (0,004%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Guaíba foram encontradas 76 espécies pertencentes a 34 famílias botânicas, considerando-se os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 10 árvores mortas, 6 cipós e 2 indivíduos não identificados, por hectare.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,7434 conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 2,4147 (Parcela 2021) e 2,9185 (Parcela 2006).

As famílias Myrtaceae, com 12 espécies, Lauraceae (9), Euphorbiaceae (7), Flacourtiaceae (4), Meliaceae, Myrsinaceae e Sapindaceae, com 3 espécies, foram as mais características dessa bacia hidrográfica. Das 27 famílias restantes, 8 apresentaram 2 espécies e 19 uma única espécie.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Guaíba indicaram um diâmetro médio de 17,76 cm, variando entre 14,13 cm (Parcela 2006) e 23,31 cm (Parcela 2021); o diâmetro mínimo foi 9,58 cm e o máximo foi de 91,52 cm de uma Coussapoa microcarpa (Figueira-preta), árvore 01 da parcela 2021 - Carta Porto Alegre; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 48,60%, variando de 28,97% (Parcela 2019) a 78,44% (Parcela 2021).

A altura total média foi de 11,82 m, variando de 10,52 m (Parcela 2006) a 13,27 m (Parcela 2021); a altura total mínima foi de 4,20 m e a máxima de 23,50 m, de uma Cabraela canjerana (canjerana), árvore 87, da parcela 2020; o coeficiente de variação médio foi de 26,61%, variando de 19,90% (Parcela 2006) a 31,74% (Parcela 2021).

A altura comercial média foi estimada em 5,33 m, variando entre 4,24 m (Parcela 2019) e 6,01 m (Parcela 2020); a altura comercial mínima foi de 1,40 m e a máxima de 16,50 m, pertencente a uma Coussapoa microcarpa (Figueira-preta), árvore nº 65 da parcela 2021; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 42,63%, variando entre 36,92% (Parcela 2020) e 52,69% (Parcela 2021).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 960,0 árvores/ha, variando entre 790,0 árvores/ha (Parcela 2021) e 1.140,0 árvores/ha (Parcela 2006). A área basal média resultou em 31,70 m²/ha, variando entre 13,5100 m²/ha (Parcela 2019) e 54,2000 m²/ha (Parcela 2021).

O volume comercial médio, foi estimado em 166,53 m³/ha, variando entre 78,41 m³/ha (Parcela 2019) e 226,45 m³/ha (Parcela 2021).

Comparando-se estes parâmetros com as médias do Estado, constata-se que: a altura total, o número de árvores, a área basal, o volume comercial e o índice de Shanonn apresentaram valores maiores, ao passo que o diâmetro e a altura comercial apresentaram valores menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. Bacia Hidrográfica: Guaíba" mostra a distribuição dos indivíduos por espécie e por classe de diâmetro:

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Coussapoa microcarpa

18,24

10,95

30,0

3,13

5,34

16,85

Trichilia claussenii

12,62

7,58

100,0

10,42

2,19

6,91

Guapira opposita

12,29

7,38

66,0

6,88

2,24

7,07

Myrsine umbellata

10,71

6,43

66,0

6,88

1,53

4,83

Esenbeckia grandiflora

7,28

4,37

52,0

5,42

1,12

3,53

Cabralea canjerana

5,77

3,46

8,0

0,83

1,26

3,97

Luehea divaricata

5,45

3,27

20,0

2,08

1,00

3,15

Alchornea triplinervia

5,38

3,23

10,0

1,04

1,15

3,63

Ilex brevicuspis

5,05

3,03

34,0

3,54

0,89

2,81

Myrcianthes gigantea

4,66

2,80

6,0

0,63

1,55

4,89

Matayba elaeagnoides

4,35

2,61

30,0

3,13

0,76

2,40

Lithraea brasiliensis

4,25

2,55

42,0

4,38

0,72

2,27

Mortas

3,66

2,20

10,0

1,04

0,47

1,48

Casearia sylvestris

3,62

2,17

44,0

4,58

0,63

1,99

Diospyros inconstans

3,02

1,81

26,0

2,71

0,51

1,61

Colubrina glandulosa

2,8

1,68

26,0

2,71

0,35

1,10

Ficus organensis

2,74

1,65

6,0

0,63

0,77

2,43

Eugenia rostrifolia

2,57

1,54

16,0

1,67

0,41

1,29

Schefflera morototoni

2,49

1,50

2,0

0,21

0,45

1,42

Myrsine laetevirens

2,41

1,45

8,0

0,83

0,43

1,36

Sub-total

119,36

71,67

602,0

62,71

23,77

74,98

Restantes

47,17

28,33

358,0

37,29

7,93

25,02

TOTAL

166,53

100,00

960,0

100,00

31,70

100,00

Estas 20 espécies, juntamente com as árvores mortas, contribuiram com 119,36 m³/ha (71,67%) do volume comercial, 602,0 árvores/ha (62,71%) e 23,77 m²/ha (74,98%) da área basal. Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Guaíba, constatou-se os seguintes valores (absoluto e relativos) de volume comercial, número de árvores e área basal por hectare:

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 – 20

69,65

41,83

746,0

77,71

10,76

33,95

20 – 30

33,53

20,13

130,0

13,54

5,66

17,86

30 – 40

18,12

10,88

36,0

3,75

3,24

10,22

40 – 50

15,65

9,40

22,0

2,29

3,53

11,14

50 – 60

12,90

7,75

12,0

1,25

2,80

8,84

60 – 70

8,16

4,90

8,0

0,83

2,58

8,14

70 – 80

5,82

3,49

4,0

0,42

1,81

5,68

80 – 90

0,00

0,00

0,0

0,00

0,00

0,00

> 90

2,70

1,62

2,0

0,21

1,32

4,17

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se 121,30 m³/ha (72,84%) do volume comercial, 912,0 árvores/ha (95,00%) e 19,66 m²/ha (62,03%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco, doncforme Tabela abaixo.

Qualidade do tronco

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Qualidade 1

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Qualidade 2

149,38

89,71

882,00

91,88

28,68

90,47

Qualidade 3

0,86

0,51

12,00

1,25

0,17

0,54

Qualidade 4

12,08

7,25

50,00

5,21

2,32

7,32

Não classificado

4,21

2,53

16,00

1,66

0,53

1,67

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

Os resultados mostram que a classe de qualidade 2 concentra os maiores quantitativos, ou seja, 149,38 m³/ha (89,71%) do volume comercial, 882,0 árvores/ha (91,88%) e 28,68 m²/ha (90,47%) da área basal.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Estes resultados mostram que a os maiores quantitativos da Bacia do Guaíba, ou seja, 148,78 m³/ha (89,34%) do volume comercial, 884,0 árvores/ha (92,08%) e 28,61 m²/ha (90,25%) da área basal eram constituídos por indivíduos que não apresentavam problemas aparentes de sanidade.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

10,21

6,13

48,00

5,00

1,95

6,15

Danos fungos

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos insetos

0,85

0,51

2,00

0,21

0,15

0,48

Danos abióticos

2,48

1,49

10,00

1,04

0,45

1,42

Mortas

1,72

1,03

2,00

0,21

0,21

0,66

Saudável

148,78

89,34

884,00

92,08

28,61

90,25

Não classificado

2,49

1,50

14,00

1,46

0,33

1,04

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

Os danos mais significativos foram os complexos, os quais incidiam sobre 6,13% do volume comercial, 5,00% do número de árvores e 6,15% da área basal.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Guaíba revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

12,57

7,55

114,00

11,87

1,68

5,30

Copa danificada

6,83

4,10

26,00

2,71

1,35

4,26

Copa longa

97,52

58,56

490,00

51,04

21,02

66,31

Copa média

45,40

27,26

314,00

32,71

7,12

22,46

Não classificado

4,21

2,53

16,00

1,67

0,53

1,67

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

 

Esses resultados mostram que, 97,52 m³/ha (58,56%) do volume comercial, 490,0 árvores/ha (51,04%) e 21,02 m²/ha (66,31%) da área basal, eram compostos pó indivíduos que apresentavam copa longa, ou seja, copas com comprimento maior de ½ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a distribuição da produção quantitativa da Bacia do Guaíba, por classe de valorização, apresentada na Tabela abaixo.

Tendência de valorização

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Cresc. Insignificanteante

12,36

7,42

64,00

6,67

2,38

7,51

Cres.médio

145,12

87,14

860,00

89,58

28,04

88,45

Cres. promissor

4,84

2,91

20,00

2,08

0,75

2,37

Não classificado

4,21

2,53

16,00

1,67

0,53

1,67

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

Observa-se nesses resultados que os maiores quantitativos biométricos desta bacia, 145,12 m³/ha (87,14%) do volume comercial, 860,0 árvores/ha (89,58%) e 28,04 m²/ha (88,45%) da área basal, eram constituídos por indivíduos que apresentaram tendência de valorização classificada como crescimento médio.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Guaíba nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Estrato co-dominante

49,54

29,75

458,00

47,71

8,38

26,44

Estrato dominado

9,41

5,65

124,00

12,92

1,64

5,17

Estrato dominante

95,78

57,51

336,00

35,00

19,66

62,02

Estrato suprimido

7,29

4,38

24,00

2,50

1,44

4,54

Não classificada

4,51

2,71

18,00

1,88

0,58

1,83

TOTAL

166,53

100,00

960,00

100,00

31,70

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos biométricos da Bacia do Guaíba, 95,78 m³/ha (57,51%) do volume comercial, 336,0 árvores/ha (35,00%) e 19,66 m²/ha (62,02%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante; contudo, o maior número de árvores, 458,0 árvores/ha (47,71%) estava concentrado no estrato co-dominante.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As 20 espécies mais representativas e por isso denominadas mais importantes da Bacia do Guaíba estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Estas 20 espécies (25,32% do total) representam 66,88% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 39,10% da Freqüência Relativa, 74,63% da Dominância Relativa (área basal), 60,20% do Valor de Importância e 70,76% do Valor de Cobertura total da floresta.

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Coussapoa microcarpa ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a dominância e Trichilia claussenii devido a densidade de indivíduos.

As outras 59 espécies (74,68% das espécies), incluindo os cipós, não identificadas e mortas representam 33,12% da Densidade Relativa, 60,90% da Freqüência Relativa, 25,37% da Dominância Relativa, 39,80% do Valor de Importância e 29,25% do Valor de Cobertura total.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Coussapoa microcarpa

3.13

0.75

16.86

6.91

6.91

10.00

10.00

Trichilia claussenii

10.42

3.01

6.9

6.78

13.69

8.66

18.66

Guapira opposita

6.88

3.01

7.06

5.65

19.34

6.97

25.63

Myrsine umbellata

6.88

3.76

4.82

5.15

24.49

5.85

31.48

Esenbeckia grandiflora

5.42

1.50

3.52

3.48

27.97

4.47

35.95

Lithraea brasiliensis

4.38

3.01

2.27

3.22

31.19

3.33

39.27

Casearia sylvestris

4.58

2.26

2,00

2.95

34.14

3.29

42.56

Ilex brevicuspis

3.54

1.50

2.80

2.61

36.75

3.17

45.73

Matayba elaeagnoides

3.13

2.26

2.38

2.59

39.34

2.76

48.49

Luehea divaricata

2.08

2.26

3.15

2.50

41.84

2.62

51.10

Diospyros inconstans

2.71

3.01

1.60

2.44

44.28

2.16

53.26

Myrcianthes gigantea

0.63

1.50

4.89

2.34

46.62

2.76

56.02

Cabralea canjerana

0.83

1.50

3.97

2.10

48.72

2.40

58.42

Gymnanthes concolor

3.75

0.75

1.23

1.91

50.63

2.49

60.91

Alchornea triplinervia

1.01

0.75

3.63

1.80

52.43

2.32

63.23

Cupania vernalis

1.46

2.26

1.25

1.66

54.08

1.36

64.58

Morta

1.04

2.26

1.49

1.60

55.68

1.27

65.85

Ficus organensis

0.63

1.50

2.42

1.52

57.20

1.53

67.37

Colubrina glandulosa

2.71

0.75

1.09

1.52

58.71

1.90

69.27

Eugenia rostrifolia

1.67

1.50

1.30

1.49

60.20

1.49

70.76

Sub-total

66.88

39.10

74.63

60.20

-

70.76

-

Restantes

33.12

60.90

25.37

39.80

-

29.25

-

TOTAL

100.0

100.0

100.0

100.0

-

100.0

-

 j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular de indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores. São as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 27 espécies pertencentes a 17 famílias botânicas, além de alguns indivíduos não identificados, incluindo cipós. O Índice de Diversidade de Shannon médio, considerando todas as parcelas estudadas, foi de 1,7698.

A família Myrtaceae foi a mais representativa das famílias na regeneração natural, com 7 espécies, seguida de Flacourtiaceae (3) Euphorbiaceae (2) Meliaceae (2). As 13 famílias restantes apresentaram uma única espécie.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 2,85 cm, variando entre 2,17 cm (Parcela 2021) e 3,38 cm (Parcela 2019); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,39 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 49,39%, variando de 35,02% (Parcela 2019) a 60,61% (Parcela 2021).

A altura total média, na Bacia do Guaíba, foi de 6,55 m, variando de 5,23 m (Parcela 2008) a 7,79 m (Parcela 2021); a altura total mínima medida foi de 1,80 m e a máxima foi 15 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 41,07%, variando de 24,73% (Parcela 2019) a 60,11% (Parcela 2021).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 9.040,0 indivíduos/ha, variando entre 3.200,0 indivíduos/ha (Parcela 2019) e 14.500,0 indivíduos/ha (Parcelas 2006 e 2008).

A área basal média resultou em 5,76 m²/ha, variando entre 1,3314 m²/ha (Parcela 2021) e 9,3152 m²/ha (Parcela 2008).

A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7698, variando entre 0,9248 (Parcela 2020) e 2,4320 (Parcela 2008).

- Distribuição de Freqüência
Dos 9.040,0 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 3.400,0 menores que 3 m de altura, 3.360,0 entre 3 e 6 m de altura e 2.280,0 maiores que 6 m de altura, conforme Tabela abaixo, onde foram relacionadas as 20 espécies mais abundantes na regeneração natural, as quais contribuiram com 8.860,0 indivíduos por hectare, o que representa 98,01% da regeneração natural, sendo 3.400,0 indivíduos/ha com alturas menores que 3 m, 3.360,0 indivíduos/ha entre 3 e 6 m, e 2.100,0 indivíduos/ha com alturas maiores que 6 m.

As 9 espécies restantes, incluindo cipós (40 indivíduos/ha), contribuíram com apenas 180,0 indivíduos por hectare, o que representa 1,99% dos indivíduos presentes na regeneração natural. As 5 espécies com maior ocorrência na regeneração natural da Bacia do Guíba foram: Guapira opposita, Sebastiania serrata, Gymnanthes concolor, Eugenia schuechiana e Myrciaria cuspidata, as quais representavam 59,96% dos indivíduos.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Guapira opposita

800.0

23.53

640.0

19.05

360.0

15.79

1800.0

19.91

Sebastiania serrata

0.0

0.00

820.0

24.40

240.0

10.53

1060.0

11.73

Gymnanthes concolor

400.0

11.76

420.0

12.50

80.0

3.51

900.0

9.96

Eugenia schuechiana

600.0

17.65

220.0

6.55

40.0

1.75

860.0

9.51

Myrciaria cuspidata

400.0

11.76

400.0

11.90

0.0

0.00

800.0

8.85

Miconia rigidiuscula

400.0

11.76

200.0

5.95

20.0

0.88

620.0

6.86

Psychotria brachyceras

600.0

17.65

0.0

0.00

0.0

0.00

600.0

6.64

Trichilia claussenii

0.0

0.00

200.0

5.95

260.0

11.40

460.0

5.09

Myrcianthes gigantea

0.0

0.00

0.0

0.00

440.0

19.30

440.0

4.87

Campomanesia xanthocarpa

0.0

0.00

200.0

5.95

20.0

0.88

220.0

2.43

Podocarpus lambertii

0.0

0.00

0.0

0.00

220.0

9.65

220.0

2.43

Erythroxylum argentinum

200.0

5.88

0.0

0.00

0.0

0.00

200.0

2.21

Eugenia rostrifolia

0.0

0.00

200.0

5.95

0.0

0.00

200.0

2.21

Casearia sylvestris

0.0

0.00

20.0

0.60

140.0

6.14

160.0

1.77

Eugenia involucrata

0.0

0.00

0.0

0.00

120.0

5.26

120.0

1.33

Casearia decandra

0.0

0.00

0.0

0.00

40.0

1.75

40.0

0.44

Cupania vernalis

0.0

0.00

0.0

0.00

40.0

1.75

40.0

0.44

Eugenia ramboi

0.0

0.00

0.0

0.00

40.0

1.75

40.0

0.44

Patagonula americana

0.0

0.00

40.0

1.19

0.0

0.00

40.0

0.44

Zonthoxylum rhoifolium

0.0

0.00

0.0

0.00

40.0

1.75

40.0

0.44

Sub-total

3400.0

100.00

3360.0

100.00

2100.0

92.11

8860.0

98.01

Restantes

0.0

0.00

0.0

0.00

180.0

7.89

180.0

1.99

TOTAL

3400.0

100.0

3360.0

100.0

2280.0

100.0

9040.0

100.0

l) Análise estatística

A partir das 05 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Guaíba, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética= 166,53 m³/ha
- Variância = 4.235,41 (m³/ha)²
- Desvio padrão= 65,08 m³/ha
- Coeficiente de variação = 39,08%
- Variância da média= 1.058,85 (m³/ha)²
- Erro padrão= ± 32,54 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto: = ± 64,43 m³/ha
b) Erro relativo: = ± 38,69%
- Intervalo de confiança para a média
IC [102,10 m³/ha £ x £ 230,96 m³/ha] = 95%
- Total da população =9.558.489 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [5.860.335 m³ £ X £ 13.256.642 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

Na Bacia do Guaíba não foi amostrado vegetação em fases iniciais de sucessão.