<<volta

Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

A Bacia Hidrográfica do Litoral Médio possui uma cobertura florestal de 421,75 km², o que representa 0,149% da cobertura do Estado, sendo 310,55 km² (0,110%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 111,20 km² (0,039%) de reflorestamentos assim distribuídos: 14,55 km² (0,005%) de Eucaliptos e 96,65 km² (0,034%) de Pinus.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Litoral Médio foram encontradas 58 espécies pertencentes à 29 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 21 indivíduos mortos e 3 indivíduos não identificados.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,5752, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 2,0983 (Parcela 2101) e 3,0521 (Parcela 2103). A família Lauraceae com 5 espécies foi a mais representativa da Bacia do Litoral Médio, seguida de Euphorbiaceae e Myrtaceae (4); Boraginaceae, Flacourtiaceae, Moraceae, Mimosaceae e Sapindaceae (3). Das 21 famílias restantes, 9 apresentaram 2 espécies, 12 apresentaram uma única espécies.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Litoral Médio indicaram um diâmetro médio de 18,57 cm, variando entre 18,27 cm (Parcela 2103) e 18,88 cm (Parcela 2101); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm e o máximo de 149,61 cm pertencente a uma Coussapoa microcarpa (figueira-preta), árvore nº 670 da parcela 2103 - Carta de Cidreira; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 49,28%, variando de 44,12% (Parcela 2101) a 54,45% (Parcela 2103).

A altura total média foi de 9,61 m, variando de 9,50 m (Parcela 2101) a 9,73 m (Parcela 2103); a altura total mínima foi de 2,30 m e a máxima de 24,0 m de uma Coussapoa microcarpa (figueira-preta) da parcela 2103 o coeficiente de variação foi de 26,18%, variando de 23,58% (Parcela 2101) a 28,78% (Parcela 2103). A altura comercial média foi estimada em 4,35 m, variando entre 3,84 m (Parcela 2101) a 4,86 m (Parcela 2103); a altura comercial mínima foi de 1,30 m e a máxima de 14,90 m, pertencente a um Syagrus romanzoffiana (jerivá) – árvore 675 da parcela 2103; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 37,59%, variando entre 30,31% (Parcela 2103) a 44,87% (Parcela 2101).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 906,0 árvores/ha, variando entre 902,0 árvores/ha (Parcelas 2103) a 910,0 árvores/ha (Parcela 2101). A área basal média resultou em 30,52 m²/ha, variando entre 30,38 m²/ha (Parcela 2101) e 30,65 m²/ha (Parcela 2103). O volume comercial médio foi estimado em 153,63 m³/ha, variando entre 147,99 m³/ha (Parcela 2101) e 159,26 m³/ha (Parcela 2103).

Comparando-se os parâmetros da Bacia do Litoral Médio com as médias do Estado, constata-se que: o diâmetro, o número de árvores e a área basal apresentaram valores maiores, enquanto as alturas total e comercial e o volume comercial apresentaram valores menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. Bacia Hidrográfica: Litoral Médio" mostra a distribuição dos indivíduos por espécie e por classe de diâmetro, conforme Tabela abaixo.

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Guapira opposita

21,65

14,09

101,50

11,20

4,16

13,63

Schinus polygamus

17,18

11,18

75,00

8,28

3,54

11,60

Sebastiania commersoniana

16,12

10,49

172,00

18,98

3,19

10,45

Casearia sylvestris

11,97

7,79

79,50

8,77

2,55

8,36

Myrsine umbellata

10,37

6,75

38,50

4,25

1,76

5,77

Coussapoa microcarpa

7,49

4,88

13,50

1,49

2,27

7,44

Hexachlamys edulis

5,90

3,84

25,00

2,76

1,26

4,13

Chrysophyllum marginatum

4,68

3,05

20,50

2,26

1,18

3,87

Lithraea brasiliensis

4,21

2,74

18,50

2,04

0,77

2,52

Banara parviflora

4,03

2,62

30,50

3,37

0,67

2,20

Sebastiania serrata

3,96

2,58

37,50

4,14

0,68

2,23

Sideroxylon obtusifolium

3,87

2,52

10,00

1,10

0,92

3,01

Mortas

3,82

2,49

20,50

2,26

0,65

2,13

Ocotea indecora

3,34

2,17

25,50

2,81

0,55

1,80

Allophylus edulis

2,54

1,65

18,00

1,99

0,44

1,44

Diospyrus inconstans

2,25

1,46

18,50

2,04

0,38

1,25

Myrcia glabra

2,22

1,45

16,50

1,82

0,44

1,44

Matayba elaeagnoides

1,99

1,30

4,00

0,44

0,48

1,57

Ocotea puberula

1,97

1,28

9,00

0,99

0,35

1,15

Casearia decandra

1,96

1,28

18,00

1,99

0,34

1,11

Sub-total

131,52

85,61

752,00

83,00

26,58

87,09

Restantes

22,11

14,39

154,00

17,00

3,94

12,91

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Nesta Tabela, foram relacionadas as 20 espécies que mais contribuíram para a composição do volume comercial da Bacia do Litoral Médio. Estas 20 espécies, incluindo as árvores mortas, contribuíram com 131,52 m³/ha (85,61%) do volume comercial, 752,00 árvores/ha (83,00%) e 26,58 m²/ha (87,09%) da área basal.

Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Litoral Médio, constatou-se os seguintes valores (absoluto e relativo) de volume comercial, número de árvores e área basal por hectare:

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 - 20

56,03

36,47

616,50

68,05

9,54

31,26

20 - 30

44,30

28,83

182,00

20,09

8,21

26,90

30 - 40

36,00

23,43

86,00

9,49

8,01

26,24

40 - 50

9,47

6,16

15,50

1,71

2,12

6,95

50 - 60

3,65

2,38

4,00

0,44

0,97

3,18

60 - 70

0,64

0,42

0,50

0,05

0,18

0,59

70 - 80

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

80 - 90

1,87

1,22

1,00

0,11

0,61

2,00

> 90

1,67

1,09

0,50

0,06

0,88

2,88

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 136,33 m³/ha (88,73%) do volume comercial, 884,5 árvores/ha (97,63%) e 25,76 m²/ha (84,40%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
m²/ha)
%

Qualidade 1

1,50

0,98

11,00

1,21

0,20

0,66

Qualidade 2

137,37

89,41

784,00

86,54

27,60

90,43

Qualidade 3

8,49

5,53

71,50

7,89

1,53

5,01

Qualidade 4

2,00

1,30

15,50

1,71

0,47

1,54

Não classificado

4,27

2,78

24,00

2,65

0,72

2,36

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Estes resultados mostram que a classe de qualidade 2 concentrou os maiores quantitativos biométricos desta bacia, ou seja, 137,37 m³/ha (89,41%) do volume comercial, 784,0 árvores/ha (86,54%) e 27,60 m²/ha (90,43%) da área basal, os quais eram compostos por indivíduos que apresentavam fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de pequenos galhos, que permite obter madeira de boa qualidade.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, encontra-se Na Tabela abaixo.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

3,68

2,39

26,50

2,93

0,80

2,62

Danos fungos

34,17

22,24

182,50

20,14

6,59

21,59

Danos insetos

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos abióticos

8,40

5,47

31,00

3,42

1,78

5,83

Mortas

3,21

2,09

16,50

1,82

0,54

1,77

Saudável

103,25

67,21

644,00

71,08

20,66

67,70

Não classificado

0,92

0,60

5,50

0,61

0,15

0,49

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Os resultados mostram que 103,25 m³/ha (67,21%) do volume comercial, 644,00 árvores/ha (71,08%) e 20,66 m²/ha (67,70%) da área basal eram constituídos por indivíduos saudáveis que não apresentam problemas aparentes de sanidade.

Os danos mais significativos foram os causados por fungos e abióticos, que incidiam sobre 22,24% e 5,47% do volume comercial, 20,14% e 3,42% do número de árvores e 21,59% e 5,83% da área basal, respectivamente.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Litoral Médio revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

2,91

1,89

26,00

2,87

0,42

1,38

Copa danificada

0,91

0,59

5,50

0,61

0,18

0,59

Copa longa

62,35

40,59

360,00

39,73

13,27

43,48

Copa média

83,33

54,24

492,50

54,36

15,96

52,29

Não classificada.

4,13

2,69

22,00

2,43

0,69

2,26

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Esses resultados mostram que, 83,33 m³/ha (54,24%) do volume comercial, 492,50 árvores/ha (54,36%) e 15,96 m²/ha (52,29%) da área basal, eram constituídos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a seguinte distribuição da produção quantitativa da Bacia do Litoral Médio, por classe de valorização.

Tendência de valorização

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Cresc. insignificante

28,88

18,80

104,50

11,53

6,94

22,74

Cres.médio

120,62

78,51

779,50

86,04

22,89

75,00

Cres. promissor

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Não classificado

4,13

2,69

22,00

2,43

0,69

2,26

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Observa-se nesses resultados que os maiores quantitativos biométricos dessa bacia, 120,62 m³/ha (78,51%) do volume comercial, 779,50 árvores/ha (86,04%) e 22,89 m²/ha (75,00%) da área basal apresentaram tendência de valorização classificada como crescimento médio. h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Litoral Médio (Anexo 4.10.c) nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Co-dominante

44,09

28,70

268,50

29,63

8,07

26,44

Dominada

40,11

26,11

356,50

39,35

7,29

23,89

Dominante

64,25

41,82

244,00

26,93

14,24

46,66

Suprimida

1,05

0,68

15,00

1,66

0,23

0,75

Não classificada

4,13

2,69

22,00

2,43

0,69

2,26

TOTAL

153,63

100,00

906,00

100,00

30,52

100,00

Os resultados mostram que os maiores quantitativos dessa bacia, 64,25 m³/ha (41,82%) do volume comercial, 244,00 árvores/ha (26,93%) e 14,24 m²/ha (46,66%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante. As árvores co-dominantes representam 28,70% do volume comercial, 29,63% do número de árvores e 26,44% da área basal.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais representativas e por isso denominadas mais importantes da Bacia do Litoral Médio estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Estas 20 espécies (33,33% do total), juntamente com as árvores mortas (1,67%), representavam 83,51% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 41,47% da Freqüência Relativa, 86,39% da Dominância Relativa (área basal), 70,46% do Valor de Importância e 84,95% do Valor de Cobertura total da floresta.

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Sebastiania commersoniana ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a densidade e dominância de seus indivíduos.

Espécie

DR

FR

DoR

VI%

VI% Acum

VC%

VC% Acum

Sebastiania commersoniana

18,98

2,86

10,45

10,76

10,76

14,72

14,72

Guapira opposita

11,20

1,43

13,65

8,76

19,52

12,43

27,14

Schinus polygamus

8,28

1,43

11,58

7,10

26,62

9,93

37,07

Casearia sylvestris

8,77

2,86

8,36

6,66

33,28

8,57

45,64

Myrsine umbellata

4,25

2,86

5,76

4,29

37,57

5,01

50,64

Coussapoa microcarpa

1,49

1,43

7,42

3,45

41,02

4,46

55,10

Chrysophyllum marginatum

2,26

2,86

3,88

3,00

44,02

3,07

58,17

Hexaclamys edulis

2,76

1,43

4,13

2,77

46,79

3,45

61,61

Sebastiania serrata

4,14

1,43

2,24

2,60

49,40

3,19

64,80

Mortas

2,26

2,86

2,13

2,42

51,81

2,20

67,00

Banara parviflora

3,37

1,43

2,19

2,33

54,14

2,78

69,78

Allophylus edulis

1,99

2,86

1,43

2,09

56,24

1,71

71,49

Myrcia glabra

1,82

2,86

1,43

2,04

58,27

1,63

73,11

Ocotea indecora

2,81

1,43

1,80

2,01

60,29

2,31

75,42

Lithraea brasiliensis

2,04

1,43

2,52

2,00

62,28

2,28

77,70

Sideroxylum obtusifolium

1,10

1,43

3,20

1,91

64,19

2,15

79,85

Diospyros inconstans

2,40

1,43

1,25

1,69

65,89

1,83

81,67

Enterolobium contortisiliquum

0,88

2,86

1,29

1,68

67,56

1,09

82,76

Casearia decandra

1,99

1,43

1,11

1,51

69,07

1,55

84,31

Syagrus romanzoffiana

0,72

2,86

0,57

1,38

70,46

0,65

84,95

Sub-total

83,51

41,47

86,39

70,46

-

84,95

-

Restantes

16,49

58,53

13,61

29,54

-

15,05

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

As 40 espécies restantes (66,67% das espécies), incluindo as árvores não identificadas, representavam 16,49% da Densidade Relativa, 58,53% da Freqüência Relativa, 13,61% da Dominância Relativa, 29,54% do Valor de Importância e 15,05% do Valor de Cobertura total.

As árvores mortas (2,42% do VI) aparecem em décimo primeiro lugar na ordem de importância das espécies. Sua alta representatibilidade na estrutura da floresta, constitui um fenômeno natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número de indivíduos nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 32 espécies pertencentes a 22 famílias botânicas. O Índice de Diversidade de Shannon médio, considerando todas as parcelas estudadas, foi de 1,8943. As famílias Flacourticaceae e Rubiaceae com 3 espécies foram as mais representativas na regeneração natural, seguidas de Lauraceae, Meliaceae, Myrsinaceae, Myrtaceae, Solanaceae e Ulmaceae, com 2 espécies. As 14 famílias restantes apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,15 cm, variando entre 3,01 cm (Parcela 2101) a 3,30 cm (Parcela 2103); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,49 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 43,77%, variando de 39,27% (Parcela 2103) a 48,27% (Parcela 2101).

A altura total média, foi de 5,14 m, variando de 4,59 m (Parcela 2101) a 5,69 m (Parcela 2103); a altura total mínima medida foi de 1,70 m e a máxima foi 11,90 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 30,37%, variando de 25,32% (Parcela 2101) a 35,42% (Parcela 2103).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8.735,0 indivíduos/ha, variando entre 5.270,0 indivíduos/ha (Parcela 2103) e 12.200,0 indivíduos/ha (Parcela 2101).

A área basal média resultou em 6,59 m²/ha, variando entre 4,5074 m²/ha (Parcela 2103) a 8,6813 m²/ha (Parcela 2101). A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8943, variando entre 1,1255 (Parcela 2101) e 2,6631 (Parcela 2103).

- Distribuição de Freqüência
Dos 8.735,0 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 2.755,0 são menores que 3 m de altura, 5.420,0 entre 3 e 6 m de altura e 560 são maiores que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo, foram as mais abundantes na regeneração natural, com 8.590,0 indivíduos por hectare ou 98,34% do total, sendo 2.755,0 menores que 3 m de altura, 5.335,0 entre 3 e 6 m de altura e 500,0 maiores que 6 m de altura.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Ruprechtia laxiflora

1000,0

36,30

3750,0

69,19

0,0

0,00

4750,0

54,38

Myrsine lorentziana

500,0

18,15

0,0

0,00

50,0

8,93

550,0

6,30

Cabralea canjerana

100,0

3,63

400,0

7,38

5,0

0,89

505,0

5,78

Solanum pseudoquina

500,0

18,15

0,0

0,00

0,0

0,00

500,0

5,72

Sorocea bonplandii

250,0

9,07

145,0

2,68

55,0

9,82

450,0

5,15

Faramea marginata

100,0

3,63

265,0

4,89

30,0

5,36

395,0

4,52

Sebastiania serrata

0,0

0,00

265,0

4,89

50,0

8,93

315,0

3,61

Trichilia claussenii

150,0

5,44

20,0

0,37

25,0

4,46

195,0

2,23

Casearia sylvestris

0,0

0,00

65,0

1,20

85,0

15,18

150,0

1,72

Myrsine umbellata

50,0

1,81

55,0

1,01

15,0

2,68

120,0

1,37

Ocotea indecora

50,0

1,81

0,0

0,00

50,0

8,93

100,0

1,14

Myrcia glabra

0,0

0,00

50,0

0,92

50,0

8,93

100,0

1,14

Casearia decandra

50,0

1,81

20,0

0,37

15,0

2,68

85,0

0,97

Guapira opposita

5,0

0,18

50,0

0,92

10,0

1,79

65,0

0,74

Chomelia obtusa

0,0

0,00

50,0

0,92

5,0

0,89

55,0

0,63

Syagrus romanzoffiana

0,0

0,00

0,0

0,00

55,0

9,82

55,0

0,63

Banara parviflora

0,0

0,00

50,0

0,92

0,0

0,00

50,0

0,57

Vitex megapotamica

0,0

0,00

50,0

0,92

0,0

0,00

50,0

0,57

Celtis spinosa

0,0

0,00

50,0

0,92

0,0

0,00

50,0

0,57

Cestrum sp.

0,0

0,00

50,0

0,92

0,0

0,00

50,0

0,57

Sub-total

2755,0

100,00

5335,0

98,43

500,0

89,29

8590,0

98,34

Restantes

0,0

0,00

85,0

1,57

60,0

10,71

145,0

1,66

TOTAL

2755,0

100,00

5420,0

100,00

560,0

100,00

8735,0

100,00

 

As 12 espécies restantes (37,503% do total) contribuíram, com apenas, 1,66% dos indivíduos presentes na regeneração natural.

l) Análise estatística
A partir das 02 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética= 153,63 m³/ha
- Variância = 63,52 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 7,97 m³/ha
- Coeficiente de variação = 5,19%
- Variância da média = 63,52 (m³/ha)
- Erro padrão = ± 7,97 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 15,78 m³/ha
b) Erro relativo = ± 10,27%
- Intervalo de confiança para a média
IC [137,85 m³/ha £ x £ 169,41 m³/ha] = 95%
- Total da população = 4.770.979 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [4.280.931 m³ £ X £ 5.261.027 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 5 espécies pertencentes à 5 gêneros e 5 famílias botânicas, em uma única unidade amostral levantada nesta bacia. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,0749.

Todas as famílias encontradas: Cunoniaceae, Escalloniaceae, Fabaceae, Melastomataceae e Myrsinaceae foram representadas por uma única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 4,15 cm, o diâmetro mínimo foi 1,11 cm e o diâmetro máximo foi de 22,60 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 57,90%. A altura total média, foi de 3,22 m, a altura total mínima medida foi de 2,00 m e a máxima foi 5,30 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 25,24%.

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 1.110,0 indivíduos/ha. A área basal média dos estágios iniciais resultou em 1,50 m²/ha.

c) Distribuição de freqüência
Foram encontrados 1.110,0 indivíduos por hectare nos Estágios Iniciais de Sucessão, sendo 440,0 menores que 3 m de altura, 670,0 entre 3 e 6 m de altura, e nenhum indivíduo maior que 6 m de altura.

As 5 espécies amostradas nos estágios iniciais da Bacia do Litoral Médio estão relacionadas na Tabela abaixo e representam a totalidade das ocorrências.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Escallonia bifida

300,0

68,18

230,0

34,33

0,0

0,00

530,0

47,75

Tibouchina sellowiana

130,0

29,55

380,0

56,72

0,0

0,00

510,0

45,95

Myrsine sp.

0,0

0,00

50,0

7,46

0,0

0,00

50,0

4,50

Lamanonia ternata

10,0

2,27

0,0

0,00

0,0

0,00

10,0

0,90

Macherium stipitatum

0,0

0,00

10,0

1,49

0,0

0,00

10,0

0,90

Sub-total

440,0

100,00

670,0

100,00

0,0

0,00

1110,0

100,00

Restantes

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

TOTAL

440,0

100,00

670,0

100,00

0,0

0,00

1110,0

100,00

 

Observa-se nesta Tabela que Escallonia bifida e Tibouchina sellowiana foram as mais representativas nesses estágios iniciais, com 93,70% dos indivíduos, e que não ocorreram indivíduos com alturas maiores que 6 m.