<<volta

Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo

A Bacia Hidrográfica do Mirim – São Gonçalo possui uma cobertura florestal de 3.947,05 km², o que representa 1,396% da cobertura do Estado, sendo 3.850,67 km² (1,362%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 96,38 km² (0,034%) de reflorestamentos assim distribuídos: 33,97 km² (0,012%) de Eucaliptos, 58,87 km² (0,021%) de Pinus e 3,54 km² (0,001%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Mirim-São Gonçalo foram encontradas 96 espécies pertencentes à 36 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 51 árvores mortas, 7 cipós e 1 indivíduo de uma espécie não identificada.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,2324, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 1,7592 (Parcela 2807) e 3,2799 (Parcela 2508).

As famílias Myrtaceae, com 13 espécies, Flacourtiaceae (9) e Lauraceae (7) foram as mais representativas da Bacia do Mirim-São Gonçalo, seguidas de Anacardiaceae e Sapotaceae (5), Euphorbiaceae, Myrsinaceae e Sapindaceae (4).

Das 28 famílias restantes, 4 apresentaram 3 espécies, 9 apresentaram 2 espécies e 15 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Mirim-São Gonçalo indicaram um diâmetro médio de 17,35 cm, variando entre 12,87 cm (Parcela 2417) e 24,25 cm (Parcela 2807); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm; o diâmetro máximo foi de 132,42 cm pertencente a um Ficus organensis (figueira-miúda), árvore nº 563 da parcela 2808 - Carta Rio Grande; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 54,78%, variando de 24,15% (Parcela 2418) a 84,00% (Parcela 2808).

A altura total média foi de 9,13 m, variando de 6,77 m (Parcela 2511) a 14,00 m (Parcela 2506); a altura total mínima foi de 1,70 m e a máxima de 32,20 m pertencente a uma Blepharocalyx salicifolius (murta), árvore 43 da parcela 2506; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 28,99%, variando de 17,98% (Parcela 2410) a 43,92% (Parcela 2423).

A altura comercial média foi estimada em 3,88 m, variando entre 2,40 m (Parcela 2422) e 6,27 m (Parcela 2506); a altura comercial mínima foi de 1,00 m e a máxima de 16,40 m, pertencente a um Syagrus romanzoffiana (jerivá) – árvore 66 da parcela 2508; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 41,23%, variando entre 29,64% (Parcela 2419) e 62,83% (Parcela 2807).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 861,05 árvores/ha, variando entre 440,0 árvores/ha (Parcelas 2419) e 1.310 árvores/ha (Parcelas 2704 e 2426). A área basal média resultou em 26,74 m²/ha, variando entre 7,19 m²/ha (Parcela 2419) e 62,02 m²/ha (Parcela 2807). O volume comercial médio foi estimado em 124,27 m³/ha, variando entre 36,87 m³/ha (Parcela 2419) e 189,16 m³/ha (Parcela 2807).

Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Mirim-São Gonçalo com a média geral do Estado, verifica-se que esta apresentou número de árvores maior; enquanto o diâmetro, alturas total e comercial, área basal, volume comercial e índice de Shannon foram menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
Analisando-se esta Tabela, constata-se que as espécies que mais contribuiram para a composição do volume comercial, juntamente com as árvores mortas, foram as seguintes:

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Blepharocalyx salicifolius

10,25

8,24

60,12

6,98

2,14

8,00

Sebastiania commersoniana

10,01

8,05

76,36

8,87

1,90

7,11

Scutia buxifolia

9,40

7,56

75,93

8,82

2,21

8,26

Mortas

8,46

6,80

51,42

5,97

1,43

5,35

Lithraea brasiliensis

6,91

5,56

61,89

7,19

1,47

5,50

Ficus organensis

6,58

5,29

17,91

2,08

2,66

9,95

Myrsine laetevirens

4,91

3,95

20,68

2,40

1,10

4,11

Ocotea pulchella

4,44

3,57

24,77

2,88

1,04

3,89

Allophylus edulis

3,85

3,10

33,90

3,94

0,79

2,95

Eugenia uniflora

3,06

2,46

43,76

5,08

0,61

2,28

Ilex brevicuspis

2,78

2,24

10,75

1,25

0,54

2,02

Quillaja brasilienses

2,50

2,01

11,51

1,34

0,46

1,72

Dasyphyllum spinescens

2,36

1,90

15,32

1,78

0,47

1,76

Myrcianthes gigantea

2,31

1,86

14,66

1,70

0,43

1,61

Sideroxylon obtusifolium

2,29

1,84

7,04

0,82

0,69

2,58

Erythroxylum argentinum

2,17

1,74

22,32

2,59

0,44

1,65

Eugenia uruguayensis

1,95

1,57

22,35

2,60

0,38

1,42

Sebastiania brasiliensis

1,95

1,57

18,61

2,16

0,42

1,57

Myrsine umbellata

1,93

1,55

11,80

1,37

0,30

1,12

Zanthoxylum fagara

1,80

1,45

12,50

1,45

0,35

1,31

Sub-total

89,91

72,30

613,60

71,26

19,83

74,16

Restantes

34,45

27,70

247,48

28,74

6,91

25,84

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

Essas 20 espécies, juntamente com as árvores mortas, contribuiram com 89,91 m³/ha (72,30%) do volume comercial, 613,60 árvores/ha (71,26%) e 19,83 m²/ha (74,16%) da área basal.

Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Mirim-São Gonçalo, constatou-se a distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal apresentados na Tabela abaixo:

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 - 20

53,44

42,97

660,37

76,69

9,49

35,49

20 - 30

33,26

26,75

138,74

16,11

6,45

24,12

30 - 40

15,92

12,80

37,34

4,34

3,44

12,86

40 - 50

6,78

5,45

10,94

1,27

1,75

6,54

50 - 60

5,14

4,13

6,08

0,71

1,44

5,39

60 - 70

3,24

2,61

3,23

0,38

1,09

4,08

70 - 80

1,84

1,48

1,14

0,13

0,50

1,87

80 - 90

1,68

1,35

1,32

0,15

0,78

2,92

> 90

3,06

2,46

1,92

0,22

1,80

6,73

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentravam-se 102,62 m³/ha (82,52%) do volume comercial, 836,45 árvores/ha (97,14%) e 19,38 m²/ha (72,47%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Qualidade 1

7,30

5,87

29,17

3,39

1,35

5,05

Qualidade 2

50,44

40,56

284,52

33,04

11,67

43,64

Qualidade 3

53,51

43,03

461,98

53,65

11,34

42,41

Qualidade 4

5,66

4,55

40,38

4,69

1,10

4,11

Não classificado

7,45

5,99

45,03

5,23

1,28

4,79

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

Estes resultados mostram que a classe de qualidade 3 concentrava os maiores quantitativos da Bacia Mirim-São Gonçalo, ou seja, 53,51 m³/ha (43,03%) do volume comercial, 461,98 árvores/ha (53,65%) e 11,34 m²/ha (42,41%) da área basal, os quais eram compostos por indivíduos que apresentavam fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de galhos de pequeno porte.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, encontra-se na Tabela abaixo.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,07

0,06

0,92

0,10

0,02

0,07

Danos complexos

13,32

10,71

112,02

13,01

3,00

11,22

Danos fungos

5,87

4,72

34,33

3,99

1,55

5,80

Danos insetos

1,94

1,56

12,31

1,43

0,44

1,64

Danos abióticos

8,96

7,20

62,91

7,31

1,89

7,07

Mortas

8,48

6,82

51,60

5,99

1,43

5,35

Saudável

84,85

68,23

580,35

67,40

18,26

68,29

Não classificado

0,87

0,70

6,64

0,77

0,15

0,56

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

Os resultados mostram que os maiores quantitativos da Bacia Mirim-São Gonçalo, 84,85 m³/ha (68,23%) do volume comercial, 580,35 árvores/ha (67,40%) e 18,26 m²/ha (68,29%) da área basal, eram constituídos por indivíduos saudáveis, que não apresentam problemas aparentes de sanidade.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia Mirim-São Gonçalo revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

20,75

16,69

204,95

23,80

4,01

15,00

Copa danificada

6,15

4,95

59,71

6,94

1,13

4,22

Copa longa

24,48

19,68

111,00

12,89

5,75

21,50

Copa média

65,29

52,50

439,15

51,00

14,50

54,23

Não classificado

7,69

6,18

46,27

5,37

1,35

5,05

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

 

Esses resultados mostram que, 65,29 m³/ha (52,50%) do volume comercial, 439,15 árvores/ha (51,00%) e 14,50 m²/ha (54,23%) da área basal, eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a seguinte distribuição da produção quantitativa da Bacia Mirim-São Gonçalo, por classe de valorização:

Tendência de valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Cresc. insignificante

44,67

35,92

338,28

39,29

10,39

38,85

Cres.médio

48,17

38,74

371,85

43,18

10,16

38,00

Cres. promissor

24,43

19,64

107,18

12,45

4,98

18,62

Não classificado

7,09

5,70

43,77

5,08

1,21

4,53

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

Observa-se nestes resultados que os maiores quantitativos desta bacia, 48,17 m³/ha (38,74%) do volume comercial, 371,85 árvores/ha (43,18%) e 10,16 m²/ha (38,00%) da área basal, eram constituídos por indivíduos com tendência à crescimento médio, seguida do crescimento promissor, com 35,92% do volume comercial, 39,29% do número de árvores e 10,39% da área basal.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Mirim-São Gonçalo nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Co-dominante

34,10

27,42

325,28

37,78

7,19

26,89

Dominada

13,44

10,81

157,72

18,32

2,69

10,06

Dominante

67,66

54,41

319,16

37,06

15,32

57,29

Suprimida

2,06

1,65

15,16

1,76

0,33

1,23

Não classificado

7,10

5,71

43,76

5,08

1,21

4,53

TOTAL

124,36

100,00

861,08

100,00

26,74

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos biométricos dessa bacia, 67,66 m³/ha (54,41%) do volume comercial, 319,16 árvores/ha (37,06%) e 15,32 m²/ha (57,29%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante. As árvores co-dominantes representavam 27,42% do volume comercial, 37,78% do número de árvores e 26,89% da área basal.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais representativas e por isso mais importantes da Bacia do Mirim- São Gonçalo estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Estas 20 espécies (20,20% do total), juntamente com as árvores mortas, representavam 72,46% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 51,14% da Freqüência Relativa, 72,33% da Dominância Relativa (área basal), 65,31% do Valor de Importância e 72,40% do Valor de Cobertura total da floresta.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Scutia buxifolia

8,82

3,78

8,28

6,96

6,96

8,55

8,55

Sebastiania commersoniana

8,87

3,78

7,09

6,58

13,54

7,98

16,53

Blepharocalyx salicifolius

6,98

4,36

8,02

6,45

19,99

7,50

24,03

Lithraea brasiliensis

7,19

4,36

5,50

5,68

25,68

6,35

30,38

Mortas

5,97

5,23

5,34

5,51

31,19

5,66

36,03

Ficus organensis

2,08

0,87

9,95

4,30

35,49

6,02

42,05

Allophylus edulis

3,94

4,07

2,97

3,66

39,15

3,46

45,50

Eugenia uniflora

5,08

2,33

2,26

3,22

42,37

3,67

49,17

Ocotea pulchella

2,88

2,62

3,89

3,13

45,50

3,39

52,56

Myrsine laetevirens

2,40

1,16

4,10

2,55

48,06

3,25

55,81

Eugenia uruguayensis

2,60

3,20

1,44

2,41

50,47

2,02

57,83

Sebastiania brasiliensis

2,16

2,62

1,55

2,11

52,58

1,86

59,68

Dasyphyllum spinescens

1,78

2,03

1,74

1,85

54,43

1,76

61,44

Erythroxylum argentinum

2,59

1,16

1,63

1,79

56,22

2,11

63,55

Quillaja brasiliensis

1,34

2,03

1,70

1,69

57,91

1,52

65,07

Casearia decandra

1,92

2,03

0,89

1,61

59,53

1,41

66,48

Myrcianthes gigantea

1,70

1,45

1,61

1,59

61,11

1,66

68,13

Vitex megapotamica

1,46

1,74

1,05

1,42

62,53

1,26

69,39

Zanthoxylum fagara

1,45

1,45

1,32

1,41

63,94

1,39

70,77

Ilex brevicuspis

1,25

0,87

2,00

1,37

65,31

1,63

72,40

Sub-total

72,46

51,14

72,33

65,31

-

72,40

-

Restantes

27,54

48,86

27,67

34,69

-

27,61

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Scutia buxifolia ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a densidade e dominância de seus indivíduos.

As 79 espécies restantes (79,80% das espécies), incluindo os cipós e não identificadas, representavam 27,54% da Densidade Relativa, 48,86% da Freqüência Relativa, 27,67% da Dominância Relativa, 34,69% do Valor de Importância e 27,61% do Valor de Cobertura total.

As árvores mortas (5,51% do VI) aparecem em quinto lugar na ordem de importância das espécies, caracterizando um processo natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número de indivíduos nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 64 espécies pertencentes a 29 famílias botânicas, além de alguns indivíduos mortos, cipós, não identificados e uma exótica (Melia azedarach). O Índice de Diversidade médio de Shannon foi de 1,7269. A família Myrtaceae foi a mais representativa, com 12 espécies, seguida de Lauraceae (5); Euphorbiaceae, Flacourtiaceae, Myrsinaceae e Rubiaceae, (4); Anacardiaceae e Asteraceae, (3).

Das 21 famílias restantes, 3 apresentaram 2 espécies e 18 apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,15 cm, variando entre 1,68 cm (Parcela 2704) e 5,06 cm (Parcela 2701); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,52 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 46,64%, variando de 27,39% (Parcela 2701) a 76,32% (Parcela 2704).

A altura total média, foi de 5,56 m, variando de 3,21 m (Parcela 2803) a 6,89 m (Parcela 2507); a altura total mínima medida foi de 1,30 m e a máxima foi 15,50 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 35,71%, variando de 14,56% (Parcela 2701) a 59,46% (Parcela 2506).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 9.013,64 indivíduos/ha, variando entre 830 indivíduos/ha (Parcela 2511) e 21.600,00 indivíduos/ha (Parcela 2507). A área basal média resultou em 6,81 m²/ha, variando entre 0,5077 m²/ha (Parcela 2807) e 17,4046 m²/ha (Parcela 2425).

A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7269, variando entre 1,0397 (Parcela 2807) e 2,5236 (Parcela 2417).

- Distribuição de Freqüência
Dos 9.013,6 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 2.400,5 são menores que 3 m de altura, 4.471,4 entre 3 e 6 m de altura e 2.141,8 são maiores que 6 m de altura.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

272,7

11,36

1031,8

23,08

127,3

5,94

1431,8

15,88

Scutia buxifolia

95,5

3,98

429,5

9,61

250,0

11,67

775,0

8,60

Myrcia palustris

227,3

9,47

222,7

4,98

116,4

5,43

566,4

6,28

Allophylus edulis

100,0

4,17

355,0

7,94

47,3

2,21

502,3

5,57

Eugenia uruguayensis

313,6

13,06

121,4

2,72

15,5

0,72

450,5

5,00

Sebastiania brasiliensis

59,1

2,46

228,2

5,10

86,8

4,05

374,1

4,15

Chusquea sp.

0,0

0,00

0,0

0,00

363,6

16,98

363,6

4,03

Styrax leprosus

90,9

3,79

195,4

4,37

50,0

2,33

336,3

3,73

Gymnanthes concolor

45,5

1,90

195,5

4,37

59,1

2,76

300,1

3,33

Lithraea brasiliensis

9,1

0,38

159,1

3,56

109,1

5,09

277,3

3,08

Ocotea pulchella

45,5

1,90

59,1

1,32

159,1

7,43

263,7

2,93

Blepharocalyx salicifolius

45,5

1,90

106,4

2,38

98,6

4,60

250,5

2,78

Guettarda uruguensis

227,3

9,47

0,0

0,00

0,9

0,04

228,2

2,53

Myrrhinium atropurpureum

90,9

3,79

104,6

2,34

31,8

1,48

227,3

2,52

Quillaja brasiliensis

50,0

2,08

140,9

3,15

9,1

0,42

200,0

2,22

Coccoloba cordata

0,0

0,00

186,4

4,17

9,1

0,42

195,5

2,17

Miconia hyemalis

45,5

1,90

136,4

3,05

0,0

0,00

181,9

2,02

Sebastiania commersoniana

0,0

0,00

109,1

2,44

50,0

2,33

159,1

1,77

Sorocea bonplandii

95,5

3,98

4,6

0,10

18,2

0,85

118,3

1,31

Casearia sylvestris

45,5

1,90

9,6

0,21

61,4

2,87

116,5

1,29

Sub-total

1859,4

77,46

3795,7

84,89

1663,3

77,66

7318,4

81,19

Restantes

541,1

22,54

675,7

15,11

478,5

22,34

1695,2

18,81

TOTAL

2400,5

100,00

4471,4

100,00

2141,8

100,00

9013,6

100,00

 

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes na regeneração natural, com 7.318,4 indivíduos por hectare, ou 81,19% do total, sendo 1.859,4 menores que 3 m de altura, 3.795,7 entre 3 e 6 m de altura e 1.663,3 maiores que 6 m de altura. As 48 espécies restantes contribuíram, com apenas, 18,81% dos indivíduos presentes na regeneração natural, entre elas os cipós, ocorrendo 190,91 indivíduos por hectare, o que representa 2,12% do total.

l) Análise estatística
A partir das 22 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Mirim-São Gonçalo, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética: = 124,27 m³/ha
- Variância: = 2.436,41 (m³/ha)²
- Desvio padrão: = 49,36 m³/ha
- Coeficiente de variação: = 39,72%
- Variância da média: = 115,99 (m³/ha)²
- Erro padrão: = ± 10,77 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto: - = ± 21,32 m³/ha
b) Erro relativo: - = ± 17,16%
- Intervalo de confiança para a média
IC [102,95 m³/ha £ x £ 145,59 m³/ha] = 95%
- Total da população = 47.852.276 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [39.642.648 m³ £ X £ 56.061.905 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 42 espécies pertencentes à 20 famílias botânicas, além de indivíduos mortos. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7256.

A família Myrtaceae, com 7 espécies foi a mais representativa desses estágios iniciais, seguida de Myrsinaceae (5), Asteraceae e Lauraceae (4), Anacardiaceae e Flacourtiaceae (3), Aquifoliaceae e Euphorbiaceae (2). As 12 famílias restantes apresentaram uma única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 4,21 cm, variando entre 2,26 cm (Parcela 2407) e 7,80 cm (Parcela 2409); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 31,80 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 69,26%, variando entre 49,30% (Parcela 2409) e 93,17% (Parcela 2415).

A altura total média foi de 4,14 m, variando entre 2,85 m (Parcela 2407) a 6,12 m (Parcela 2405); a altura total mínima foi de 1,30 m e a máxima de 13,20 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 37,10%, variando entre 25,43% (Parcela 2409) e 48,19% (Parcela 2702).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 12.643,75 indivíduos/ha, variando entre 2.550,0 indivíduos/ha (Parcela 2407) e 22.500,0 indivíduos/ha (Parcela 2420). A área basal média resultou em 17,27 m²/ha, variando entre 1,0254 m²/ha (Parcela 2407) e 39,2316 m²/ha (Parcela 2409).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,7256, variando entre 1,0293 (Parcela 2702) e 2,4657 (Parcela 2415). c) Distribuição de freqüência Foram encontrados 12.643,8 indivíduos por hectare nos Estágios Iniciais de Sucessão, sendo 4.712,5 menores que 3 m de altura, 6.091,3 entre 3 e 6 m de altura, e 1.840,0 indivíduos maior que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais da Bacia do Mirim – São Gonçalo, contribuindo com 11.411,4 indivíduos por hectare (90,25%), sendo 4.387,5 indivíduos com alturas menores que 3 m, 5.815,2 entre 3 e 6 m, e 1.587,5 indivíduos com altura maior do que 6 m.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

462,5

9,81

2075,0

34,06

150,0

8,15

2687,5

21,26

Scutia buxifolia

1150,0

24,40

400,0

6,57

87,5

4,76

1637,5

12,95

Styrax leprosus

625,0

13,26

475,0

7,80

100,0

5,43

1200,0

9,49

Allophylus edulis

250,0

5,31

638,8

10,49

212,5

11,55

1101,3

8,71

Myrsine lorentziana

500,0

10,61

250,0

4,10

12,5

0,68

762,5

6,03

Blepharocalyx salicifolius

387,5

8,22

175,0

2,87

162,5

8,83

725,0

5,73

Sebastiania commersoniana

25,0

0,53

432,5

7,10

175,0

9,51

632,5

5,00

Lithraea brasiliensis

262,5

5,57

251,3

4,13

75,0

4,08

588,8

4,66

Myrcia palustris

0,0

0,00

437,5

7,18

112,5

6,11

550,0

4,35

Luehea divaricata

0,0

0,00

162,5

2,67

162,5

8,83

325,0

2,57

Miconia cinerascens

125,0

2,65

125,0

2,05

0,0

0,00

250,0

1,98

Mortas

12,5

0,27

50,0

0,82

137,5

7,47

200,0

1,58

Podocarpus lambertii

0,0

0,00

0,0

0,00

162,5

8,83

162,5

1,29

Myrcianthes gigantea

0,0

0,00

151,3

2,48

0,0

0,00

151,3

1,20

Celtis tala

0,0

0,00

137,5

2,26

12,5

0,68

150,0

1,19

Ocotea lancifolia

125,0

2,65

0,0

0,00

25,0

1,36

150,0

1,19

Xylosma tweedianum

137,5

2,92

0,0

0,00

0,0

0,00

137,5

1,09

Sebastiania brasiliensis

75,0

1,59

53,8

0,88

0,0

0,00

128,8

1,02

Cinnamomum amoenum

125,0

2,65

0,0

0,00

0,0

0,00

125,0

0,99

Daphnopsis racemosa

125,0

2,65

0,0

0,00

0,0

0,00

125,0

0,99

Sub-total

4387,5

86,21

5815,2

94,58

1587,5

86,28

11411,4

90,25

Restantes

325,0

13,79

276,1

5,42

252,5

13,72

1232,4

9,75

TOTAL

4712,5

100,0

6091,3

100,0

1840,0

100,0

12643,8

100,0

 

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Eugenia uniflora, Scutia buxifolia, Styrax leprosus, Allophylus edulis e Myrsine lorentziana, as quais contribuiram com 58,44% do número total de indivíduos.

As 23 espécies restantes contribuiram com apenas 9,75% dos indivíduos presentes nos estágios iniciais de sucessão, entre as quais destacam-se os indivíduos mortos, com 200,0 indivíduos por hectare, o que representa 1,58% do total.