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Bacia Hidrográfica do Negro

A Bacia Hidrográfica do Negro possui uma cobertura florestal de 132,10 km², o que representa 0,047% da cobertura do Estado, sendo 127,16 km² (0,045%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 4,94 km² (0,002%) de reflorestamentos assim distribuídos: 2,26 km² (0,001%) de Eucaliptos, 2,63 km² (0,001%) de Pinus e 0,05 km² (0,00001%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Negro foram encontradas 32 espécies pertencentes à 18 famílias botânicas, considerando-se os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 70 árvores mortas, 2,5 espécies não identificadas e 2,5 cipós, por hectare.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,2638, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 1,8706 (Parcela 2401) e 2,4343 (Parcela 2412). As famílias Anacardiaceae e Myrtaceae, com 4 espécies, Lauraceae e Sapindaceae (3) foram as mais representativas da Bacia do Negro, seguidas de Myrsinaceae, Asteraceae, Flacourtiaceae e Rosaceae (2). As demais 10 famílias apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Negro indicaram um diâmetro médio de 16,26 cm, variando entre 14,53 cm (Parcela 2426) e 19,19 cm (Parcela 1945); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm; o diâmetro máximo foi de 92,31 cm, pertencente a uma Quillaja brasiliensis (pau-sabão), árvore nº 5 da parcela 2412 - Carta Pedro Osório; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 50,47%, variando de 40,56% (Parcela 2401) e 64,24% (Parcela 2412).

A altura total média foi de 8,02 m, variando de 6,93 m (Parcela 2412) a 8,78 m (Parcela 1945); a altura total mínima foi de 2,3 m e a máxima de 17,60 m, pertencente a uma Quillaja brasiliensis da parcela 2426; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 29,57%, variando de 23,85% (Parcela 2401) a 36,99% (Parcela 1945).

A altura comercial média foi de 3,71 m, variando entre 3,28 m (Parcela 2401) e 4,54 m (Parcela 1945); a altura comercial mínima foi de 0,50 m e a máxima de 10,60 m, pertencente a uma Quillaja brasiliensis, árvore 7 da parcela 1945; e o coeficiente de variação médio foi de 38,70%, variando entre 33,87% (Parcela 2412) e 43,09% (Parcela 1945).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 1.055,0 árvores/ha, variando entre 850,0 árvores/ha (Parcela 2401) e 1.310,0 árvores/ha (Parcela 2426). A área basal média resultou em 28,07 m²/ha, variando entre 18,2800 m²/ha (Parcela 2401) e 43,1600 m²/ha (Parcela 2302).

O volume comercial médio foi estimado em 139,80 m³/ha, variando entre 94,35 m³/ha (Parcela 2401) e 225,62 m³/ha (Parcela 1945).

Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Negro com a média geral do Estado, verifica-se que esta apresentou a área basal aproximadamente igual; o número de árvores maior; e diâmetro médio, alturas total e comercial, volume comercial e índice de Shannon menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
As espécies que mais contribuíram para a composição do volume comercial, juntamente com as árvores mortas, foram as seguintes:

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Quillaja brasiliensis

36,21

7,16

95,00

9,00

7,49

26,68

Lithraea brasiliensis

18,48

7,16

195,00

18,48

3,66

13,04

Sebastiania commersoniana

10,10

7,16

77,50

7,35

1,79

6,38

Mortas

10,01

7,16

70,00

6,64

2,98

10,62

Scutia buxifolia

9,25

7,16

100,00

9,48

1,74

6,20

Matayba elaeagnoides

6,36

7,16

37,50

3,55

1,05

3,74

Ocotea acutifolia

5,86

7,16

35,00

3,32

1,14

4,06

Ocotea pulchella

5,12

7,16

40,00

3,79

0,92

3,28

Allophylus edulis

4,81

7,16

47,50

4,50

0,94

3,35

Myrsine coriacea

4,35

7,16

35,00

3,32

0,74

2,64

Myrsine laetevirens

3,95

7,16

15,00

1,42

0,89

3,17

Styrax leprosus

3,76

7,16

45,00

4,27

0,68

2,42

Eugenia uniflora

3,75

2,68

57,50

5,45

0,79

2,81

Myrcia palustris

3,38

2,42

45,00

4,27

0,66

2,35

Blepharocalyx salicifolius

3,29

2,35

37,50

3,55

0,61

2,17

Zanthoxylum rhoifolium

3,06

2,19

25,00

2,37

0,54

1,92

Nectandra megapotamica

2,40

1,72

7,50

0,71

0,38

1,35

Myrcianthes cisplatensis

1,11

0,79

10,00

0,95

0,24

0,86

Schinus polygamus

0,80

0,57

12,50

1,18

0,17

0,61

Vitex megapotamica

0,66

0,47

12,50

1,18

0,11

0,39

Sub-total

136,71

99,12

1000,00

94,79

27,52

98,04

Restantes

3,09

0,88

55,00

5,21

0,55

1,96

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Essas 20 espécies, juntamente com as árvores mortas, contribuíram com 136,71 m³/ha (99,12%) do volume comercial, 1.000,0 árvores/ha (94,79%) e 27,52 m²/ha (98,04%) da área basal. A estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Negro é apresentada na Tabela abaixo.

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 - 20

62,93

45,02

832,50

78,91

11,33

40,35

20 - 30

35,63

25,49

150,00

14,22

6,65

23,69

30 - 40

22,09

15,80

50,00

4,74

4,72

16,83

40 - 50

10,29

7,36

15,00

1,42

2,44

8,68

50 - 60

2,91

2,08

2,50

0,24

0,51

1,83

60 - 70

2,64

1,89

2,50

0,24

0,75

2,67

70 - 80

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

80 - 90

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

> 90

3,31

2,37

2,50

0,24

1,67

5,96

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Observa-se nestes resultados, que as classes diamétricas 10-40 cm concentravam 120,65 m³/ha (86,30%) do volume comercial, 1.032,5 árvores/ha (97,87%) e 22,70 m²/ha (80,87%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Qualidade do tronco

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Qualidade 1

0,13

0,09

2,50

0,24

0,02

0,08

Qualidade 2

77,70

55,58

412,50

39,10

15,11

53,83

Qualidade 3

54,33

38,86

582,50

55,21

10,47

37,28

Qualidade 4

1,10

0,79

17,50

1,66

0,21

0,74

Não classific.

6,54

4,68

40,00

3,79

2,26

8,06

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Estes resultados mostram que a classe 2 (fustes retos a levemente tortuosos, cilíndricos ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de galhos de pequeno porte) concentrava os maiores quantitativos biométricos, ou seja, 77,70 m³/ha (55,58%) do volume comercial, 412,5 árvores/ha (39,10%) e 15,11 m²/ha (53,83%) da área basal.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, encontra-se na Tabela abaixo.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

11,39

8,15

157,50

14,93

2,27

8,08

Danos fungos

0,86

0,62

12,50

1,18

0,17

0,60

Danos insetos

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos abiótico

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Mortas

10,01

7,16

70,00

6,64

2,97

10,60

Saudável

117,54

84,07

815,00

77,25

22,66

80,72

Não classific.

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Os resultados mostram que 117,54 m³/ha (84,07%) do volume comercial, 815,0 árvores/ha (77,25%) e 22,26 m²/ha (80,72%) da área basal eram constituídos por indivíduos saudáveis. Já os danos mais expressivos foram os complexos, que atingiam 8,15% do volume comercial, 14,93% do número de árvores e 8,08% da área basal.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Negro revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de Copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

16,90

12,09

215,00

20,38

3,29

11,73

Copa danificada

5,89

4,21

67,50

6,40

1,19

4,22

Copa longa

24,42

17,47

162,50

15,40

4,92

17,53

Copa média

86,04

61,55

570,00

54,03

16,41

58,45

Não classific.

6,55

4,68

40,00

3,79

2,26

8,06

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Esses resultados mostram 86,04 m³/ha (61,55%) do volume comercial, 570,0 árvores/ha (54,03%) e 16,41 m²/ha (58,45%) da área basal eram compostos por indivíduos qie apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a seguinte distribuição da produção quantitativa da Bacia do Negro, por classe de valorização:

Tendência de valorização

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Cres. Insignificante

59,10

42,28

550,00

52,13

11,56

41,17

Cres.médio

31,67

22,65

337,50

31,99

5,67

20,19

Cres. Promissor

42,48

30,39

127,50

12,09

8,58

30,57

Não classificado

6,55

4,68

40,00

3,79

2,26

8,06

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Observa-se nestes resultados, que os maiores quantitativos desta bacia, 59,10 m³/ha (42,28%) do volume comercial, 550,0 árvores/ha (52,13%) e 11,56 m²/ha (41,17%) da área basal, eram compostos por indivíduos com tendência de valorização classificada como crescimento insignificante.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Negro nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Estrato co-dominante

55,10

39,42

437,50

41,47

10,61

37,79

Estrato dominado

15,30

10,94

210,00

19,91

2,84

10,12

Estrato dominante

58,92

42,15

332,50

31,52

11,55

41,16

Estrato suprimido

3,94

2,82

35,00

3,32

0,81

2,87

Não classificada

6,54

4,68

40,00

3,79

2,26

8,06

TOTAL

139,80

100,00

1055,00

100,00

28,07

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos da Bacia do Negro, 58,92 m³/ha (42,15%) do volume comercial, 332,50 árvores/ha (31,52%) e 11,55 m²/ha (41,16%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante, mas muito próximo do estrato co-dominante, com 39,42% do volume comercial, 41,47% do número de árvores e 37,79% da área basal.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais representativas e por isso denominadas mais importantes da Bacia do Negro estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies são as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Quillaja brasiliensis

9,00

6,25

26,68

13,98

13,98

17,84

17,84

Lithraea brasiliensis

18,48

4,69

13,04

12,07

26,05

15,76

33,60

Scutia buxifolia

9,48

6,25

6,20

7,31

33,36

7,84

41,44

Mortas

6,64

4,69

10,60

7,31

40,67

8,62

50,06

Sebastiania commersoniana

7,35

4,69

6,39

6,14

46,81

6,87

56,93

Eugenia uniflora

5,45

4,69

2,81

4,32

51,13

4,13

61,06

Allophylus edulis

4,50

4,69

3,34

4,18

55,30

3,92

64,98

Ocotea acutifolia

3,32

4,69

4,05

4,02

59,32

3,69

68,67

Ocotea pulchella

3,79

4,69

3,29

3,92

63,25

3,54

72,21

Myrsine coriacea

3,32

4,69

2,62

3,54

66,79

2,97

75,18

Matayba elaeagnoides

3,55

3,13

3,76

3,48

70,27

3,66

78,83

Styrax leprosus

4,27

3,13

2,44

3,28

73,55

3,36

82,19

Blepharocalyx salicifolius

3,35

3,13

2,16

2,88

76,43

2,76

84,94

Myrcia palustris

4,27

1,56

2,34

2,72

79,15

3,31

88,25

Myrsine laetevirens

1,42

3,13

3,16

2,57

81,72

2,29

90,54

Zanthoxylum rhoifolium

2,37

1,56

1,92

1,95

83,67

2,15

92,68

Cupania vernalis

1,42

3,13

0,43

1,66

85,33

0,93

93,61

Vitex megepotamica

1,18

3,13

0,38

1,56

86,90

0,78

94,39

Gochnatia polymorpha

0,47

3,13

0,25

1,28

88,18

0,36

94,75

Nectandra megapotamica

0,71

1,56

1,36

1,21

89,39

1,04

95,78

Sub-total

94,34

76,61

97,22

89,39

-

95,78

-

Restantes

5,66

23,39

2,78

10,61

-

4,22

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

Estas 20 espécies (57,14% do total), juntamente com as mortas, representavam 94,34% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 76,61% da Freqüência Relativa, 97,22% da Dominância Relativa (área basal), 89,39% do Valor de Importância e 95,78% do Valor de Cobertura total da floresta.

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Quillaja brasiliensis ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente devido a dominância de seus indivíduos.

As outras 15 espécies (42,86% do total), incluindo os cipós e não identificadas representavam 5,66% da Densidade Relativa, 23,39% da Freqüência Relativa, 2,78% da Dominância Relativa, 10,61% do Valor de Importância e 4,22% do Valor de Cobertura total.

As árvores mortas (7,31% do VI) aparecem em terceiro lugar na ordem de importância das espécies, caracterizando um processo natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular de indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores são os mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 19 espécies pertencentes a 9 famílias, além de alguns indivíduos não identificados e cipós. O Índice de Diversidade de Shannon médio, considerando todas as parcelas estudadas, foi de 1,5947.

A família Myrtaceae foi a mais representativa na regeneração natural, com 7 espécies, seguida de Sapindaceae com 3 espécies e Euphorbiaceae e Lauraceae com 2 espécies. As 5 famílias restantes apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio da regeneração natural foi de 3,53 cm, variando entre 3,07 cm (Parcela 2412) e 4,00 cm (Parcela 1945); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,39 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 37,92%, variando de 34,54% (Parcela 2401) a 41,49% (Parcela 2426).

A altura total média da regeneração natural, foi de 5,09 m, variando de 4,33 m (Parcela 2401) a 6,29 m (Parcela 1945); a altura total mínima medida foi de 1,70 m e a máxima foi 9,30 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 27,41%, variando de 18,12% (Parcela 2401) a 32,73% (Parcela 2412).

O número médio de indivíduos na regeneração natural, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8.125,0 indivíduos/ha, variando entre 6.400,0 indivíduos/ha (Parcela 2401 e 1945) e 11.200,0 indivíduos/ha (Parcela 2412). A área basal média da regeneração natural resultou em 7,69 m²/ha, variando entre 6,7334 m²/ha (Parcela 2401) e 8,2906 m²/ha (Parcela 2412). A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5947, variando entre 0,8979 (Parcela 2401) e 1,9453 (Parcela 2426).

- Distribuição de Freqüência
Dos 8.125,0 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 1.750,0 apresentavam alturas menores que 3 m, 5.725,0 entre 3 e 6 m de altura e 650,0 maiores que 6 m de altura.

Espécies Altura < 3 m Altura 3-6 m Altura > 6 m Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

0,0

0,00

1075,0

18,78

50,0

7,69

1125,0

13,85

Acca sellowiana

0,0

0,00

1000,0

17,47

0,0

0,00

1000,0

12,31

Allophylus edulis

0,0

0,00

575,0

10,04

150,0

23,08

725,0

8,92

Blepharocalyx salicifolius

250,0

14,29

375,0

6,55

100,0

15,38

725,0

8,92

Myrcia palustris

250,0

14,29

400,0

6,99

75,0

11,54

725,0

8,92

Myrsine coriacea

0,0

0,00

500,0

8,73

25,0

3,85

525,0

6,46

Ocotea acutifolia

0,0

0,00

500,0

8,73

0,0

0,00

500,0

6,15

Sebastiania commersoniana

0,0

0,00

275,0

4,80

25,0

3,85

300,0

3,69

Styrax leprosus

250,0

14,29

50,0

0,87

0,0

0,00

300,0

3,69

Scutia buxifolia

250,0

14,29

25,0

0,44

0,0

0,00

275,0

3,38

Eugenia hyemalis

250,0

14,29

0,0

0,00

0,0

0,00

250,0

3,08

Lithraea brasiliensis

0,0

0,00

100,0

1,75

50,0

7,69

150,0

1,85

Ocotea pulchella

0,0

0,00

50,0

0,87

50,0

7,69

100,0

1,23

Myrcianthes cisplatensis

0,0

0,00

0,0

0,00

50,0

7,69

50,0

0,62

Cupania vernalis

0,0

0,00

0,0

0,00

25,0

3,85

25,0

0,31

Matayba elaeagnoides

0,0

0,00

0,0

0,00

25,0

3,85

25,0

0,31

Myrrhinium atropurpureum

0,0

0,00

25,0

0,44

0,0

0,00

25,0

0,31

Sebastiania brasiliensis

0,0

0,00

25,0

0,44

0,0

0,00

25,0

0,31

Cipós

500,0

28,57

0,0

0,00

0,0

0,00

500,0

6,15

Xylosma pseudosalzmannii

0,0

0,00

0,0

0,00

25,0

3,85

25,0

0,31

Sub-total

1750,0

100,00

4975,0

86,90

650,0

100,00

7375,0

90,77

Restantes

0,0

0,00

750,0

13,10

0,0

0,00

750,0

9,23

TOTAL

1750,0

100,0

5725,0

100,0

650,0

100,0

8125,0

100,0

 

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes na regeneração natural, com 7.375,0 indivíduos por hectare, ou 90,77% do total, sendo 1.750,0 menores que 3 m de altura, 4.975,0 entre 3 e 6 m de altura, e 650,0 maiores que 6 m de altura. As espécies restantes (não identificadas) contribuíram com 9,23% dos indivíduos presentes na regeneração natural.

l) Análise estatística
A partir das 05 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Negro, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética= 139,80 m³/ha
- Variância = 3.562,90 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 59,69 m³/ha
- Coeficiente de variação = 42,70%
- Variância da média = 1.187,49 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 34,46 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 68,24 m³/ha
b) Erro relativo = ± 48,81%
- Intervalo de confiança para a média

IC [71,57 m³/ha £ x £ 208,03 m³/ha] = 95%
- Total da população = 1.777.697 m³
- Intervalo de confiança para o total

IC [910.084 m³ £ X £ 2.645.309 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

Composição florística
Foram encontradas 23 espécies pertencentes à 12 famílias botânicas, além de indivíduos mortos. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,4943. Este valor é considerado baixo, quando comparado com florestas heterogêneas de estágio avançado.

A família Myrtaceae apresentou 4 espécies, sendo mais representativa desses Estágios Iniciais, seguida de Anacardiaceae e Lauraceae (3), Asteraceae, Euphorbiaceae, Flacourtiaceae e Sapindaceae (2). As 5 famílias restantes apresentaram 1 única espécie.

Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio dos estágios iniciais foi de 4,42 cm, variando entre 3,03 cm (Parcela 1812) e 7,80 cm (Parcela 2409); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 28,01 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 56,46%, variando entre 44,30% (Parcela 1812) e 68,90% (Parcela 2421).

A altura total média, foi de 4,23 m, variando entre 2,97 m (Parcela 2420) a 5,95 m (Parcela 2409); a altura total mínima medida foi de 1,30 m e a máxima foi 13,20 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 26,38%, variando entre 12,06% (Parcela 1812) e 33,57% (Parcela 2421).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 16.160,0 indivíduos/ha, variando entre 8.200,0 indivíduos/ha (Parcela 2409) e 22.500,0 indivíduos/ha (Parcela 2420). A área basal média resultou em 22,83 m²/ha, variando entre 10,4388 m²/ha (Parcela 1812) e 39,2316 m²/ha (Parcela 2409). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,4943, variando entre 1,1943 (Parcela 1812) e 1,9569 (Parcela 2409).

Distribuição de freqüência
Foram encontrados 16.160,0 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 4.380,0 menores que 3 m de altura, 9.660,0 entre 3 e 6 m de altura e 2.120,0 indivíduos maior que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais da Bacia do Negro, contribuindo com 15.420,0 indivíduos por hectare (95,42%), sendo 4.360,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 9.060,0 entre 3 e 6 m, e 2.120,0 indivíduos com altura maior do que 6 m.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

400,0

9,13

4260,0

44,10

240,0

11,32

4900,0

30,32

Scutia buxifolia

1840,0

42,01

640,0

6,63

140,0

6,60

2620,0

16,21

Schinus molle

800,0

18,26

1200,0

12,42

40,0

1,89

2040,0

12,62

Allophylus edulis

400,0

9,13

1000,0

10,35

200,0

9,43

1600,0

9,90

Blepharocalyx salicifolius

0,0

0,00

680,0

7,04

600,0

28,30

1280,0

7,92

Myrsine laetevirens

200,0

4,57

400,0

4,14

20,0

0,94

620,0

3,84

Luehea divaricata

0,0

0,00

260,0

2,69

260,0

12,26

520,0

3,22

Sebastiania commersoniana

40,0

0,91

200,0

2,07

220,0

10,38

460,0

2,85

Lithraea brasiliensis

220,0

5,02

100,0

1,04

80,0

3,77

400,0

2,48

Mortas

20,0

0,46

60,0

0,62

220,0

10,38

300,0

1,86

Maytenus ilicifolia

200,0

4,57

0,0

0,00

0,0

0,00

200,0

1,24

Xylosma tweedianum

200,0

4,57

0,0

0,00

0,0

0,00

200,0

1,24

Schinus polygamus

0,0

0,00

80,0

0,83

0,0

0,00

80,0

0,50

Myrrhinium atropurpureum

0,0

0,00

40,0

0,41

20,0

0,94

60,0

0,37

Ocotea acutifolia

20,0

0,46

20,0

0,21

20,0

0,94

60,0

0,37

Celtis tala

0,0

0,00

20,0

0,21

20,0

0,94

40,0

0,25

Dodonaea viscosa

0,0

0,00

40,0

0,41

0,0

0,00

40,0

0,25

Ocotea lancifolia

0,0

0,00

0,0

0,00

40,0

1,89

40,0

0,25

Piptocarpha angustifolia

20,0

0,46

20,0

0,21

0,0

0,00

40,0

0,25

Xylosma pseudosalzmannii

0,0

0,00

40,0

0,41

0,0

0,00

40,0

0,25

Sub-total

4360,0

99,09

9060,0

93,17

2120,0

98,11

15420,0

95,42

Restantes

20,0

0,91

600,0

6,83

0,0

1,89

740,0

4,58

TOTAL

4380,0

100,0

9660,0

100,0

2120,0

100,0

16160,0

100,0

 

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Eugenia uniflora, Scutia buxifolia, Schinus molle, Allophylus edulis e Blepharocalyx salicifolius, as quais contribuíram com 76,97% do número total de indivíduos. As 4 espécies restantes contribuíram, com apenas, 4,58% do número total de indivíduos.