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Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí - Pardo

A Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí – Pardo possui uma cobertura florestal de 5.025,69 km², o que representa 1,778% da cobertura do Estado, sendo 4.151,44 km² (1,469%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 874,25 km² (0,309%) de reflorestamentos assim distribuídos: 401,09 km² (0,142%) de Eucaliptos, 446,36 km² (0,158%) de Pinus e 26,80 km² (0,009%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Foram encontradas 141 espécies pertencentes a 49 famílias botânicas, considerando os indivíduos com CAP ³ 30 cm, 2 árvores não identificadas, 24 árvores mortas e 4 cipós, além de algumas espécies exóticas, tais como: Tecoma stans, Citrus sp. e Hovenia dulcis, respectivamente, com 9, 2 e 2 indivíduos/ha.

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,4166, conforme pode ser observado pelo Índice de Diversidade de Shannon, variando entre 1,5611 (Parcela 1316) e 3,1400 (Parcela 1315), com apenas uma parcela com índice superior a 3,0.

A família Myrtaceae foi a mais representativa da Bacia do Baixo Jacuí, com 22 espécies, seguida de Lauraceae (8), Euphorbiaceae e Mimosaceae (7), Fabaceae e Solanaceae (6), Flacourtiaceae e Moraceae (5), Meliaceae, Anacardiaceae e Myrsinaceae (4). Das 38 famílias restantes, 8 apresentaram 3 espécies, 9 apresentaram 2 espécies e 21 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Baixo Jacuí - Pardo indicaram um diâmetro médio de 17,77 cm, variando entre 12,34 cm (Parcela 2004) e 26,08 cm (Parcela 1901); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem, e o diâmetro máximo encontrado foi de 97,41 cm pertencente a uma Alchornea triplinervia (Tanheiro), árvore nº 32 da parcela 1457 - Carta Caxias do Sul; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 55,33%, variando de 23,46% (Parcela 2004) a 90,52% (Parcela 1457).

A altura total média da foi de 10,41 m, variando de 7,10 m (Parcela 1916) a 14,13 m (Parcela 1457); a altura total mínima medida foi de 1,30 m e a máxima foi de 33,0 m pertencente à uma Alchornea triplinervia (Parcela 1331); o coeficiente de variação médio da altura total foi de 28,86%, variando de 17,54% (Parcela 1316) a 45,36% (Parcela 1423).

A altura comercial média foi estimada em 6,04 m, variando entre 3,31 m (Parcela 2011) e 9,80 m (Parcela 1457); a altura comercial mínima medida foi de 1,0 m e a máxima foi de 22,0 m, pertencente a uma Alchornea triplinervia (Tanheiro) – árvore 103 da parcela 1331; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 39,02%, variando entre 20,73% (Parcela 1918) e 67,19% (Parcela 1423).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 814,43 árvores/ha, variando entre 480,0 árvores/ha (Parcela 1901) e 1.140,0 árvores/ha (Parcela 1916). A área basal média resultou em 25,59 m²/ha, variando entre 10,75 m²/ha (Parcela 2011) e 39,46 m²/ha (Parcela 1305). O volume comercial médio foi estimado em 156,73 m³/ha, variando entre 58,87 m³/ha (Parcela 2011) e 237,49 m³/ha (Parcela 1458).

Os parâmetros dendrométricos mostram que a Bacia Baixo Jacuí-Pardo apresentou valores médios das alturas total e comercial maiores do que a média do Estado, enquanto o diâmetro, número de árvores, área basal e volume comercial apresentaram valores menores do que a referida média.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
As espécies que mais contribuiram para a composição do volume foram as relacionadas na Tabela abaixo. Estas 20 espécies, incluindo as mortas, contribuiram com 99,13 m³/ha (63,24%) do volume comercial, 463,77 árvores/ha (56,94%) e 15,93 m²/ha (62,28%) da área basal.

Espécie
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Nectandra megapotamica

9,72

6,20

35,23

4,33

1,46

5,71

Sebastiania commersoniana

7,64

4,87

62,85

7,72

1,28

5,00

Araucaria angustifolia

7,49

4,78

5,67

0,70

0,79

3,09

Euterpe edulis

6,64

4,24

67,15

8,25

0,70

2,74

Matayba elaeagnoides

6,48

4,13

34,00

4,17

1,15

4,50

Ocotea puberula

6,44

4,11

32,43

3,98

1,03

4,03

Allophylus edulis

5,77

3,68

37,95

4,66

1,07

4,18

Alchornea triplinervia

5,50

3,51

6,97

0,86

1,32

5,16

Mortas

5,39

3,44

24,20

2,97

0,81

3,17

Ocotea pulchella

4,45

2,84

14,82

1,82

0,71

2,78

Casearia sylvestris

4,35

2,78

33,87

4,16

0,69

2,70

Lithraea brasiliensis

4,21

2,69

22,43

2,75

0,68

2,66

Parapiptadenia rigida

3,46

2,21

12,05

1,48

0,55

2,15

Luehea divaricata

3,35

2,14

9,71

1,19

0,57

2,23

Cupania vernalis

3,27

2,09

19,00

2,33

0,52

2,03

Myrsine laetevirens

3,26

2,08

7,63

0,94

0,56

2,19

Phytolacca dioica

3,21

2,05

5,76

0,71

0,61

2,38

Nectandra lanceolata

3,02

1,93

10,23

1,26

0,48

1,88

Machaerium paraguariense

2,84

1,81

17,63

2,16

0,46

1,80

Pachystroma longifolium

2,64

1,68

4,19

0,51

0,49

1,92

Sub-total

99,13

63,24

463,77

56,94

15,93

62,28

Restantes

57,62

36,76

350,66

43,06

9,65

37,72

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,58

100,00

Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Baixo Jacuí-Pardo, constatou-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 118,12 m³/ha (75,35%) do volume comercial, 781,86 árvores/ha (96,00%) e 18,27 m²/ha (71,40%) da área basal.

Classe DAP (cm)
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
10-20

56,22

35,87

614,10

75,40

8,47

33,10

20-30

36,06

23,00

121,71

14,95

5,57

21,77

30-40

25,84

16,48

46,05

5,65

4,23

16,53

40-50

19,04

12,15

20,71

2,54

3,24

12,66

50-60

6,22

3,87

5,52

0,68

1,30

5,08

60-70

6,34

4,05

3,67

0,45

1,22

4,77

70-80

3,25

2,07

1,24

0,15

0,56

2,19

80-90

1,24

0,79

0,33

0,04

0,19

0,74

> 90

2,54

1,62

1,10

0,14

0,81

3,16

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,58

100,00

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco :

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Qualidade 1

18,60

11,87

48,71

5,98

2,57

10,04

Qualidade 2

78,52

50,09

407,00

49,97

12,77

49,90

Qualidade 3

48,24

30,77

307,44

37,75

8,01

31,30

Qualidade 4

5,42

3,46

22,38

2,75

1,33

5,20

Não classificada

5,97

3,81

28,90

3,55

0,91

3,56

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,59

100,00

 

Estes resultados mostram que a classe de qualidade 2 concentra os maiores quantitativos do estoque, ou seja, 78,52 m³/ha (50,09%) do volume comercial, 407,00 árvores/ha (49,97%) e 12,77 m²/ha (49,90%) da área basal, o qual é composto por indivíduos com fuste reto a levemente tortuoso, sem defeitos aparentes e galhos de pequeno porte.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, constatou-se a distribuição dos quantitativos biométrico, por classe de sanidade apresentados na Tabela abaixo.

Sanidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Danos por animais

0,13

0,08

0,47

0,06

0,02

0,08

Danos complexos

23,16

14,77

79,38

9,75

3,68

14,37

Danos por fungos

9,34

5,96

35,95

4,41

2,07

8,09

Danos por insetos

4,12

2,63

19,43

2,38

0,69

2,70

Danos abióticos

9,22

5,88

58,71

7,21

1,41

5,51

Árvores mortas

1,69

1,08

10,15

1,25

0,25

0,98

Árvores saudáveis

105,36

67,22

595,19

73,08

16,92

66,12

Não classificada

3,73

2,38

15,15

1,86

0,55

2,15

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,59

100,00

 

Estes resultados mostram que os maiores quantitativos da Bacia do Baixo Jacuí-Pardo, 105,36 m³/ha (67,22%) do volume comercial, 595,19 árvores/ha (73,08%) e 16,92 m²/ha (66,12%) da área basal, são constituídos por indivíduos que não apresentavam problemas aparentes de sanidade.

Os danos mais expressivos foram os complexos, que incidiam sobre 23,16 m³/ha (14,77%) do volume comercial, 79,38 árvores/ha (9,75%) e 3,68 m²/ha (14,37%) da área basal, seguidos dos danos causados por fungos e abióticos que atingiam 5,96% e 5,88% do volume comercial, 4,41% e 7,21% do número de árvores e 8,09% e 5,51% da área basal, respectivamente.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Baixo Jacuí-Pardo revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de Copa
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Copa curta

40,44

25,80

210,19

25,81

5,55

21,69

Copa danificada

2,30

1,47

14,83

1,82

0,43

1,68

Copa longa

6,73

4,29

43,01

5,28

1,12

4,38

Copa média

101,91

65,01

521,32

64,01

17,70

69,17

Não classificada

5,37

3,43

25,08

3,08

0,79

3,08

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,59

100,00

 

Esses resultados mostram que, 101,91 m³/ha (65,01%) do volume comercial, 521,32 árvores/ha (64,01%) e 17,70 m²/ha (69,17%) da área basal eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, encontra-se na Tabela "Produção Qualitativa – Tendência de Valorização – E.M.A. – Bacia Hidrográfica: Baixo Jacuí-Pardo" apresentada na Tabela a seguir.

Tendência de Valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Cresc. Insignificante

57,43

36,64

337,33

41,42

9,64

37,67

Cresc. Médio

56,29

35,91

329,38

40,44

9,25

36,15

Cresc. promissor

37,52

23,94

122,05

14,99

5,88

22,98

Não classificada

5,51

3,51

25,67

3,15

0,82

3,20

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,59

100,00

 

Observa-se nesses resultados que 57,43 m³/ha (36,64%) do volume comercial, 337,33 árvores/ha (41,42%) e 9,64 m²/ha (37,67%) da área basal eram compostos por indivíduos que apresentavam crescimento insignificante. Com valores muito próximos, 56,29 m³/ha (35,91%) do volume comercial, 329,38 árvores/ha (40,44%) e 9,25 m²/ha (36,15%) da área basal situava-se o crescimento médio. Isto indica que cerca de 41% dos indivíduos tendem a permanecer na mesma posição sociológica e 40% têm possibilidades de mudança lenta na posição sociológica.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A análise da distribuição do estoque nos estratos verticais encontra-se na Tabela "Produção Qualitativa – Posição Sociológica – E.M.A. – Bacia Hidrográfica: Baixo Jacuí-Pardo" sintetizada na abaixo.

Como se pode observar, 73,28 m³/ha (46,75%) do volume comercial, 461,77 árvores/ha (56,70%) e 11,67 m²/ha (45,60%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato co-dominante, seguido do dominante e do dominado.

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Estrato co-dominante

73,28

46,75

461,77

56,70

11,67

45,60

Estrato dominado

13,19

8,41

155,95

19,14

2,14

8,36

Estrato dominante

63,73

40,66

161,81

19,87

10,77

42,09

Estrato suprimido

0,66

0,42

4,05

0,50

0,13

0,51

Não classificada

5,89

3,76

30,85

3,79

0,88

3,44

TOTAL

156,75

100,00

814,43

100,00

25,59

100,00

 

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
As espécies mais características e importantes desta bacia estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI).

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Sebastiania commersoniana

7,72

2,59

4,99

5,10

5,10

6,36

6,36

Nectandra megapotamica

4,33

2,59

5,70

4,21

9,31

5,02

11,38

Euterpe edulis

8,24

1,08

2,74

4,02

13,33

5,49

16,87

Allophylus edulis

4,66

3,02

4,16

3,95

17,27

4,41

21,28

Matayba elaeagnoides

4,17

1,94

4,48

3,53

20,80

4,33

25,60

Ocotea puberula

3,98

1,94

4,03

3,32

24,12

4,01

29,61

Casearia sylvestris

4,16

2,81

2,69

3,22

27,34

3,43

33,03

Morta

2,97

3,02

3,16

3,05

30,39

3,07

36,10

Lithraea brasiliensis

2,75

1,51

2,67

2,31

32,70

2,71

38,81

Cupania vernalis

2,33

2,38

2,04

2,25

34,95

2,19

40,99

Alchornea triplinervia

0,85

0,65

5,16

2,22

37,17

3,01

44,00

Ocotea pulchella

1,82

1,51

2,77

2,03

39,20

2,30

46,29

Eugenia uniflora

2,95

1,51

1,20

1,89

41,09

2,08

48,37

Parapiptadenia rigida

1,48

1,94

2,15

1,86

42,95

1,82

50,18

Machaerium paraguariense

2,16

1,30

1,80

1,75

44,70

1,98

52,16

Luehea divaricata

1,19

1,51

2,23

1,64

46,34

1,71

53,87

Nectandra lanceolata

1,26

1,51

1,87

1,55

47,89

1,57

55,44

Araucaria angustifolia

0,70

0,43

3,09

1,41

49,30

1,90

57,33

Phytolacca dioica

0,71

1,08

2,40

1,40

50,69

1,56

58,89

Blepharocalyx salicifolius

1,43

1,51

1,20

1,38

52,07

1,32

60,20

Sub-total

59,86

35,83

60,53

52,07

 

60,20

 

Restantes

40,14

64,17

39,47

47,93

 

39,81

 

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

 

100,00

 

 

Estas 20 espécies (13,61% do total), juntamente com as mortas, representavam 59,86% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 35,83% da Freqüência Relativa, 60,53% da Dominância Relativa (área basal), 52,07% do Valor de Importância e 60,20% do Valor de Cobertura total da floresta.

As 127 espécies restantes (86,39% das espécies), incluindo as exóticas encontradas, mais a não identificada e cipós representavam 40,14% da Densidade Relativa, 64,17% da Freqüência Relativa, 39,47% da Dominância Relativa, 47,93% do Valor de Importância e 39,81% do Valor de Cobertura total.

É importante destacar que as árvores mortas (3,05% do VI) aparecem em oitavo lugar na ordem de importância das espécies. A participação das árvores mortas é significativa na composição das comunidades e constitui um processo natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 104 espécies pertencentes a 39 famílias botânicas, além de alguns indivíduos mortos, não identificados, cipós e 4 exóticas(Tecoma stans, Morus nigra, Hovenia dulcis e Syzygium jambos).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8592. A família Myrtaceae foi a mais representativa da regeneração natural, com 18 espécies, seguida de Euphorbiaceae, Fabaceae e Lauraceae com 6 espécies; Flacourtiaceae, com 5 espécies; Mimosaceae, Meliaceae, Sapindaceae e Solanaceae, com 4 espécies.

Das 30 famílias restantes, 4 apresentaram 3 espécies, 9 apresentaram 2 espécies e 17 apenas 1.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,62 cm, variando entre 1,88 cm (Parcela 1317) e 6,91 cm (Parcela 1316); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,39 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 42,60%, variando de 19,48% (Parcela 1316) a 74,31% (Parcela 1317).

A altura total média, foi de 5,98 m, variando de 3,91 m (Parcela 2011) a 8,30 m (Parcela 1305); a altura total mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 25 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 40,30%, variando de 22,59% (Parcela 1901) a 59,53% (Parcela 1910).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 6.504,3 indivíduos/ha, variando entre 800 indivíduos/ha (Parcela 1305) e 16.300 indivíduos/ha (Parcela 1910).

A área basal média resultou em 5,27 m²/ha, variando entre 1,5545 m²/ha (Parcela 1317) e 12,8724 m²/ha (Parcela 2004).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,8592, variando entre 0,7215 (Parcela 1901) e 2,9594 (Parcela 1315).

- Distribuição de Freqüência
Foram encontrados 6.504,3 indivíduos por hectare na regeneração natural, sendo 2.244,8 menores que 3 m de altura, 3.235,2 entre 3 e 6 m de altura e 1.024,3 maiores que 6 m de altura, conforme Tabela abaixo.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Myrciaria tenella

333,3

14,85

266,7

8,24

4,8

0,47

604,8

9,30

Eugenia hyemalis

57,1

2,54

431,0

13,32

12,4

1,21

500,5

7,69

Gymnanthes concolor

147,6

6,58

147,6

4,56

43,3

4,23

338,5

5,20

Allophylus edulis

105,2

4,69

162,4

5,02

35,2

3,44

302,8

4,66

Cupania vernalis

90,5

4,03

157,6

4,87

29,1

2,84

277,2

4,26

Machaerium paraguariense

123,8

5,51

117,1

3,62

22,9

2,24

263,8

4,06

Eugenia uniflora

4,8

0,21

200,5

6,20

57,6

5,62

262,9

4,04

Casearia sylvestris

47,6

2,12

157,1

4,86

40,0

3,91

244,7

3,76

Justicia brasiliana

0,0

0,00

142,9

4,42

9,5

0,93

152,4

2,34

Sorocea bonplandii

19,1

0,85

87,6

2,71

42,4

4,14

149,1

2,29

Acacia bonariensis

95,2

4,24

52,4

1,62

0,0

0,00

147,6

2,27

Maytenus dasyclados

142,9

6,37

0,0

0,00

0,0

0,00

142,9

2,20

Celtis iguanaea

47,6

2,12

95,2

2,94

0,0

0,00

142,9

2,20

Maytenus ilicifolia

95,2

4,24

47,6

1,47

0,0

0,00

142,9

2,20

Campomanesia xanthocarpa

109,5

4,88

4,8

0,15

26,7

2,60

141,0

2,17

Euterpe edulis

4,8

0,21

60,0

1,85

44,8

4,37

109,5

1,68

Helietta apiculata

0,0

0,00

95,2

2,94

14,3

1,39

109,5

1,68

Guettarda uruguensis

0,0

0,00

19,0

0,59

81,0

7,90

100,0

1,54

Allophylus guaraniticus

47,6

2,12

48,6

1,50

0,5

0,05

96,7

1,49

Strychnos brasiliensis

0,0

0,00

90,5

2,80

0,0

0,00

90,5

1,39

Sub-total

1471,9

65,57

2383,9

70,89

464,4

45,34

4229,6

65,03

Restantes

772,9

34,43

851,4

29,11

559,9

54,66

2274,7

34,97

TOTAL

2244,8

100,00

3235,2

100,00

1024,3

100,00

6504,3

100,00

 

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as mais abundantes na regeneração natural, contribuindo com 4.229,6 indivíduos por hectare, o que representa 65,03% da regeneração natural, sendo 1.471,9 indivíduos com alturas menores que 3 m, 2.383,9 indivíduos entre 3 e 6 m, e 464,4 indivíduos com alturas maiores que 6 m.

As 91 espécies restantes contribuiram com apenas 34,97% dos indivíduos presentes na regeneração natural. Destaca-se ainda, uma significativa presença de cipós, ocorrendo 322,39 indivíduos por hectare, o que representa 4,96% do total.

l) Análise estatística
A partir das 23 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí-Pardo, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética =156,73 m³/ha
- Variância = 2.690,50 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 51,87 m³/ha
- Coeficiente de variação = 33,10%
- Variância da média =134,56 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 11,60 m³/ha
- Erro de amostragem
b) Erro relativo = - ± 14,65%
- Intervalo de confiança para a média
IC [133,76 m³/ha £ x £ 179,70 m³/ha] = 95%
- Total da população = 65.065.519 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [55.529.661 m³ £ X £ 74.601.377 m³] = 95%

 

Estágios Sucessionais Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 22 espécies pertencentes a 17 famílias botânicas, além de cipós e de uma espécie exótica - cinamomo (Melia azedarach). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,6560, valor intermediário a outros encontrados em Bacias como a do Apuae-Inhandaua e Alto Jacuí. A família Asteraceae, com 3 espécies, foi a mais representativa desses estágios iniciais, seguida de Anacardiaceae, Melastomaceae e Sapindaceae, com 2 espécies; e 13 famílias apresentaram 1única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 2,99 cm, variando entre 1,84 cm (Parcela 1437) e 4,60 cm (Parcela 1414); o diâmetro mínimo foi 0,99 cm e o diâmetro máximo foi de 11,62 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 53,87%, variando entre 30,61% (Parcela 1414) e 76,58% (Parcela 1437).

A altura total média, foi de 3,61 m, variando entre 2,80 m (Parcela 1437) e 4,50 m (Parcela 1414); a altura total mínima medida foi de 1,80 m e a máxima foi 8,40 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 26,51%, variando entre 16,42% (Parcela 1414) e 37,00% (Parcela 1445).

O número médio de indivíduos, considerando todos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 13.200,0 indivíduos/ha, variando entre 7.000,0 indivíduos/ha (Parcela 1414) e 16.400,0 indivíduos/ha (Parcela 1437). A área basal média resultou em 8,02 m²/ha, variando entre 4,3678 m²/ha (Parcela 1437) e 11,6333 m²/ha (Parcela 1414).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,6560, variando entre 0,9376 (Parcela 1437) e 2,3296 (Parcela 1445).

c) Distribuição de freqüência
Foram encontrados 13.200,0 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 6.000,0 menores que 3 m de altura, 6.433,3 entre 3 e 6 m de altura e 766,7 indivíduos maiores que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais das florestas da Bacia do Baixo Jacuí - Pardo, contribuindo com 12.600,1 indivíduos por hectare (95,46%), sendo 6.000,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 6.400,0 entre 3 e 6 m, e 366,7 indivíduos com altura maior do que 6 m.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Baccharis leucopappa

2000,0

33,33

0,0

0,00

0,0

0,00

2000,0

15,15

Escallonia bifida

666,7

11,11

1100,0

17,10

0,0

0,00

1766,7

13,38

Baccharis dracunculifolia

333,3

5,56

1333,3

20,72

0,0

0,00

1666,6

12,63

Diospyros inconstans

0,0

0,00

1466,7

22,80

0,0

0,00

1466,7

11,11

Leandra regnelli

1000,0

16,67

0,0

0,00

0,0

0,00

1000,0

7,58

Luehea divaricata

0,0

0,00

633,3

9,84

166,7

21,74

800,0

6,06

Zanthoxylum rhoifolium

0,0

0,00

700,0

10,88

0,0

0,00

700,0

5,30

Banara parviflora

666,8

11,11

0,0

0,00

0,0

0,00

666,8

5,05

Miconia rigidiuscula

333,3

5,56

333,4

5,18

0,0

0,00

666,7

5,05

Machaerium paraguariense

0,0

0,00

433,4

6,74

66,7

8,70

500,1

3,79

Nectandra oppositifolia

333,3

5,56

0,0

0,00

33,3

4,34

366,6

2,78

Alchornea triplinervia

333,3

5,56

33,3

0,52

0,0

0,00

366,6

2,78

Myrsine lorentziana

333,3

5,56

0,0

0,00

0,0

0,00

333,3

2,53

Schinus terebinthifolius

0,0

0,00

100,0

1,55

66,7

8,69

166,7

1,26

Baccharis semiserrata

0,0

0,00

66,7

1,04

0,0

0,00

66,7

0,51

Solanum sanctae-catharinae

0,0

0,00

66,7

1,04

0,0

0,00

66,7

0,51

Patagonula americana

0,0

0,00

33,3

0,52

33,3

4,34

66,6

0,50

Cupania vernalis

0,0

0,00

33,3

0,52

0,0

0,00

33,3

0,25

Lithraea brasiliensis

0,0

0,00

33,3

0,52

0,0

0,00

33,3

0,25

Matayba elaeagnoides

0,0

0,00

33,3

0,52

0,0

0,00

33,3

0,25

Sub-total

6000,0

100,00

6400,0

97,41

366,7

43,48

12600,1

95,46

Restantes

0,0

0,00

0,0

2,59

400,0

56,52

599,9

4,54

TOTAL

6000,0

100,00

6433,3

100,00

766,7

100,00

13200,0

100,00

 

As 4 espécies restantes, incluindo uma exótica e cipós, contribuiram com apenas 4,54% dos indivíduos. Os cipós tiveram uma ocorrência de 333,3 indivíduos/ha, o que representa 2,53% do total. As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais da Bacia do Baixo Jacuí - Pardo foram: Baccharis leucopappa, Escallonia bifida, Baccharis dracunculifolia, Diospyros inconstans e Leandra regnellii, as quais contribuiram com 59,85% do número total de indivíduos.