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Bacia Hidrográfica Ijuí-Piratinim-Icamaquã

A Bacia Hidrográfica do Ijuí-Piratinim-Icamaquã possui uma cobertura florestal de 3.046,81 km², o que representa 1,078% da cobertura do Estado, sendo 2.987,41 km² (1,057%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 59,40 km² (0,021%) de reflorestamentos assim distribuídos: 49,62 km² (0,018%) de Eucaliptos, 1,89 km² (0,001%) de Pinus e 7,89 km² (0,003%) de Acácia-negra.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Na Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã foram encontradas 122 espécies pertencentes a 43 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de 41 árvores mortas, 6 indivíduos de cipós, 1 árvore não identificados e uma espécie exótica (Hovenia dulcis).

As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 2,3148, conforme calculado pelo Índice de Diversidade de Shannon, o qual apresentou variação entre 0,6616 (Parcela 631) a 3,0492 (Parcela 615).

A família Myrtaceae (15 espécies) foi a mais representativa da Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã, seguida de Rutaceae e Fabaceae (7); Anacardiaceae, Flacourtiaceae, Lauraceae e Sapindaceae (6 espécies), Myrsinaceae (5); Caesalpiniaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae, Rubiaceae e Sapotaceae (4 espécies); Boraginaceae e Moraceae com 3 espécies. Das 28 famílias restantes, 11 apresentaram 2 espécies, 17 apresentaram 1 espécie apenas.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã indicaram um diâmetro médio de 19,52 cm, variando entre 12,31 cm (Parcela 631) e 32,44 cm (Parcela 628); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem para o levantamento do estoque de crescimento; o diâmetro máximo encontrado nesta bacia foi 122,23 cm pertencente a um espécime de Ficus luschnathiana (figueira-mato), árvore nº 29 da parcela 610 - Carta de Santo Ângelo; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 50,15%, variando de 19,78% (Parcela 631) a 82,54% (Parcela 610).

A altura total média foi de 10,37 m, variando de 5,48 m (Parcela 631) a 13,74 m (Parcela 626); a altura total mínima medida foi de 1,30 m; a altura total máxima encontrada foi de 29,50 m de uma Parapiptadenia rigida (angico-vermelho), árvore número 31 da parcela 718; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 33,98%, variando de 11,16% (Parcela 631) a 58,45% (Parcela 703).

A altura comercial média foi estimada em 5,00 m, variando entre 2,82 m (Parcela 6,31) a 7,31 m (Parcela 705); a altura comercial mínima medida foi de 1,10 m; a altura comercial máxima medida foi 19,30 m, pertencente a um Syagrus romanzoffiana (jerivá) – árvore 23 da parcela 621; e o coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 44,13%, variando entre 24,58% (Parcela 631) a 72,27% (Parcela 635).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 705,58 árvores/ha, variando entre 260 árvores/ha (Parcelas 628) a 1280 árvores/ha (Parcelas 705). A área basal média resultou em 25,7491 m²/ha, variando entre 4,92 m²/ha (Parcela 631) e 46,79 m²/ha (Parcela 634). O volume comercial médio foi estimado em 140,05 m³/ha, variando entre 25,68 m³/ha (Parcela 631) e 231,38 m³/ha (Parcela 634).

Analisando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã, verifica-se que todos os valores foram menores do que a média do Estado, com exceção do diâmetro.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela "Produção Quantitativa por Espécie por Hectare – Florestas Naturais – E.M.A. Bacia Hidrográfica: Ijuí-Piratinim-Icamaquã" mostra a distribuição dos indivíduos por espécie e por classe de diâmetro.

Analisando esta Tabela constata-se que as espécies que mais contribuíram para a composição do volume comercial, juntamente com as árvores mortas, foram as seguintes:

Espécie

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Mortas

10,42

7,43

41,00

5,81

1,77

6,87

Sebastiania commersoniana

9,91

7,07

71,83

10,18

1,82

7,07

Patagonula americana

8,67

6,19

25,28

3,58

1,86

7,22

Cupania vernalis

8,26

5,89

51,52

7,30

1,41

5,48

Luehea divaricata

7,64

5,45

26,92

3,82

1,35

5,24

Nectandra megapotamica

6,55

4,67

25,72

3,65

1,18

4,58

Eugenia uniflora

4,81

3,43

48,69

6,90

0,91

3,53

Parapiptadenia rigida

4,02

2,87

12,15

1,72

0,85

3,30

Chrysophyllum marginatum

3,27

2,33

9,13

1,29

0,65

2,52

Holocalyx balansae

2,91

2,08

3,93

0,56

0,62

2,41

Lithraea molleoides

2,83

2,02

15,89

2,25

0,56

2,17

Myrocarpus frondosus

2,81

2,00

10,64

1,51

0,44

1,71

Helietta apiculata

2,63

1,88

11,41

1,62

0,43

1,67

Ruprechtia laxiflora

2,59

1,85

11,25

1,59

0,48

1,86

Lonchocarpus nitidus

2,56

1,83

11,46

1,62

0,43

1,67

Cabralea canjerana

2,50

1,78

5,15

0,73

0,42

1,63

Matayba elaeagnoides

2,36

1,68

8,01

1,14

0,54

2,10

Cordia trichotoma

2,24

1,60

4,85

0,69

0,26

1,01

Aspidosperma parvifolium

2,10

1,50

9,96

1,41

0,29

1,13

Diatenopteryx sorbifolia

2,07

1,48

7,88

1,12

0,34

1,32

Sub-total

91,15

65,03

412,67

58,48

16,61

64,50

Restantes

49,01

34,97

292,95

41,52

9,14

35,50

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

 

Estas 20 espécies, juntamente com as árvores mortas, contribuíram com 91,15 m³/ha (65,03%) do volume comercial, 412,67 árvores/ha (58,48%) e 16,61 m²/ha (64,50%) da área basal. Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã, constatou-se os seguintes valores (absolutos e relativos) de volume comercial, número de árvores e área basal por hectare:

Classe DAP

(cm)

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

10 - 20

44,11

31,47

488,47

69,23

7,20

27,96

20 - 30

37,24

26,57

133,04

18,85

6,27

24,35

30 - 40

25,08

17,89

49,45

7,01

4,56

17,71

40 - 50

17,65

12,59

22,15

3,14

3,48

13,51

50 - 60

6,58

4,69

6,13

0,87

1,50

5,83

60 - 70

4,93

3,52

3,64

0,52

1,14

4,43

70 - 80

2,32

1,66

1,52

0,22

0,70

2,72

80 - 90

1,24

0,89

0,61

0,08

0,34

1,32

> 90

1,01

0,72

0,61

0,08

0,56

2,17

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

 

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 106,42 m³/ha (75,93%) do volume comercial, 670,96 árvores/ha (95,09%) e 18,03 m²/ha (70,02%) da área basal.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
A análise qualitativa – Qualidade do Tronco/ha (E.M.A.) indica a seguinte distribuição do volume comercial, número de árvores e área basal, por classe de qualidade do tronco:

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Qualidade 1

15,16

10,82

47,26

6,70

2,57

9,98

Qualidade 2

47,21

33,68

192,34

27,26

8,57

33,28

Qualidade 3

65,52

46,75

412,23

58,42

12,51

48,58

Qualidade 4

3,23

2,30

19,98

2,83

0,64

2,49

Não classificado

9,04

6,45

33,81

4,79

1,46

5,67

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

Estes dados mostram que a classe de qualidade 3 concentra os maiores quantitativos biométricos da Bacia Ijuí-Piratinim-Icamaquã, ou seja, 65,52 m³/ha (46,75%) do volume comercial, 412,23 árvores/ha (58,42%) e 12,51 m²/ha (48,58%) da área basal, os quais eram compostos por indivíduos com fuste com tortuosidade acentuada, excêntrico ou não com sinais de defeitos internos e externos, presença de galhos de porte regular, que permite obter madeira com qualidade regular.

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Os resultados mostram que 72,52 m³/ha (51,74%) do volume comercial, 353,34 árvores/ha (50,08%) e 12,59 m²/ha (48,89%) da área basal eram constituídos por indivíduos saudáveis que não apresentam problemas aparentes de sanidade.

Os danos complexos atingiam 20,75% do volume comercial, 23,34% do número de árvores e 22,56% da área basal.

Sanidade

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Danos animais

0,53

0,38

0,30

0,04

0,15

0,58

Danos complexos

29,08

20,75

164,72

23,34

5,81

22,56

Danos fungos

2,17

1,55

18,39

2,61

0,41

1,59

Danos insetos

6,76

4,82

26,23

3,72

1,40

5,44

Danos abióticos

18,14

12,94

98,60

13,97

3,54

13,75

Mortas

10,40

7,42

40,10

5,68

1,76

6,83

Saudável

72,52

51,74

353,34

50,08

12,59

48,89

Não classificado

0,56

0,40

3,94

0,56

0,09

0,36

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

 

Os danos abióticos incidiam sobre 12,94% do volume comercial, 13,97% do número de árvores e 13,75% da área basal, por hectare.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa
A análise da formação da copa das árvores da Bacia Ijuí-Piratinim-Icamaquã revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe de copa

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Copa curta

23,52

16,78

181,94

25,79

3,94

15,31

Copa danificada

6,59

4,70

32,11

4,55

1,35

5,23

Copa longa

28,93

20,64

111,93

15,86

5,56

21,61

Copa média

70,40

50,23

336,80

47,73

13,08

50,78

Não classificado

10,72

7,65

42,84

6,07

1,82

7,07

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

Esses resultados mostram que, 70,40 m³/ha (50,23%) do volume comercial, 336,80 árvores/ha (47,73%) e 13,08 m²/ha (50,78%) da área basal eram compostos por indivíduos qua apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a seguinte distribuição da produção quantitativa da Bacia Ijuí-Piratinim-Icamaquã, por classe de valorização :

Tendência de valorização

Vol. Comercial

Nº Árvores

Área Basal

(m³/ha)

%

(Nº/ha)

%

(m²/ha)

%

Cresc. insignificante

40,74

29,07

292,12

41,40

8,05

31,26

Cres.médio

41,66

29,72

227,55

32,25

7,27

28,22

Cres. promissor

47,04

33,56

143,11

20,28

8,62

33,46

Não classificado

10,72

7,65

42,84

6,07

1,81

7,06

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

Observa-se nestes resultados que os maiores quantitativos dessa bacia, 47,04 m³/ha (33,56%) do volume comercial, 143,11 árvores/ha (20,28%) e 8,62 m²/ha (33,46%) da área basal, eram compostos por indivíduos com crescimento promissor, seguida do crescimento médio e insignificante.

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica
A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Co-dominante

44,21

31,54

223,33

31,65

7,78

30,22

Dominada

30,01

21,41

289,15

40,98

5,37

20,87

Dominante

52,56

37,50

113,71

16,11

10,29

39,95

Suprimida

2,66

1,90

36,60

5,19

0,49

1,90

Não classificado

10,72

7,65

42,83

6,07

1,82

7,06

TOTAL

140,16

100,00

705,62

100,00

25,75

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos dessa bacia, 52,56 m³/ha (37,50%) do volume comercial, 113,71 árvores/ha (16,11%) e 10,29 m²/ha (39,95%) da área basal, eram compostos por indivíduos que ocupavam o estrato dominante. O estrato co-dominantes respondia por 31,54% do volume comercial, 31,65% do número de árvores e 30,22% da área basal.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais representativas e importantes da Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies foram as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta.

Estas 20 espécies (15,87% do total), juntamente com as árvores mortas, representam 63,70% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 47,15% da Freqüência Relativa, 63,57% da Dominância Relativa (área basal), 58,14% do Valor de Importância e 63,64% do Valor de Cobertura total da floresta.

A maioria das espécies tiveram todos os parâmetros contribuindo para o resultado do valor de importância, porém Sebastiania commersoniana ficou melhor hierarquizada na estrutura da floresta, principalmente, devido a freqüência e dominância de seus indivíduos.

As outras 106 espécies (84,13% das espécies), incluindo os cipós e não identificadas, representam 36,30% da Densidade Relativa, 52,85% da Freqüência Relativa, 36,43% da Dominância Relativa, 41,86% do Valor de Importância e 36,37% do Valor de Cobertura total.

As árvores mortas (5,86% do VI) aparecem em segundo lugar na ordem de importância das espécies, caracterizando um fenômeno natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Sebastiania commersoniana

10,18

2,62

7,07

6,62

6,62

8,63

8,63

Mortas

5,81

4,89

6,87

5,86

12,48

6,34

14,97

Cupania vernalis

7,30

2,97

5,48

5,25

17,73

6,39

21,36

Patagonula americana

3,58

3,49

7,24

4,77

22,50

5,41

26,77

Eugenia uniflora

6,90

2,27

3,55

4,24

26,74

5,23

31,99

Luehea divaricata

3,82

3,32

5,25

4,13

30,87

4,54

36,53

Nectandra megapotamica

3,64

2,97

4,59

3,73

34,60

4,12

40,64

Parapiptadenia rigida

1,72

2,09

3,29

2,37

36,97

2,51

43,15

Casearia sylvestris

2,62

2,62

1,33

2,19

39,16

1,98

45,12

Allophylus edulis

2,15

2,62

1,41

2,06

41,22

1,78

46,90

Chrysophyllum marginatum

1,29

1,92

2,51

1,91

43,13

1,90

48,80

Myrocarpus frondosus

1,51

2,44

1,72

1,89

45,02

1,62

50,42

Ruprechtia laxiflora

1,59

2,09

1,87

1,85

46,87

1,73

52,15

Matayba elaeagnoides

1,14

1,40

2,99

1,84

48,71

2,07

54,21

Lithraea molleoides

2,25

0,70

2,18

1,71

50,42

2,22

56,43

Hellieta apiculata

1,62

1,75

1,66

1,68

52,10

1,64

58,07

Achatocarpus praecox

2,06

1,40

1,45

1,64

53,73

1,76

59,82

Machaerium paraguariense

1,63

1,75

1,08

1,49

55,22

1,36

61,18

Myrcianthes pungens

1,24

1,92

1,28

1,48

56,70

1,26

62,44

Sebastiania brasiliensis

1,65

1,92

0,75

1,44

58,14

1,20

63,64

Sub-total

63,70

47,15

63,57

58,14

-

63,64

-

Restantes

36,30

52,85

36,43

41,86

-

36,37

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

 

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuíção regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 66 espécies pertencentes a 33 famílias botânicas, além de alguns indivíduos mortos, cipós, não identificados. O Índice de Diversidade de Shannon médio, considerando todas as parcelas estudadas, foi de 1,2332.

A família Myrtaceae foi a mais representativa na regeneração natural, com 12 espécies, seguida de Fabaceae (5); Rutaceae e Sapindaceae (4); Euphorbiaceae, Flacourtiaceae, Rubiaceae e Meliaceae (3).

Das 25 famílias restantes, 4 apresentaram 2 espécies e 21 apresentaram 1 espécie apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 3,14 cm, variando entre 1,45 cm (Parcela 712) e 4,83 cm (Parcela 630); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,52 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 47,14%, variando de 24,96% (Parcela 630) a 89,32% (Parcela 712).

A altura total média, foi de 5,21 m, variando de 3,23 m (Parcela 610) a 7,82 m (Parcela 604); a altura total mínima medida foi de 1,50 m e a máxima foi 16,00 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 39,8%, variando de 17,50% (Parcela 635) a 70,71% (Parcela 712).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 5.787,9 indivíduos/ha, variando entre 1.100,0 indivíduos/ha (Parcela 712) e 10.700,0 indivíduos/ha (Parcela 633).

A área basal média resultou em 4,68 m²/ha, variando entre 0,1816 m²/ha (Parcela 712) e 11,3799 m²/ha (Parcela 501). A média do Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,2332, variando entre 0,2338 (Parcela 625) e 2,4274 (Parcela 628).

- Distribuição de Freqüência
Dos 5.787,9 indivíduos por hectare encontrados na regeneração natural, 2.136,4 apresentavam altura menor que 3 m, 2.506,0 entre 3 e 6 m e 1.145,4 maior que 6 m de altura. As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as mais abundantes na regeneração natural, com 4.696,5 indivíduos por hectare, ou 81,14% do total. Destes indivíduos 1.924,1 tinham alturas menores que 3 m, 2.287,6 entre 3 e 6 m, e 484,8 maiores que 6 m de altura.

As 49 espécies restantes contribuíram, com apenas, 18,86% dos indivíduos presentes na regeneração natural. Destaca-se ainda, uma significativa presença de cipós, ocorrendo 442,3 indivíduos por hectare, o que representa 7,64% do total.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Gymnanthes concolor

339,4

15,89

606,0

24,18

121,3

10,59

1066,7

18,43

Eugenia uniflora

424,2

19,86

394,0

15,72

81,8

7,14

900,0

15,55

Pilocarpus pennatifolius

181,8

8,51

133,3

5,32

51,6

4,50

366,7

6,34

Cupania vernalis

181,8

8,51

130,3

5,20

33,4

2,92

345,5

5,97

Allophylus guaraniticus

187,9

8,80

97,0

3,87

0,0

0,00

284,9

4,92

Trichilia elegans

151,5

7,09

127,2

5,08

6,0

0,52

284,7

4,92

Sebastiania commersoniana

90,9

4,25

115,1

4,59

57,5

5,02

263,5

4,55

Chomelia obtusa

90,9

4,25

160,6

6,41

0,0

0,00

251,5

4,35

Brunfelsia uniflora

63,6

2,98

127,2

5,08

9,0

0,79

199,8

3,45

Casearia sylvestris

90,9

4,25

60,6

2,42

18,1

1,58

169,6

2,93

Sebastiania brasiliensis

0,0

0,00

63,6

2,54

15,2

1,33

78,8

1,36

Seguieria aculeata

0,0

0,00

30,3

1,21

42,4

3,70

72,7

1,26

Celtis spinosa

60,6

2,84

0,0

0,00

0,0

0,00

60,6

1,05

Helietta apiculata

30,3

1,42

30,3

1,21

0,0

0,00

60,6

1,05

Myrcianthes gigantea

0,0

0,00

60,6

2,42

0,0

0,00

60,6

1,05

Luehea divaricata

0,0

0,00

48,5

1,94

9,1

0,79

57,6

1,00

Myrcia selloi

30,3

1,42

9,1

0,36

6,1

0,53

45,5

0,79

Allophylus edulis

0,0

0,00

24,2

0,97

18,2

1,59

42,4

0,73

Sorocea bonplandii

0,0

0,00

39,4

1,57

3,0

0,26

42,4

0,73

Strychnos brasiliensis

0,0

0,00

30,3

1,21

12,1

1,06

42,4

0,73

Sub-total

1924,1

90,06

2287,6

91,28

484,8

42,33

4696,5

81,14

Restantes

212,3

9,94

218,4

8,72

660,6

57,67

1091,3

18,86

TOTAL

136,4

100,00

2506,0

100,00

1145,5

100,00

5787,9

100,00

 

l) Análise estatística
A partir das 33 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Ijuí-Piratinim-Icamaquã, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética= 140,05 m³/ha
- Variância = 2.178,09 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 46,67 m³/ha
- Coeficiente de variação = 33,32%
- Variância da média = 68,06 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 8,25 m³/ha
- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 16,33 m³/ha
b) Erro relativo - = ± 11,66%
- Intervalo de confiança para a média
IC [123,72 m³/ha £ x £ 156,39 m³/ha] = 95%

- Total da população= 41.838.677 m³

- Intervalo de confiança para o total
IC [36.960.236 m³ £ X £ 46.720.104 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 20 espécies pertencentes à 13 famílias botânicas, além de indivíduos mortos. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5890. A família Myrtaceae, com 5 espécies foi a mais representativa desses Estágios Iniciais, seguida de Rutaceae (3) e Euphorbiaceae (2). As 10 restantes famílias apresentaram uma única espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio foi de 4,56 cm, variando entre 4,22 cm (Parcela 636) e 5,00 cm (Parcela 627); o diâmetro mínimo foi de 1,11 cm e o máximo de 37,40 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 67,84%, variando entre 53,86% (Parcela 713) e 91,31% (Parcela 627).

A altura total média foi de 4,67 m, variando entre 4,47 m (Parcela 636) a 4,78 m (Parcela 713); a altura total mínima foi de 2,10 m e a máxima de 21,20 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 45,37%, variando entre 26,39% (Parcela 713) e 69,40% (Parcela 627).

O número médio, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 11.633,3 indivíduos/ha, variando entre 8.100,0 indivíduos/ha (Parcela 627) e 15.800,0 indivíduos/ha (Parcela 636). A área basal média resultou em 18,39 m²/ha, variando entre 15,9047 m²/ha (Parcela 627) e 22,1149 m²/ha (Parcela 636). O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,5890, variando entre 1,1588 (Parcela 636) e 2,0381 (Parcela 713).

c) Distribuição de freqüência
Foram encontrados 11.633,3 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 1.700,0 menores que 3 m de altura, 7.433,3 entre 3 e 6 m de altura e 2.500,0 indivíduos maior que 6 m de altura:

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

333,3

19,61

1866,7

25,11

133,3

5,33

2333,3

20,06

Helietta apiculata

0,0

0,00

1100,0

14,80

933,3

37,33

2033,3

17,48

Zanthoxylum petiolare

0,0

0,00

2000,0

26,91

0,0

0,00

2000,0

17,19

Calyptranthes concinna

333,3

19,61

800,0

10,76

266,7

10,67

1400,0

12,03

Patagonula americana

0,0

0,00

666,7

8,97

200,0

8,00

866,7

7,45

Pilocarpus pennatifolius

666,7

39,22

0,0

0,00

0,0

0,00

666,7

5,73

Schaefferia argentinensis

0,0

0,00

400,0

5,38

33,3

1,33

433,3

3,72

Parapiptadenia rigida

0,0

0,00

333,3

4,48

33,3

1,33

366,6

3,15

Allophylus guaraniticus

333,3

19,61

0,0

0,00

0,0

0,00

333,3

2,87

Sebastiania commersoniana

0,0

0,00

0,0

0,00

266,7

10,67

266,7

2,29

Astronium balansae

0,0

0,00

33,3

0,45

166,7

6,67

200,0

1,72

Mortas

33,4

1,96

100,0

1,35

33,4

1,34

166,8

1,43

Eugenia uruguayensis

0,0

0,00

66,7

0,90

66,7

2,67

133,4

1,15

Sebastiania brasiliensis

0,0

0,00

0,0

0,00

100,0

4,00

100,0

0,86

Myrceugenia glaucescens

0,0

0,00

0,0

0,00

66,7

2,67

66,7

0,57

Ruprechtia laxiflora

0,0

0,00

0,0

0,00

66,7

2,67

66,7

0,57

Baccharis dracunculifoia

0,0

0,00

33,3

0,45

33,3

1,33

66,6

0,57

Blepharocalyx salicifolius

0,0

0,00

0,0

0,00

33,3

1,33

33,3

0,29

Daphnopsis racemosa

0,0

0,00

0,0

0,00

33,3

1,33

33,3

0,29

Phytolacca dioica

0,0

0,00

0,0

0,00

33,3

1,33

33,3

0,29

Sub-total

1700,0

100,00

7400,0

99,55

2500,0

100,00

11500,1

98,86

Restantes

0,0

0,00

33,3

0,45

0,0

0,00

133,2

1,14

TOTAL

1700,0

100,0

7433,3

100,0

2500,0

100,0

11633,3

100,0

 

As 20 espécies relacionadas nesta Tabela foram as de maior ocorrência nos estágios iniciais da Bacia do Ijuí-Piratinim-Icamaquã, contribuindo com 11.500,0,0 indivíduos por hectare (98,86%), sendo 1.700,0 indivíduos com alturas menores que 3 m, 7.400,0 entre 3 e 6 m, e 2.500,0 indivíduos com altura maior do que 6 m. A espécie restante (Trichilia elegans) contribuiu com apenas 1,14% dos indivíduos presentes nos estágios iniciais de sucessão.

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Eugenia uniflora, Helietta apiculata, Zanthoxylum petiolare, Calyptranthes concinna e Patagonula americana, as quais contribuíram com 74,21% do número total de indivíduos.

Destaca-se ainda, uma significativa presença de indivíduos mortos, com 166,6 indivíduos por hectare, o que representa 1,43% do total.