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Bacia Hidrográfica do Quaraí

A Bacia Hidrográfica do Quaraí possui uma cobertura florestal de 368,87 km², o que representa 0,130% da cobertura do Estado, sendo 360,87 km² (0,128%) de florestas nativas em seus estágios iniciais, médios e avançados de sucessão e 8,00 km² (0,003%) de reflorestamentos assim distribuídos: 6,38 km² (0,002%) de Eucaliptos e 1,62 km² (0,001%) de Pinus.

Estágios Sucessionais Médio e Avançado

a) Composição Florística
Foram encontradas 38 espécies pertencentes à 20 famílias botânicas, entre os indivíduos com CAP ³ 30 cm, além de árvores mortas e cipós. As comunidades amostradas apresentaram, em conjunto, uma diversidade média de 1,2011, conforme pode ser observado pelo Índice de Diversidade de Shannon.

A família Myrtaceae foi a mais representativa da Bacia do Quaraí, com 5 espécies, seguida de Anacardiaceae (4), Mimosaceae (4), Sapindaceae (3), Sapotaceae (3), Ulmaceae (2), Myrsinaceae (2), Fabaceae (2), Euphorbiaceae (2). As 11 famílias restantes, apresentaram 1 espécie.

b) Parâmetros Dendrométricos
Os parâmetros dendrométricos das parcelas amostradas na Bacia do Quaraí indicaram um diâmetro médio de 15,81 cm, variando entre 12,91 cm (Parcela 17,01) e 19,80 cm (Parcela 1707); o diâmetro mínimo foi 9,55 cm, que constitui o limite inferior fixado na amostragem para o levantamento do estoque de crescimento; o diâmetro máximo encontrado foi 68,41 cm pertencente a uma Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), árvore nº 58 da parcela 1709 - Carta Livramento; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 39,34%, variando de 26,53% (Parcela 1715) a 63,42% (Parcela 1601).

A altura total média foi de 6,32 m, variando de 2,99 m (Parcela 1602) a 9,05 m (Parcela 1709); a altura total mínima medida foi de 1,90 m; a altura total máxima encontrada foi de 16,40 m da Erythrina cristagalli (corticeira-do-banhado), árvore nº58 da parcela 1709 ; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 26,19%, variando de 17,40% (Parcela 1601) a 35,90% (Parcela 1604).

A altura comercial média foi estimada em 2,78 m, variando entre 1,73 m (Parcela 1602) e 4,18 m (Parcela 1709); a altura comercial mínima medida foi de 1,00 m; a altura comercial máxima medida foi de 6,70 m, pertencente a uma Lithraea molleoides (aroeira-brava), árvore 50 da parcela 1707, considerando que os 4 indivíduos de maior altura comercial eram mortos. O coeficiente de variação médio das alturas comerciais foi de 32,00%, variando entre 19,49% (Parcela 1602) e 49,60% (Parcela 1712).

O número médio de árvores, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 30 cm, foi estimado em 619,64 árvores/ha, variando entre 130,0 árvores/ha (Parcela 1601) e 1.720,0 árvores/ha (Parcela 1709).

A área basal média resultou em 13,92 m²/ha, variando entre 3,59 m²/ha (Parcela 1601) e 35,10 m²/ha (Parcela 1709). O volume comercial médio foi estimado em 69,20 m³/ha, variando entre 14,18 m³/ha (Parcela 1601) e 181,88 m³/ha (Parcela 1709).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 1,2011, variando entre 0,7702 (Parcela 1603) e 2,2105 (Parcela 1712).

Comparando-se os parâmetros dendrométricos da Bacia do Quaraí com a média geral do Estado, verifica-se que todos eles foram menores do que a média do Estado.

c) Produção Quantitativa por Espécie e por Hectare
A Tabela abaixo mostra a relação de espécies que mais contribuíram para a composição do volume comercial, juntamente com as árvores mortas.

Espécie
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%

Lithraea molleoides

14,80

21,39

106,46

17,18

3,00

21,55

Schinus lentiscifolius

11,69

16,89

82,73

13,35

2,25

16,16

Sebastiania commersoniana

10,48

15,14

156,37

25,24

1,87

13,43

Mortas

5,80

8,38

44,09

7,12

0,89

6,39

Prosopis nigra

2,83

4,09

28,73

4,64

0,68

4,89

Erythrina cristagalli

2,48

3,58

3,64

0,59

0,70

5,03

Styrax leprosus

2,24

3,24

20,00

3,23

0,40

2,87

Myrrhinium atropurpureum

1,84

2,66

12,73

2,05

0,46

3,30

Prosopis affinis

1,82

2,63

16,19

2,61

0,42

3,02

Acacia caven

1,61

2,33

27,27

4,40

0,33

2,37

Schinus polygamus

1,51

2,18

11,82

1,91

0,35

2,51

Schinus molle

1,41

2,04

2,13

0,34

0,30

2,16

Myrcianthes pungens

1,06

1,53

5,46

0,88

0,23

1,65

Scutia buxifolia

1,03

1,49

13,82

2,23

0,20

1,44

Myrsine laetevirens

1,00

1,45

3,64

0,59

0,25

1,80

Parkinsonia aculeata

0,99

1,43

10,00

1,61

0,22

1,58

Celtis spinosa

0,83

1,20

6,36

1,03

0,15

1,08

Pouteria gardneriana

0,72

1,04

6,36

1,03

0,14

1,01

Myrcianthes cisplatensis

0,64

0,92

11,09

1,79

0,13

0,93

Aspidosperma quebracho-blanco

0,58

0,84

2,72

0,44

0,12

0,86

Sub-total

65,36

94,45

571,61

92,25

13,09

94,04

Restantes

3,84

5,55

48,03

7,75

0,83

5,96

TOTAL

69,20

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

Estas 20 espécies, incluindo as árvores mortas, contribuiram com 65,36 m³/ha (94,45%) do volume comercial, 571,61 árvores/ha (92,25%) e 13,09 m²/ha (94,04%) da área basal. Analisando-se a estrutura diamétrica da produção quantitativa, para todas as espécies amostradas na Bacia do Quaraí, constata-se a seguinte distribuição:

Classe DAP (cm)
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
10 - 20

39,05

56,44

512,27

82,67

7,25

52,08

20 - 30

18,66

26,97

84,82

13,69

3,83

27,51

30 - 40

6,61

9,55

15,91

2,57

1,40

10,06

40 - 50

1,59

2,30

3,00

0,48

0,48

3,45

50 - 60

1,26

1,82

1,82

0,29

0,36

2,59

60 - 70

2,02

2,92

1,82

0,29

0,60

4,31

70 - 80

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

80 - 90

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

> 90

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

Observa-se que, nas classes diamétricas 10-40 cm concentram-se 64,32 m³/ha (92,96%) do volume comercial, 613,0 árvores/ha (98,93%) e 12,48 m²/ha (89,65%) da área basal. Observa-se também que não existem indivíduos com diâmetro maior do que 70 cm.

d) Produção Qualitativa: Qualidade do Tronco
Os resultados mostram que na classe de qualidade 2 encontram-se os maiores quantitativos da Bacia do Quaraí, ou seja, 34,07 m³/ha (49,24%) do volume comercial, 267,45 árvores/ha (43,16%) e 7,03 m²/ha (50,5%) da área basal, por hectare. Essa classe é composta por indivíduos com fuste reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou com pequena excentricidade, sem defeitos aparentes, presença de galhos de pequeno porte.

Qualidade do tronco
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Qualidade 1

4,50

6,49

28,46

4,59

1,04

7,47

Qualidade 2

34,07

49,24

267,45

43,16

7,03

50,50

Qualidade 3

23,60

34,10

265,64

42,87

4,69

33,72

Qualidade 4

1,12

1,63

13,09

2,11

0,24

1,74

Não classificada

5,90

8,54

45,00

7,26

0,91

6,56

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

 

e) Produção Qualitativa: Sanidade
Em relação às condições de sanidade, a distribuição dos volumes comerciais, número de árvores e área basal, por classe de sanidade e classe de diâmetro, da Bacia do Quaraí encontra-se na Tabela abaixo.

Sanidade
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Danos por animais

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

Danos complexos

1,12

1,60

9,36

1,51

0,27

1,92

Danos por fungos

0,43

0,63

1,64

0,26

0,11

0,79

Danos por insetos

1,88

2,72

14,73

2,38

0,38

2,74

Danos abióticos

42,05

60,77

387,18

62,48

8,49

60,99

Árvores mortas

5,91

8,54

45,00

7,26

0,91

6,56

Árvores saudáveis

17,81

25,73

161,73

26,10

3,76

27,00

Não classificada

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

0,00

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

Os resultados mostram que 42,05 m³/ha (60,77%) do volume comercial, 387,18 árvores/ha (62,48%) e 8,49 m²/ha (60,99%) da área basal da Bacia do Quaraí eram constituídos por indivíduos que apresentavam danos abióticos, enquanto que os indivíduos saudáveis respondiam por 17,81 m³/ha (25,73%) do volume comercial, 161,73 árvores/ha (26,10%) e 3,76 m²/ha (27,00%) da área basal.

f) Produção Qualitativa: Classe de Copa A análise da formação da copa das árvores da Bacia do Quaraí revelou a seguinte distribuição da produção quantitativa:

Classe Copa
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Copa curta

7,21

10,42

77,64

12,53

1,55

11,15

Copa danificada

1,60

2,30

12,82

2,07

0,34

2,46

Copa longa

1,68

2,43

20,54

3,31

0,38

2,74

Copa média

52,79

76,30

463,64

74,82

10,73

77,06

Não classificada

5,90

8,54

45,00

7,26

0,91

6,56

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

 

Os resultados mostram que os maiores quantitativos desta bacia, 52,79 m³/ha (76,30%) do volume comercial, 463,64 árvores/ha (74,82%) e 10,73 m²/ha (77,06%) da área basal, por hectare, eram compostos por indivíduos que apresentavam copa média, ou seja, copas com comprimento entre ½ e ¼ da altura total das árvores.

g) Produção Qualitativa: Tendência de Valorização
A análise das perspectivas de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos na comunidade, indicou a distribuição da produção quantitativa da Bacia do Quaraí, por classe de valorização, apresentada na Tabela abaixo.

Observa-se nesses resultados que os maiores quantitativos desta bacia, 55,80 m³/ha (80,65%) do volume comercial, 497,91 árvores/ha (80,35%) e 11,40 m²/ha (81,90%) da área basal era composto por indivíduos que apresentavam crescimento médio, ou seja, com possibilidades de mudança lenta nos estratos verticais.

Tendência de valorização
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Cresc. insignificante

5,75

8,30

56,64

9,14

1,22

8,80

Cresc. Médio

55,80

80,65

497,91

80,35

11,40

81,90

Cresc. promissor

1,73

2,51

20,09

3,24

0,38

2,74

Não classificada

5,91

8,54

45,00

7,26

0,91

6,56

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

 

h) Produção Qualitativa: Posição Sociológica A distribuição da produção quantitativa da Bacia do Quaraí nos estratos verticais foi o seguinte:

Posição Sociológica
Vol. Comercial
Nº Árvores
Área Basal
(m³/ha)
%
(Nº/ha)
%
(m²/ha)
%
Estrato co-dominante

24,41

35,27

255,91

41,30

4,88

35,10

Estrato dominado

12,91

18,65

160,36

25,88

2,57

18,48

Estrato dominante

25,33

36,60

151,92

24,52

5,41

38,85

Estrato suprimido

0,58

0,83

5,45

0,88

0,13

0,90

Não classificada

5,97

8,64

46,00

7,42

0,93

6,67

TOTAL

69,19

100,00

619,64

100,00

13,92

100,00

 

Os resultados mostram que 25,33 m³/ha (36,60%) e 24,41 m³/ha (35,27%) do volume comercial; 151,92 árvores/ha (24,52%) e 255,91 árvores/ha (41,30%) do número total de árvores; e 5,41 m²/ha (38,85%) e 4,88 m²/ha (35,10%) da área basal pertenciam aos estratos dominante e co-dominante, respectivamente.

i) Análise Fitossociológica: Estrutura Horizontal
A
s espécies mais características e importantes da Bacia do Quaraí estão relacionadas abaixo, por ordem do Valor de Importância (VI). Estas espécies foram as mais abundantes, dominantes e freqüentes da floresta, sendo as mais representativas da associação.

Estas 20 espécies (50,00% do total) representam 93,52% da Densidade Relativa (número de indivíduos), 75,42% da Freqüência Relativa, 92,80% da Dominância Relativa (área basal), 87,25% do Valor de Importância e 93,16% do Valor de Cobertura total da floresta.

As restantes 20 espécies (50,00% das espécies), incluindo os cipós representavam 6,48% da Densidade Relativa, 24,58% da Freqüência Relativa, 7,20% da Dominância Relativa, 12,75% do Valor de Importância e 6,84% do Valor de Cobertura total.

Espécie

DR

FR

DoR

VI(%)

VI(%) Acum.

VC(%)

VC(%)

Acum.

Sebastiania commersoniana

25,23

6,10

13,45

14,93

14,93

19,34

19,34

Lithraea molleoides

17,18

4,88

21,55

14,54

29,46

19,37

38,71

Schinus lentiscifolius

13,35

3,66

16,16

11,06

40,52

14,76

53,46

Mortas

7,12

7,32

6,42

6,95

47,47

6,77

60,23

Prosopis nigra

4,64

4,88

4,90

4,81

52,28

4,77

65,00

Acacia caven

4,40

6,10

2,40

4,30

56,58

3,40

68,40

Styrax leprosus

3,23

3,66

2,90

3,26

59,84

3,07

71,47

Scutia buxifolia

2,23

6,10

1,43

3,25

63,10

1,83

73,30

Schinus polygamus

1,91

4,88

2,52

3,10

66,20

2,22

75,51

Prosopis affinis

2,61

3,66

3,03

3,10

69,30

2,82

78,33

Erythrina cristagalli

0,59

2,44

5,04

2,69

71,99

2,82

81,15

Myrrhinium atropurpureum

2,05

2,44

3,34

2,61

74,60

2,70

83,84

Myrcianthes cisplatensis

1,79

3,66

0,97

2,14

76,74

1,38

85,22

Eugenia uniflora

1,32

3,66

0,54

1,84

78,58

0,93

86,15

Myrsine laetevirens

0,59

2,44

1,82

1,62

80,20

1,21

87,36

Matayba elaeagnoides

0,88

3,44

0,46

1,59

81,79

0,67

88,03

Schinus molle

1,32

1,22

2,14

1,56

83,35

1,73

89,76

Parkinsonia aculeata

1,61

1,22

1,57

1,47

84,82

1,59

91,35

Myrcianthes pungens

0,88

1,22

1,67

1,26

86,07

1,28

92,62

Chrysophyllum marginatum

0,59

2,44

0,49

1,17

87,25

0,54

93,16

Sub-total

93,52

75,42

92,80

87,25

-

93,16

-

Restantes

6,48

24,58

7,20

12,75

-

6,84

-

TOTAL

100,00

100,00

100,00

100,00

-

100,00

-

É importante destacar que as árvores mortas (6,95% do VI) aparecem em quarto lugar na ordem de importância das espécies. A participação das árvores mortas é significativa na composição das comunidades e constitui um processo natural de substituição dos indivíduos na dinâmica da floresta.

j) Análise Fitossociológica: Estrutura Vertical
As espécies com distribuição regular dos indivíduos nos estratos, isto é, com maior número nos estratos inferiores, diminuindo para os superiores, são as mais estáveis na associação.

k) Regeneração Natural

- Composição Florística:
Foram encontradas 21 espécies pertencentes à 12 famílias botânicas, além de alguns indivíduos mortos e de cipós. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,8867.

A família Myrtaceae foi a mais representativas da regeneração natural, com 4 espécies, seguida de Anacardiaceae e Mimosaceae, com 3 espécies; Euphorbiaceae e Sapindaceae, com 2 espécies. As 7 famílias restantes apresentaram 1 espécie, apenas.

- Parâmetros Dendrométricos:
O diâmetro médio foi de 4,47 cm, variando entre 1,78 cm (Parcela 1603) e 8,00 cm (Parcela 1605); o diâmetro mínimo foi 0,95 cm e o diâmetro máximo foi de 9,45 cm, o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 41,37%, variando de 13,37% (Parcela 1605) a 94,09% (Parcela 1603).

A altura total média, na Bacia do Quaraí, foi de 3,94 m, variando de 1,67 m (Parcela 1603) a 5,83 m (Parcela 1707); a altura total mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 9,00 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 27,54%, variando de 6,65% (Parcela 1707) a 50,91% (Parcela 1605).

O número médio de indivíduos, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm e < 30,0cm, resultou 8057,27 indivíduos/ha, variando entre 20 indivíduos/ha (Parcela 1605) e 21700 indivíduos/ha (Parcela 1709).

A área basal média da regeneração natural resultou em 5,77 m²/ha, variando entre 0,1005 m²/ha (Parcela 1605) e 13,2666 m²/ha (Parcela 1709).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,8867, variando entre 0,4506 (Parcela 1707) e 1,8115 (Parcela 1712).

- Distribuição de Freqüência
Foram encontrados 8.057,3 indivíduos por hectare na regeneração natural, sendo 2.838,2 menores que 3 m de altura, 4.328,2 entre 3 e 6 m de altura e 890,9 maiores que 6 m de altura.

As 20 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as mais abundantes na regeneração natural da Bacia do Quaraí, com 7.746,9 indivíduos por hectare, ou 96,15% do total, sendo 2.810,1 menores que 3 m de altura, 4.318,5 entre 3 e 6 m de altura, e 618,3 maiores que 6 m de altura. As 3 espécies restantes, incluindo os cipós, contribuiram com apenas 3,85% dos indivíduos presentes na regeneração natural.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Eugenia uniflora

454,5

16,01

1790,9

41,38

181,8

20,41

2427,2

30,12

Scutia buxifolia

736,6

25,95

1072,8

24,79

281,8

31,63

2091,2

25,95

Sebastiania commersoniana

90,9

3,20

609,1

14,07

81,9

9,19

781,9

9,70

Acacia caven

636,4

22,42

0,0

0,00

0,0

0,00

636,4

7,90

Schinus lentiscifolius

454,5

16,01

109,1

2,52

0,0

0,00

563,6

6,99

Allophylus edulis

0,0

0,00

300,0

6,93

0,0

0,00

300,0

3,72

Sebastiania brasilensis

0,0

0,00

190,1

4,39

0,0

0,00

190,1

2,36

Styrax leprosus

90,9

3,20

9,1

0,21

18,2

2,04

118,2

1,47

Blepharocalyx salicifolius

0,0

0,00

90,9

2,10

9,1

1,02

100,0

1,24

Myrcianthes cisplatensis

90,9

3,20

9,1

0,21

0,0

0,00

100,0

1,24

Daphnopsis racemosa

90,9

3,20

0,0

0,00

0,0

0,00

90,9

1,13

Eugenia uruguayensis

90,9

3,20

0,0

0,00

0,0

0,00

90,9

1,13

Prosopis nigra

73,6

2,59

0,0

0,00

0,0

0,00

73,6

0,91

Allophylus puberulus

0,0

0,00

45,5

1,05

9,1

1,02

54,6

0,68

Lithraea molleoides

0,0

0,00

45,5

1,05

0,0

0,00

45,5

0,56

Parkinsonia aculeata

0,0

0,00

27,3

0,63

18,2

2,04

45,5

0,56

Acacia bonariensis

0,0

0,00

0,9

0,02

9,1

1,02

10,0

0,12

Chrysophyllum marginatum

0,0

0,00

0,0

0,00

9,1

1,02

9,1

0,11

Guettarda uruguensis

0,0

0,00

9,1

0,21

0,0

0,00

9,1

0,11

Schinus polygamus

0,0

0,00

9,1

0,21

0,0

0,00

9,1

0,11

Sub-total

2810,1

99,01

4318,5

99,78

618,3

69,40

7746,9

96,15

Restantes

28,1

0,99

9,7

0,22

272,6

30,60

310,4

3,85

TOTAL

2838,2

100,0

4328,2

100,0

890,9

100,0

8057,3

100,0

 

Merece destaque, a presença de cipós, ocorrendo 272,7 indivíduos por hectare, o que representa 3,38% do total.

l) Análise estatística

A partir das 11 unidades amostrais levantadas nos estágios médio e avançado da Bacia Hidrográfica do Quaraí, resultaram os seguintes estimadores para o volume comercial com casca:

- Média aritmética= 69,20 m³/ha
- Variância = 3.497,54 (m³/ha)²
- Desvio padrão = 59,14 m³/ha
- Coeficiente de variação = 85,46%
- Variância da média = 349,69 (m³/ha)²
- Erro padrão = ± 18,70 m³/ha

- Erro de amostragem
a) Erro absoluto = ± 37,03 m³/ha
b) Erro relativo = ± 53,51%
- Intervalo de confiança para a média
IC [32,17 m³/ha
£ x £ 106,23 m³/ha] = 95%
- Total da população
= 2.497.220 m³
- Intervalo de confiança para o total
IC [1.160.918 m³
£ X £ 3.833.522 m³] = 95%

Estágio Sucessional Inicial

a) Composição florística
Foram encontradas 8 espécies pertencentes à 4 famílias botânicas. O Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,4758. A família Myrtaceae, com 5 espécies, foi a mais representativa desses estágios iniciais, seguida de Anacardiaceae, Euphorbiaceae e Mimosaceae todas com 1 espécie.

b) Parâmetros dendrométricos
O diâmetro médio dos estágios iniciais foi de 2,65 cm, variando entre 1,99 cm (Parcela 1716) e 3,49 cm (Parcela 1713); o diâmetro mínimo foi 1,02 cm e o diâmetro máximo foi de 15,22 cm; o coeficiente de variação médio dos diâmetros foi de 57,78%, variando entre 53,72% (Parcela 1713) e 62,73% (Parcela 1716).

A altura total média dos estágios iniciais, na Bacia do Quaraí, foi de 2,57 m, variando entre 1,86 m (Parcela 1716) a 3,67 m (Parcela 1713); a altura total mínima medida foi de 1,40 m e a máxima foi 9,10 m; o coeficiente de variação médio da altura total foi de 20,70%, variando entre 11,69% (Parcela 1716) e 35,04% (Parcela 1713).

O número médio de indivíduos nos estágios iniciais, considerando todos os indivíduos com CAP ³ 3,0 cm, resultou 13.666,7 indivíduos/ha, variando entre 5.800,0 indivíduos/ha (Parcela 1710) e 17.700,0 indivíduos/ha (Parcela 1716).

A área basal média dos estágios iniciais resultou em 8,35 m²/ha, variando entre 2,7691 m²/ha (Parcela 1710) e 16,7546 m²/ha (Parcela 1713).

O Índice de Diversidade de Shannon foi de 0,4758, variando entre 0,0000 (Parcela 1716 e 1710) e 1,4274 (Parcela 1713).

Distribuição de freqüência
Foram encontrados 13.666,7 indivíduos por hectare nos estágios iniciais de sucessão, sendo 10.100,0 menores que 3 m de altura, 2.933,4 entre 3 e 6 m de altura e 633,3 maiores que 6 m de altura. As 8 espécies relacionadas na Tabela abaixo foram as encontradas nos estágios iniciais da Bacia do Quaraí e representam a totalidade dos indivíduos amostrados.

Espécies

Altura < 3 m

Altura 3-6 m

Altura > 6 m

Total

No

%

No

%

No

%

No

%

Acacia caven

7766,7

76,90

66,7

2,27

0,0

0,00

7833,4

57,32

Myrcia selloi

1333,3

13,20

1800,0

61,36

0,0

0,00

3133,3

22,93

Sebastiania commersoniana

0,0

0,00

300,0

10,23

433,3

68,42

733,3

5,37

Eugenia involucrata

0,0

0,00

666,7

22,73

0,0

0,00

666,7

4,88

Eugenia uniflora

666,7

6,60

0,0

0,00

0,0

0,00

666,7

4,88

Myrcianthes cisplatensis

333,3

3,30

66,7

2,27

166,7

26,32

566,7

4,15

Lithraea brasiliensis

0,0

0,00

33,3

1,14

0,0

0,00

33,3

0,24

Myrrhinium atropurpureum

0,0

0,00

0,0

0,00

33,3

5,26

33,3

0,24

Sub-total

10100,0

100,00

2933,4

100,00

633,3

100,00

13666,7

100,00

Restantes

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

0,0

0,00

TOTAL

10100,0

100,0

2933,4

100,0

633,3

100,0

13666,7

100,0

 

As 5 espécies mais abundantes nos estágios iniciais desta bacia foram: Acacia caven, Myrcia selloi, Sebastiania commersoniana, Eugenia involucrata e Eugenia uniflora, as quais contribuiram com 95,38% do número total de indivíduos.