Sistema
de Amostragem
No
planejamento do sistema de amostragem, para o inventário
florestal do Rio Grande do Sul, considerou-se os seguintes aspectos
(BRENA, 1995):
a)
o inventário florestal será do tipo contínuo,
repetido a cada 5 anos, o qual fornecerá informações
sobre o estado corrente dos recursos florestais, bem como das mudanças
ocorridas ao longo do tempo;
b) a experiência internacional mostra que os sistemas de inventário
mais eficientes usam estruturas amostrais temporárias, para
estimar o estado corrente dos recursos florestais, e estruturas
permanentes, para estimar as mudanças;
.
c) As estruturas amostrais deverão atender as particularidades
das florestas nativas e plantadas.
<<volta
Processo
Básico de Amostragem
Em
conformidade com a experiência internacional, o processo básico
de amostragem utilizado no inventário foi a Amostragem Sistemática
com Pós-estratificação.
A amostragem sistemática foi organizada sobre duas redes
de pontos: uma para as florestas nativas e outra para as plantadas.
Os pontos de cruzamento das linhas de cada rede, sob os quais o
mapa indicava a existência de florestas, constituíam
pontos amostrais para a coleta de dados de campo.
A estratificação foi estabelecida em 4 níveis
hierárquicos: inicialmente a população foi
dividida em florestas nativas e florestas plantadas, constituindo-se
2 estratos administrativos.
No
segundo nível, as florestas nativas foram estratificadas
por tipo fitogeográfico, constituindo
10 estratos como segue:
ESTRATO
|
TIPO
FITOGEOGRÁFICO
|
ÁREA
(km²)
|
1
|
Floresta
Ombrófila Densa |
683,75
|
2
|
Floresta
Ombrófila Mista |
9.195,65
|
3
|
Floresta
Estacional Decidual |
2.102,75
|
4
|
Floresta
Estacional Semidecidual |
11.762,45
|
5
|
Estepe
(Parque Espinilho) |
17.650,36
|
6
|
Savana
(Arbórea aberta e gramíneo lenhosa) |
2.002,86
|
7
|
Estepe
(Gramíneo lenhosa) |
22,89
|
8
|
Savana
Estépica |
1.220,87
|
9
|
Áreas
de Formações Pioneiras |
1.488,04
|
10
|
Áreas
de Tensão Ecológica |
3.199,65
|
TOTAL |
49.329,27
|
As
florestas plantadas, no segundo nível, foram estratificadas
por região fisiográfica, constituindo - estratos como
segue:
ESTRATO
|
REGIÃO
FISIOGRÁFICA
|
ÁREA
(km²)
|
1
|
Litoral |
548,861
|
2
|
Depressão
Central |
551,402
|
3
|
Encosta
do Sudeste |
60,898
|
4
|
Serra do
Sudeste |
543,961
|
5
|
Campanha |
311,185
|
6
|
Missões |
61,053
|
7
|
Alto Uruguai |
87,926
|
8
|
Planalto
Médio |
216,958
|
9
|
Encosta
Inferior do Nordeste |
163,092
|
10
|
Encosta
Superior do Nordeste |
14,264
|
11
|
Campos
de Cima da Serra |
188,054
|
TOTAL |
2.747,654
|
Em
cada região fisiográfica, as florestas plantadas foram
estratificadas por gênero, como segue:
ESTRATO
|
GÊNERO
|
ÁREA
(km² )
|
1
|
Acácia |
96,40
|
2
|
Eucalyptus |
1.115,25
|
3
|
Pinus |
1.535,83
|
4
|
Araucária |
|
TOTAL |
2.747,48
|
No terceiro
nível, a população foi dividida segundo as
bacias hidrográficas, constituindo
21 estratos administrativos, como segue:
Estrato
|
Código
|
Bacia
Hidrográfica
|
1
|
150
|
Alto Jacuí |
2
|
310
|
Apuae -
Inhandaua |
3
|
170
|
Baixo Jacuí-Pardo |
4
|
130
|
Caí |
5
|
230
|
Camaquã |
6
|
110
|
Gravataí |
7
|
180
|
Guaíba |
8
|
350
|
Ibicuí |
9
|
340
|
Ijuí-Piratinim-Icamaquã |
10
|
220
|
Litoral
Médio |
11
|
250
|
Mampituba |
12
|
240
|
Mirim -
São Gonçalo |
13
|
380
|
Negro |
14
|
320
|
Passo Fundo
- Várzea |
15
|
360
|
Quarai |
16
|
370
|
Santa Maria |
17
|
120
|
Sinos |
18
|
140
|
Taquari
- Antas |
19
|
210
|
Tramandaí |
20
|
330
|
Turvo/Sta.Rosa/Sto.Cristo
|
21
|
160
|
Vacacaí
-Vacacaí Mirim |
E no quarto nível, a população foi dividida
segundo as cartas topográficas da DSG em escala 1:250.000,
constituindo 29 estratos administrativos, como segue:
ESTRATO
|
CARTA
|
ESTRATO
|
CARTA
|
01
|
SANTA ROSA |
16
|
BARRA
DO QUARAÍ |
02
|
CHAPECÓ |
17
|
S. LIVRAMENTO
|
03
|
ERECHIM |
18
|
SÃO
GABRIEL |
04
|
LAGES |
19
|
CACHOERIA
DO SUL |
05
|
SÃO
BORJA |
20
|
PORTO ALEGRE
|
06
|
SANTO ÂNGELO |
21
|
CIDREIRA |
07
|
CRUZ ALTA |
22
|
COXILHA |
08
|
PASSO FUNDO |
23
|
BAGÉ |
09
|
VACARIA |
24
|
PEDRO OSÓRIO
|
10
|
URUGUAIANA |
25
|
PELOTAS |
11
|
ALEGRETE |
26
|
MOSTARDAS |
12
|
SANTIAGO |
27
|
JAGUARÃO |
13
|
SANTA MARIA |
28
|
RIO GRANDE
|
14
|
CAXIAS
DO SUL |
29
|
S. VITÓRIA
PALMAR |
15
|
GRAVATAÍ |
|
|
<<volta
Método
de Amostragem
O método
de amostragem utilizado no inventário foi o de Área
Fixa, o qual seleciona as árvores a serem amostradas nas
unidades amostrais proporcional à área da unidade
e à freqüência dos indivíduos que nela
ocorrem.
Segundo PÉLLICO NETTO & BRENA (1997), o método
de área fixa é o método de seleção
em que os indivíduos são selecionados proporcional
a área da unidade amostral e à freqüência
com que nela ocorrem.
<<volta
Intensidade
de Amostragem
Com
base nas estimativas de médias e variâncias do inventário
realizado em 1981, para um limite de erro máximo de 10% da
média volumétrica com 95% de probabilidade de confiança,
o cálculo da intensidade de amostragem determinou a necessidade
de 330 unidades amostrais para as florestas nativas e 315 unidades
amostrais para as florestas plantadas.
<<volta
Unidades
Amostrais
As unidades amostrais utilizadas no inventário florestal
são diferenciadas para florestas nativas e florestas plantadas
Unidades
amostrais para florestas nativas
Nas florestas
nativas aplicou-se quatro tipos de unidades amostrais, identificadas
como unidades para crescimento, unidades para estoque, unidades
para regeneração natural e unidades para estágios
iniciais de regeneração das florestas.
a) Unidade
amostral para crescimento
A unidade
amostral para crescimento foi uma parcela permanente da forma
quadrada, com 100 m de largura por 100 m de comprimento (10.000
m² de superfície), a qual foi dividido em 10 faixas
de 10 m de largura por 100 m de comprimento (1.000 m² de
superfície), e estas subdivididas em 10 subunidades de
10 m x 10 m
(100 m²), totalizando 100 subunidades, conforme o seguinte
esquema:
Esta
parcela foi instalada com teodolito ou esquadro de agrimensor,
marcando-se os limites externos, as faixas e as subunidades com
canos de PVC rígido.
Nesta unidade, levantou-se o estoque de crescimento da floresta
em cada uma das 100 subunidades, considerando todos os indivíduos
com CAP (circunferência à altura do peito) maior
ou igual a 30 cm, os quais foram numerados com uma etiqueta de
alumínio pregada na base das árvores.
b) Unidade
amostral para estoque
A unidade
amostral básica para o levantamento do estoque foi uma
parcela permanente do tipo faixa, com 10 m de largura por 100
m de comprimento (1.000 m² de superfície), orientada
no sentido SUL-NORTE, dividida em 10 subunidades de 10 m x 10
m (100 m2), onde também foram considerados todos os indivíduos
que apresentavam CAP maior ou igual a 30 cm, conforme mostra a
figura:

A parcela
básica foi instalada em todos os pontos amostrais, cuja
área da floresta ou fragmento tinha comprimento maior do
que 100 m na direção sul-norte. Nas áreas
com comprimento menor que 100 m, instalava-se parcelas de comprimento
variável, compostas pelo número de subunidades que
o fragmento comportava. Esta parcela foi instalada com esquadro
de agrimensor, marcando-se os limites externos e as subunidades
com canos de PVC rígido.
c) Unidade
amostral para regeneração natural
A regeneração
natural das florestas foi levantada nas unidades amostrais para
crescimento e para estoque, em dois níveis de subunidades:
nas subunidades básicas de 10 m por 10 m (100 m²),
previamente sorteadas, considerou-se os indivíduos com
CAP maior ou igual a 15 cm e menor que 30 cm; e em uma subunidade
menor, localizada no vértice inferior esquerdo da subunidade
básica sorteada, marcou-se um quadrado de 3,16 m x 3,16
m (10 m²), no qual considerou-se os indivíduos com
CAP maior ou igual a 3 cm e menor do que 15 cm.
d) Unidade amostral para os estágios iniciais
Os estágios
iniciais foram levantados em uma unidade amostral igual à
utilizada para o levantamento da regeneração natural,
composta pelas mesmas subunidades. A diferença ocorria
na abordagem dos indivíduos, ou seja: na subunidade de
10 m x 10 m (100 m²), considerou-se os indivíduos
com CAP maior ou igual a 15 cm; e na subunidade de 3,16 m x 3,16
m (10 m²), considerou-se os indivíduos com CAP maior
ou igual a 3 cm e menor que 15 cm.
Unidade amostral para florestas plantadas
A
unidade amostral aplicada nas florestas plantadas foi a da forma
circular, com 13,82 m de raio, totalizando 600 m² de superfície,
tanto para as unidades permanentes como para as temporárias,
conforme mostra a figura a seguir:

Nesta unidade
amostral levantou-se todas as árvores que apresentavam
DAP (diâmetro à altura do peito) maior ou igual a
5 cm.
A instalação da unidade era feita, a partir do centro
estendendo-se 8 raios de 13,82 m. Iniciava-se marcando quatro
raios (em cruz) e depois acrescentando-se mais quatro raios intermediários.
A figura mostra também a seqüência da numeração
das árvores aplicada em todas as unidades amostrais permanentes.
Nestas unidades, as árvores situadas no limite da unidade
circular e que pertenciam à mesma, receberam um semi-círculo
de tinta voltado para o centro da unidade.
Distribuição
das Unidades Amostrais
As unidades
amostrais foram distribuídas sistematicamente sobre o mapa
florestal do Estado, em cada uma das 29 cartas da DSG (1:250.000)
que cobrem o Rio Grande do Sul:
CARTA
|
NOME
|
Nativas
|
Plantadas
|
Total
|
reamb
|
levant
|
reamb
|
levant
|
reamb
|
levant
|
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
TOTAL
|
Santa
Rosa
Chapecó
Erechim
Lages
São Borja
Santo Ângelo
Cruz Alta
Passo Fundo
Vacaria
Uruguaiana
Alegrete
Santiago
Santa Maria
Caxias do Sul
Gravataí
Quarai
Livramento
São Gabriel
Cachoeira do Sul
Porto Alegre
Cidreira
Coxilha Negra
Bagé
Pedro Osório
Pelotas
Mostardas
Jaguarão
Rio Grande
Santa Vitória do Palmar
|
22
34
18
-
02
42
27
52
40
-
07
22
34
55
34
02
15
12
49
29
02
-
05
29
11
02
05
07
-
557
|
24
35
17
-
03
34
12
60
18
-
07
20
24
47
46
05
16
08
36
15
02
-
01
27
08
-
04
03
-
472
|
-
04
07
-
-
-
23
32
09
01
09
08
03
29
23
-
02
05
26
100
37
-
01
34
26
07
05
11
01
403
|
-
03
03
-
-
01
08
07
14
01
09
09
04
20
14
-
01
04
28
79
35
-
01
26
29
06
05
10
-
317
|
22
38
25
-
02
42
50
84
49
01
16
30
37
84
57
02
17
17
75
129
39
-
06
63
37
09
10
18
01
960
|
24
38
20
-
03
35
20
67
32
01
16
29
28
67
60
05
17
12
64
94
37
-
02
53
37
06
09
13
-
789
|
A distribuição
foi realizada a partir de duas redes de pontos eqüidistantes
como seguem: a primeira, para florestas naturais, tinha uma malha
de 10 km x 10 km entre pontos, resultando 2.820 quadrículas
em todo o Estado, das quais esperava-se amostrar, no mínimo,
as 330 unidades definidas na intensidade de amostragem; a segunda,
para florestas plantadas, tinha uma malha de 2,5 km x 2,5 km,
o que resulta 45.129 quadrículas em todo o Estado, das
quais esperava-se amostrar, no mínimo, as 315 unidades
definidas no cálculo da intensidade de amostragem.
Localização
das Unidades Amostrais
As unidades
amostrais foram localizadas no campo com o auxílio de GPS,
através das coordenadas UTM de cada ponto amostral, extraídas
do mapa georreferenciado das florestas do Estado e das cartas
geográficas do Exército.
<<volta
Informações
Coletadas
A coleta de
dados de campo no inventário florestal contínuo
do Estado do Rio Grande do Sul foi realizada por sete equipes
de campo, sendo uma equipe de localização das unidades
amostrais, cinco equipes de medição e uma equipe
de coordenação e controle. Cada equipe era composta
por 5 pessoas:
01 Engenheiro
Florestal
03 Estagiários
01 Auxiliar de campo
A equipe de
localização fazia a localização geográfica
da unidade amostral, através de GPS, mantinha o primeiro
contato com o proprietário, coletava as informações
gerais e marcava o início das unidades amostrais. Ao mesmo
tempo, elaborava um croqui de localização da unidade
para facilitar o acesso das equipes de medição.
As equipes
de medição instalavam as unidades amostrais e coletavam
todas as informações específicas
de cada tipo de floresta.
A equipe de
coordenação e controle mantinha a padronização
na coleta de dados, fornecia suporte às equipes de localização
e medição e fazia a reavaliação de
unidades levantadas para determinar o grau de acuracidade e a
qualidade das informações coletadas.
Informações
gerais sobre a área florestal
As informações
gerais foram coletadas pelas equipes de localização
e de medição, sendo registradas em formulário
próprio, conforme descrito a seguir. Registrou-se a data
da medição e a hora de início e término
das atividades.
Identificação
da unidade amostral
a) Coordenadas UTM (latitude e longitude), número da carta
topográfica e altitude;
b) Localização: nome do local, distrito, município;
c) Número da unidade;
d) Uso do solo: atual e classificado;
Identificação
da propriedade
a) Nome da propriedade;
b) Nome do proprietário;
c) Área da propriedade;
d) Atividade principal;
e) Área de floresta;
Dados
da floresta
a) Área de floresta: nativa; plantada/espécie/idade;
b) Uso da floresta: atual, potencial e sistema de manejo aplicado;
Dados
da fauna
Informações verbais obtidas nas propriedades amostradas,
diretamente com as pessoas contatadas;
Atividades
de recreação, turismo e educação ambiental
a) Existentes;
b) Potenciais.
Informações
coletadas em florestas nativas
As informações
coletadas nas unidades amostrais levantadas em florestas nativas
foram registradas na ficha de campo respectiva.
Coordenadas
UTM
Registrou-se
a longitude e a latitude do ponto central da unidade amostral.
Carta
Número
da carta ou imagem de satélite na qual encontrava-se localizado
o ponto amostral.
Unidade
amostral
Número
da unidade amostral.
Tipo de
unidade
1 - Permanente
para crescimento;
2 - Permanente para estoque.
Exposição
do terreno
1 - Norte;
2 - Sul;
3 - Leste;
4 - Oeste.
Tipo de floresta
Classificação
da floresta do ponto de vista da sua fitogeografia
1. Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica);
2. Floresta Ombrófila Mista (Araucária);
3. Floresta Estacional Decidual (Alto Uruguai e Serra Geral);
4. Floresta Estacional Semidecidual (Escudo);
5. Parque do Espinilho;
6. Savana (Arbórea aberta e Gramíneo-lenhosa);
7. Estepe (Campanha gaúcha);
8. Savana Estépica
9. Áreas de Formações Pioneiras
10. Áreas de Tensão Ecológica.
Classe da
floresta: classificadas de acordo com o grau de desenvolvimento
da floresta:
1. Floresta Primária;
2. Estágio Inicial de Regeneração (Capoeira);
3. Estágio Médio de Regeneração (Capoeirão);
4. Estágio Avançado de Regeneração
(Mata Secundária);
5. Floresta Ciliar.
Sendo que:
a) Floresta primária
De máxima expressão local, com grande diversidade
biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas
mínimos, que não afetam a estrutura e composição
de espécies.
-
b)
Estágios sucessionais iniciais
Formação herbácea ou arbustiva, com altura
média de 3 m e DAP < 8 cm;
Epífitas, quando existentes: líquens, briófitas,
pteridófitas;
Trepadeiras, se presentes, são herbáceas;
Serapilheira forma camada fina, pouco decomposta;
Diversidade variável, com poucas espécies arbóreas,
estas muito dispersas;
Ausência de sub-bosque;
Espécies características: rabo-de-burro; capororocas,
samambaia-das-taperas, vassouras, etc.
-
-
c) Estágio
sucessional médio
Vegetação de porte herbáceo / arbustivo,
com altura média de até 8,0 m e DAP de até
15 cm;
Cobertura arbórea variando de aberta a fechada, dois
estratos arbóreos não bem definidos, com ocorrência
eventual de indivíduos emergentes;
Epífitas em maior número que o anterior;
Trepadeiras, quando presentes, são lenhosas;
Serapilheira com espessura variável;
Diversidade biológica significativa;
Sub-bosque presente;
d) Estágio
sucessional avançado (mata secundária)
Vegetação com fisionomia arbórea formando
um dossel fechado, uniforme, dois estratos arbóreos bem
definidos e um terceiro em formação, de grande
amplitude diamétrica, com altura média superior
a 8,0 m e DAP > 15,0 cm;
Espécies emergentes, copas superiores amplas;
Epífitas em grande número de espécies e
indivíduos;
Trepadeiras em geral, lenhosas;
Serapilheira abundantes;
Grande diversidade biológica;
e) Floresta
ciliar
Formação florestal característica da margem
de rios, sendo os efeitos das ações antrópicas
mínimos, geralmente com diversidade florística
e porte menor do que na floresta primária de encosta,
e com ocorrência de um grande número de indivíduos
da família das mirtáceas.
Sub-bosque
Foi classificado
de acordo com estrutura.
1. Denso
Fechado, composto por um grande número de indivíduos
por unidade de área, em geral com presença de
cipós e/ou taquarais, cujo deslocamento da equipe na
floresta e marcação da unidade amostral exige
a abertura de picadas completas com foice.
2. Médio
Semi-aberto, composto por um número menor de indivíduos
por unidade de área, ocorrência esparsa de cipós
e/ou taquaras, cujo deslocamento da equipe na floresta e marcação
da unidade amostral exige a abertura parcial de picadas e retirada
dos indivíduos que impedem a visualização
dos pontos a serem marcados.
3. Ralo
Aberto, composto por um pequeno número de indivíduos
por unidade de área, ocorrência rara de cipós
e/ou taquaras, cujo deslocamento da equipe na floresta e marcação
da unidade amostral não necessita a abertura de picadas
e sim a retirada de galhos e dos poucos indivíduos que
impedem a visualização dos pontos a serem marcados.
Classe de valor
Classificação
de acordo com o valor ecológico, como segue:
0. Não avaliado;
1. Altíssimo
valor ecológico - Floresta
situada em Unidades de Conservação, floresta primária,
floresta ciliar e das margens de canyons;
2. Alto
valor ecológico - Floresta contínua, com área
significativa, situada nos topos de morro e encostas, protegendo
nascentes e margens dos cursos de água, e formando corredor
de fauna; fragmento com elevada riqueza de espécies;
presença de árvores-matrizes.
3. Médio
valor ecológico - Floresta de área considerável,
porém as principais espécies - como: araucária,
grápia, cedro, louro, canjerana, guajuvira, etc., foram
bastante exploradas no passado; florestas secundárias
que não formam corredores de fauna ou mata ciliar.
4. Pouco valor ecológico
Capoeirões e capoeiras em geral, localizadas longe das
nascentes e margens dos rios, e que não formam corredores
para a fauna.
O valor ecológico está relacionado com a importância
em termos de conservação e biodiversidade do fragmento
florestal onde está a unidade amostral, no contexto da
microbacia.
Acesso
Classificação
de acordo com o grau de dificuldade de acesso até atingir
a unidade amostral:
1. Fácil
acesso;
2.
Acesso com restrição;
3. Difícil acesso.
Relevo
Classificado
de acordo com a inclinação do terreno:
1. Inclinação de 0 - 5°;
2. Inclinação de 6 - 15°;
3. Inclinação de 16 - 30°;
4. Inclinação superior a 30°.
Município
Registrado
o código do município conforme classificação
tributária do Estado.
Solo
O solo dominante
na unidade foi classificado como segue:
0 - Não classificado;
1 - Afloramento de rocha;
2 - Hidromórfico;
3 - Profundo;
4 - Arenoso;
Hora
de início e término
Hora do
início e término do levantamento da unidade amostral,
em cada dia de trabalho, quando necessário mais de um
dia.
Área
da unidade amostral
Registrou-se
a área da unidade amostral de acordo com o tipo de unidade;
Número
da árvore
Rregistrou-se
o número em ordem seqüencial de medição
das árvores, correspondente ao da etiqueta pregada no
fuste. A etiqueta foi pregada no lado leste das árvores
medidas, a uma altura de 30 cm do solo.
Espécie
Nome Comum:
foi registrado o nome comum da árvore, quando conhecido,
e coletada uma exsicata para a sua identificação
botânica.
Código da espécie
Registrou-se
o código da espécie, após a identificação
botânica em laboratório.
Circunferência
Mediu-se
a circunferência à altura do peito das árvores
amostradas que apresentavam valores maior ou igual a 30 cm,
com trena de precisão em milímetros.
· CAP = registrou-se a circunferência a altura
de 1,30 m;
· HCAP = registrou-se a altura onde foi tomada a circunferência,
quando não era medida a 1,30 metros acima do solo.
Altura
comercial
Registrou-se
a altura comercial da árvore com precisão de decímetros.
Altura total
Rregistrou-se
a altura total da árvore com precisão de decímetros.
Posição
sociológica: classificação das árvores
de acordo com a posição que ocupam no estrato,
dividido em quatro classes:
0. Não classificado;
1. Árvore dominante;
2. Árvore co-dominante;
3. Árvore dominada;
4. Árvore suprimida.
Tendência
de valorização: possibilidade da árvore
passar de um estrato para outro, classificado de acordo com
as condições de crescimento de cada árvore,
através dos seguintes critérios:
1 - Crescimento promissor, mudança ascendente na posição
sociológica;
2 - Crescimento médio, mudança lenta na posição
sociológica;
3 - Crescimento insignificante, tendência a permanecer
na mesma posição sociológica.
Classe
da copa
Classificada
de acordo com a sua profundidade em:
1. Copa longa, comprimento maior que ½ da altura total
da árvore;
2. Copa média, comprimento da copa entre ½ e ¼
da altura total da árvore;
3. Copa curta, comprimento da copa inferior a ¼ da altura
total da árvore;
4. Copa danificada ou quebrada.
Condições
de sanidade
As árvores
foram classificadas de acordo com as causas e a intensidade
de danos:
a) Causas:
1. Saudável;
2. Danos abióticos (geadas, ventos, ...);
3. Danos por insetos;
4. Danos por fungos;
5. Danos por animais;
6. Danos complexos (causados por dois ou mais agentes);
7. Morta;
b) Intensidade:
1 - Baixa;
2 - Média;
3 - Alta.
Qualidade
do tronco
Aavaliada
a partir da seguinte classificação:
1. Fuste reto, cilíndrico, sem defeitos internos aparentes,
livre de nós e galhos, que permite obter madeira de alta
qualidade;
2. Fuste
reto a levemente tortuoso, cilíndrico ou pequena excentricidade,
sem defeitos aparentes, presença de pequenos galhos,
que permite obter madeira de boa qualidade;
3. Fuste
com tortuosidade acentuada, excêntrico ou não com
sinais de defeitos internos e externos, presença de galhos
de porte regular, que permite obter madeira com qualidade regular;
4. Fuste
inaproveitável, podre, oco, que não permite qualquer
aproveitamento.
Qualidade
das toras
Avaliação
da qualidade de 4 toras de 1,5 m de comprimento através
da classificação anterior. Esta avaliação
não foi feita na primeira ocasião do inventário.
Qualidade
HC-6,0m
Refere-se
à classificação da qualidade do restante
do fuste em uma única tora - HC - 6,0 metros. Esta avaliação
não foi realizada na primeira ocasião do inventário.
Coordenadas das árvores
Mediu-se
as distâncias da ordenada e da abscissa de cada árvore
amostrada dentro de cada subunidade de 10 x 10 m, considerando-se
como origem o canto inferior esquerdo.
Características
das árvores
Foram registradas
características adicionais das árvores amostradas
em dois campos:
a) Primeiro
campo:
0. Sem característica adicional;
1. Morta;
2. Caída;
3. Bifurcada abaixo de 1,30 m;
4. Inclinada;
5. Copa quebrada;
6. Galhos quebrados;
7. Tronco quebrado acima de 1,30 m;
8. Oca;
9. Ingresso.
b) Segundo
campo:
0. Não avaliado;
1. Com floração;
2. Com frutos;
3. Com sementes;
4. Presença de epífitas;
5. Presença de parasitas;
6. Uso fitoterápico;
7. Ninho de aves;
8. Líquens (barba-de-pau);
9. Envolta em cipó.
Informações
coletadas em florestas plantadas
As informações
coletadas nas unidades amostrais de florestas plantadas foram
registradas na ficha de camporespectiva.
Identificação
: Registrou-se
o nome do responsável pelo levantamento, o número
da equipe, a hora de início e término da medição,
nome do local, a espécie ou gênero, área
da unidade e coordenadas UTM do centro da unidade amostral.
Código
do distrito
Na primeira
ocasião do inventário, não foi registrado
o código do distrito.
Talhão
Registrou-se
o número do talhão, conforme identificação
do proprietário.
Carta
Registrou-se
o número da carta onde está localizada a unidade
amostral.
Unidade amostral
Registrou-se
o número da unidade amostral.
Medição
número
Indicou-se
a ordem de abordagem da população relativa ao
tempo, ou seja, 1 (um) para a primeira medição.
Número
de fichas
Indicou-se
o número de fichas usadas na medição da
unidade amostral.
Ficha
número
Rregistrou-se
o número de ordem das fichas utilizada para a medição
da unidade amostral.
Data
de medição
Iindicou-se
o dia, mês e o ano da medição.
Espaçamento
inicial
Registrou-se
a distância original das árvores entre linhas e
na linha.
Idade
Registrou-se
a idade real do povoamento, em meses, levando-se em consideração
o mês e o ano do plantio.
Tipo de parcela
1. Permanente;
2. Temporária.
Sítio
Registrou-se
a característica geral do solo, de acordo com a seguinte
classificação:
0. Não classificado;
1. Afloramento de rocha;
2. Solo hidromórfico;
3. Solo profundo;
4. Solo arenoso.
Tipo de
madeira
Classificada
em relação ao gênero e/ou a espécie,
de provável ocorrência no Estado, da seguinte maneira:
Nome
Científico |
Nome
Comum |
Acacia
mearnsii
Araucaria angustifólia
Carya illinoensis
Casuarina equisetifolia
Cryptomeria japonica
Cunninghamia lanceolata
Cupressus lusitanica
Cupressus macrocarpa
Cupressus sp.
Eucalyptus alba
Eucalyptus botryoides
Eucalyptus camaldulensis Eucalyptus Cinerea
Eucalyptus citriodora
Eucalyptus dunni
Eucalyptus globulus
Eucalyptus grandis
Eucalyptus maculata
Eucalyptus paniculata
Eucalyptus robusta
Eucalyptu saligna
Eucalyptus tereticornis
Eucalyptus urophyla
Eucalyptus viminalis
Eucalyptus sp.
Euterpe edulis
Grevillea robusta
Hovenia dulcis
Ilex paraguariensis
Pelthophorum dubium
Pinus caribaea
Pinus elliottii
Pinus oocarpa
Pinus patula
Pinus taeda
Pinus sp.
Platanus x acerifolia
Platanus occidentalis
Platanus orientalis
Platanus sp.
Podocarpus lamberti
Podocarpus sellowii
Populus alba
Populus deltoides
Populus nigra
Populus sp.
Salix babilonica
Salix humboldtiana
Sequoia sempervirens
Sequoiadendron giganteum
Thuja occidentalis
Thuja orientalis |
Acácia-negra
Pinheiro-brasileiro
Nogueira-pecã
Casuariana
Pinheiro japonês
Pinheiro alemão
Cipreste-português
Cipreste-americano
Cipreste
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Eucalipto
Palmiteiro
Grevilea-robusta
Uva-do-japão
Erva-mate
Canafístula
Pinus
Pinus
Pinus
Pinus
Pinus
Pinus
Plátano-de-londres
Plátano-americano
Plátano-do-gênio
Plátano
Pinheiro bravo
Pinheiro-bravo
Álamo-branco
Álamo-americano
Álamo-vermelho
Álamo
Salso-chorão
Salso-comum
Sequóia
Sequóia gigante
Tuiaamericana
Tuia-asiática |
Classe
natural de idade
Refere-se
ao estado de desenvolvimento natural dos povoamentos, como segue:
0. Não
avaliado;
1. Estado
jovem: são todos os povoamentos em estado de cultura ou
de regeneração natural, que compreende o período
entre a implantação até o início do
fechamento das copas do povoamento;
2. Estado
denso: são povoamentos que se encontram no período
entre o início do fechamento do coberto até o início
dos desbastes;
3. Estado
de desbaste: são povoamentos que se encontram no período
compreendido entre o início dos desbastes até atingir
o diâmetro objetivo;
4. Estado
de madeira: são os povoamentos cujo DAP médio é
maior que o diâmetro objetivo (é função
das metas do manejo florestal).
Forma
de mistura
Ccaracteriza
povoamentos com mistura em unidades absolutas ou relativas da
área florestal, como segue:
0. Não
avaliado;
1. Mistura
isolada: as árvores estão distribuídas aleatoriamente
no povoamento;
2. Mistura
em grupinhos: ocorre quando o diâmetro médio da área
de mistura for menor ou igual a 15 (quinze) m (d <ou = 15 m);
3. Mistura
em grupos: (15 m < d <ou = 30 m);
4. Mistura
em grupões (30 m < d <ou = 60 m);
5. Mistura
em pequenas áreas (d > 60 m);
6. Mistura
em faixas: ocorre quando as árvores encontram-se distribuídas
em forma de faixas.
Nesta classificação,
a variável d representa o diâmetro médio da
área florestal avaliada.
Divisão
da mistura
Expressa em
percentagem da área ocupada do talhão, como segue:
0. Não
avaliado;
1. 0 - 15%
da área total;
2. 15 - 30%
da área total;
3. 30 - 45%
da área total;
4. > 45%
da área total.
Qualidade
das árvores
Avaliadas
a partir da observação, em termos médios,
das seguintes características das árvores:
a) Forma do
fuste: classificado para o povoamento e registrado no primeiro
campo:
0. Não avaliado;
1. Longo e reto;
2. Longo e irregular;
3. Médio e reto;
4. Médio e irregular;
5. Curto e reto;
6. Curto e irregular.
Entende-se por fuste a porção do tronco de uma árvore
compreendida entre a base e o primeiro galho vivo, sendo que:
LONGO: é
o fuste que tiver um comprimento maior ou igual a ¾ da
altura total da árvore;
MÉDIO:
é o comprimento compreendido entre ¾ a ½
da altura total da árvore;
CURTO: é
o comprimento menor que ½ da altura total da árvore;
RETO: fuste
reto e cilíndrico;
IRREGULAR:
fuste tortuoso e/ou excêntrico;
b) Galhos:
registrado no segundo campo e classificado em:
0. Não avaliado;
1. Grossos: diâmetro na inserção maior ou
igual a 5,0 cm;
2. Finos: diâmetro menor que 5,0 cm;
3. Desramados: fuste que sofreu poda.
c) Copas:
registrado no terceiro campo e classificada em:
0. Não avaliado;
1. Copa profunda: é a copa que possui comprimento maior
que ½ da altura total da árvore;
2. Copa média: é a copa com comprimento entre ½
e ¼ da altura total da árvore;
3. Copa curta: é a copa com comprimento inferior a ¼
da altura total da árvore.
d) Defeitos:
registrados no quarto campo e classificados em:
0. Não avaliado;
1. Danos por animais: causados por roedores, cavalares, bovinos,
etc.;
2. Insetos;
3. Fungos;
4. Poluição;
5. Sem defeitos.
Classe de
valor
Classificada
de acordo com o valor médio estimado da madeira do povoamento,
considerando:
0. Não
avaliada;
1. Altíssimo
valor de produção: são os povoamentos que
apresentam fustes longos e retos, sofreram desrama, copas curtas
e árvores livres de defeitos;
2. Alto valor
de produção: são os povoamentos que apresentam
fustes longos e retos, galhos finos, copas curtas e árvores
livres de defeitos;
3. Médio
valor de produção: são os povoamentos que
apresentam fustes longos e irregulares e/ou médios e retos
e/ou curtos e retos, galhos finos e/ou grossos, copas médias
e baixa incidência de defeitos (até 20%);
4. Baixo valor
de produção: são os povoamentos que apresentam
fustes médios e irregulares, e/ou curtos e retos, galhos
grossos, copas grandes e defeitos em proporção superiores
a 20% e inferiores a 60%;
5. Nenhum
valor de produção: são povoamentos que apresentam
fustes curtos e irregulares, galhos grossos e/ou finos, copas
de qualquer tamanho e com alta incidência de defeitos (
> 60%).
Grau de
cobertura
Refere-se
ao grau de cobertura do solo pelas copas das árvores. Os
povoamentos serão classificados através dos seguintes
códigos:
0. Não
avaliado;
1. Denso:
copas que se entrelaçam;
2. Fechado:
copas que tocam-se na ponta dos galhos;
3. Aberto:
copas distanciadas entre si de modo que uma segundacopa
possa ocupar todo este espaço;
4. Claro:
copas distanciadas entre si de modo que uma segunda copa não
possa ocupar todo este espaço;
5. Espaçada:
copas distanciadas de tal forma que são necessárias
várias copas para ocupar este espaço.
Grau de
estoqueamento
Relação
existente entre o volume real e o volume obtido na tabela de produção,
expresso em porcentagem (%). Na primeira ocasião, não
foi avaliado este item.
Mês
e ano de plantio
Rregistrou-se
o mês e o ano de plantio.
Desbaste
Registrou-se
o volume de madeira retirado nos desbastes. Na primeira ocasião,
este item não foi avaliado.
Medição
do DAP
Mediu-se os
diâmetros à altura do peito (DAP) de todas as árvores
que apresentavam valores ³ 5 cm.
Medição
da altura total (h)
Mediu-se a
altura total das 20 primeiras árvores da unidade, mais
as das seis árvores mais grossas da mesma (altura dominante).
Códigos
Identificam
características específicas de cada árvore.
O código era constituído de três dígitos,
assim classificados:
a) Primeiro campo: descrevia as características atuais
das árvores:
0. Sem peculiaridades;
1. Altura
dominante (ho);
2. Árvore
morta;
3. Árvore
com desenvolvimento abaixo do limite de medição
(DAP <ou = 5,0 cm), não mede o DAP nem a altura;
4. Árvore
bifurcada abaixo de 1,30 m;
5. Árvore
bifurcada acima de 1,30 m;
6. Toco;
7. Árvore
quebrada (não medir a altura);
8. Árvore
torta;
9. Árvore
inclinada.
b) Segundo
campo: descrevia as medidas de manejo aplicadas ou previstas para
a árvore:
0. Sem peculiaridades;
1. Árvore
marcada para desbaste;
2. Árvore
desramada;
3. Árvore
marcada para porta semente;
4. Árvore
brasão (não considerar como dominante);
5. Touça
(Eucalyptus spp.) colocar código 5 somente ao medir a primeira
haste de cada touça.
6. Árvore
resinada.
c) Terceiro
campo: descrevia outras características de interesse, como
segue:
0. Sem peculiaridades;
1. Falha;
2. Árvore
caída;
3. Brotos
de uma touça (DAP ³ 5 cm);
4. Árvore
dupla;
5. Árvore
com gomose;
6. Árvore
atacada por vespa.
Cubagem
de árvores em florestas naturais
Em cada unidade
amostral, temporária ou permanente, foram cubadas de duas
a quatro árvores com CAP >ou = 30 cm. Foram selecionadas
as árvores mais próximas do ponto inicial de medição,
independente da espécie. Os dados foram registrados em
ficha esoecífica.
A cubagem rigorosa foi feita com a árvore em pé,
em posições absolutas, até a altura comercial.
Nas alturas de 0,30; 0,60 e 1,30 m, tomou-se a circunferência
com fita métrica. Nas demais alturas, de metro em metro
partindo-se de 1,30 m até a altura comercial, tomou-se
o diâmetro de cada seção com o auxílio
de relascópio de Bitterlich. Para tanto, no relascópio,
foram utilizadas as escalas hipsométricas de 20, 25 e 30
m, as quatro bandas estreitas e a banda 1.
O procedimento para a medição dos distintos diâmetros
com o relascópio de Bitterlich foi o seguinte:
a) Localizava-se
um ponto a uma distância de 15, 20, 25 ou 30 m da árvore,
de modo que o fuste ficasse completamente visível, e o
primeiro diâmetro a ser medido pelo relascópio (a
2,30 m de altura) estivesse contido na banda 4 (banda 1 mais quatro
bandas estreitas);
b) Instalava-se
o aparelho sobre tripé e marcava-se na árvore uma
altura
de referência, por exemplo, a altura do peito (1,30 m acima
do solo);
c) Visava-se
a altura de referência com o relascópio e registrava-se
a altura lida na escala hipsométrica escolhida. Aumentava-se
a altura de visada adicionando-se um metro à leitura lida
na altura de referência, obtendo-se o primeiro ponto de
medição. Para as demais alturas de medição,
seguia-se aumentando um metro à última altura lida,
até a altura comercial. (Obs.: para a escala hipsométrica
de 15 m lia-se os valores na escala de 30 metros e dividia-se
o resultado por dois);
d) No ponto
de medição, com precisão de ½ banda
estreita, observava-se quantas bandas eram necessárias
para se atingir o diâmetro à altura de medição.
Em
função disto e da distância selecionada, obtinha-se
o diâmetro na altura do ponto de
medição, pois:

onde:
K
= Número da banda
d = diâmetro
R = distância do aparelho até a árvore
Quando não
se conseguia boa visualização da árvore a
distâncias fixas, media-se diâmetros a distâncias
variáveis. Para tanto, era necessário o auxílio
de uma régua de medição de altura para se
obter o ponto de medição.
Supondo-se que a distância do observador até a árvore
(R) fosse de 18 m e no ponto de medição a leitura
tenha sido a banda 1 mais 2,5 bandas estreitas. O diâmetro
era obtido da seguinte maneira:
Uma banda estreita era equivalente a 36/4 = 9 cm. Assim, o diâmetro
era de 0,36 + 0,225 = 0,585 m.
A ficha de
campo para a cubagem rigorosa de árvores de florestas nativas
incluía as seguinte observações:
Carta
Número
da carta onde estava localizada a unidade amostral.
Unidade
amostral
Número
da unidade amostral em que a árvore estava sendo cubada.
Árvore
número
Número
de ordem das árvores cubadas.
Espécie
Código
da espécie.
DAP/CAP
Diâmetro
ou circunferência (à altura do peito) medida com
a árvore em pé.
Altura
total
Aaltura total
da árvore, com precisão de decímetros, medida
com VERTEX.
Altura
comercial
Aaltura comercial
da árvore, com precisão de decímetros, medida
com VERTEX.
Hora de
início e término
Hora de início
e término da cubagem.
Data de
medição
Dia, mês
e ano da medição.
Equipe
Número
da equipe responsável pela cubagem.
Diâmetro
Diâmetros
com casca medidos nas alturas pré-determinadas.
Espécie
Nome comum
da espécie.
Continua
Quando a altura
da árvore era maior que 12,3 m, o registro da cubagem continuava
no quadro seguinte.
Obs.: Na cubagem
de árvores em florestas naturais não foi medida
a espessura de casca na primeira ocasião do inventário.
Cubagem
rigorosa em florestas plantadas
Em cada unidade
amostral, temporária ou permanente, cubou-se uma ou duas
árvores com DAP ³ 5 cm. As árvores cubadas
foram selecionadas fora da unidade amostral, porém próximo
da mesma, com DAP semelhante ao diâmetro médio da
unidade amostral.
A cubagem
rigorosa era feita em árvores abatidas, utilizando-se o
seccionamento relativo (Hohenadl) ou seccionamento absoluto.
O seccionamento de Hohenadl era aplicado preferencialmente na
cubagem de árvores de povoamentos jovens, visando garantir
um número substancial de diâmetros medidos ao longo
do tronco. Para tanto, marcava-se 15 posições relativas
sobre o fuste das árvores a 0,5%; 1,0%; 5%; 10%; 15%; 20%;
25%; 30%; 40%; 50%; 60%; 70%; 80%; 90% e 95% da altura total da
árvore, nas quais media-se os diâmetros e a espessura
de casca.
Quando se
utilizava o seccionamento absoluto, mediam-se os diâmetros
e a espessura de casca a 0,1 m; 0,3 m; 1,3 m (DAP) e a partir
do DAP de metro em metro até a altura total da árvore.
As fichas
de campo para a cubagem rigorosa de florestas plantadas incluía
as seguinte observações:
Carta
Registrou-se
o número da carta onde foi localizada a unidade amostral.
Unidade
amostral
Registrou-se
o número da unidade amostral próxima da árvore
que estava sendo cubada.
Talhão
Registrou-se
o número do talhão, quando existia.
Idade
Registrou-se
a idade real do povoamento em meses, levando-se em consideração
o mês e o ano do plantio.
Árvore
número
Registrou-se
o número seqüencial de cubagem.
Espécie
Registrou-se
o nome comum da espécie.
DAP
Registrou-se
o DAP medido com suta.
Altura
total
Registrou-se
a altura total da árvore, com precisão de centímetros,
medida com trena.
Altura
aproveitável
Esta avaliação
não foi feita nesta primeira ocasião.
Altura
do primeiro galho
Registrou-se
a altura na qual encontrava-se o primeiro galho vivo da árvore.
Hora de
início e término
Registrou-se
a hora de início e término da cubagem.
Data de
medição
Registrou-se
o dia, o mês e o ano da medição.
Equipe
Registrou-se
o número da equipe responsável pela cubagem.
Altura
Registrou-se
as alturas em metro, com precisão em centímetro,
das alturas relativas aos pontos de medição.
Diâmetro
Registrou-se
os diâmetros com casca nas respectivos pontos de medição,
medido com suta e precisão de milímetros.
Espessura
da casca
Registrou-se
a espessura da casca nas respectivos pontos de medição,
com precisão em milímetros.
Espécie
Registrou-se
o nome comum da espécie.
<<volta
Cálculo
dos Volumes
Os volumes
individuais das árvores de cada unidade amostral, a partir
dos quais estimou-se os volumes comerciais e totais de cada estrato
e da população, foram obtidos através do
ajuste de diversos modelos de equações volumétricas,
aritméticas e logarítmicas, comumente usados em
inventários florestais e selecionados os que melhor se
ajustaram aos dados.
O ajuste das equações volumétricas foi realizado
a partir dos dados de volumes obtidos em árvores amostra
cubadas individualmente.
Cubagem
rigorosa
A cubagem
rigorosa de árvores-amostra para as relações
volumétricas foi efetuada concomitantemente à coleta
de dados das unidades amostrais, com controle das espécies
e classes diamétricas, visando cobrir a amplitude de variação
dos indivíduos da população, seguindo as
metodologias anteriormente descritas.
Os volumes
individuais das árvores cubadas foram obtidos através
da metodologia de Smalian, mediante a aplicação
da seguinte fórmula:

Onde:
v = volume rigoroso total do fuste;
gi = áreas transversais das secções;
l = comprimento das secções.
Esses
volumes foram utilizados para testar os modelos de equações
volumétricas. 3 Equações volumétricas
Entre os modelos de equações volumétricas
propostos por LÖETSCH et al. (1975), PRODAN (1965) e outros,
selecionou-se os mais usuais, segundo a literatura, incluindo-se
modelos aritméticos e logarítmicos aplicados inclusive
no Inventário Florestal Nacional: Florestas Nativas e Reflorestamentos
do Rio Grande do Sul (BRASIL, 1983), como segue:
Eq.
|
Variáveis
|
Equações
|
Autores
|
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
|
d,h
d,h
d,h
d,h
d
d,h
d
d
d,h
d,h
d,h
d
d
|
v=
b0 +b1 d + b2 d² + b3
d h + b4 d² h + b5 h
v = b0 +b1d + b2 d² + b3
d h + b4 d²h
v = b0 +b1d² + b2 d²
+ b3 d h + b4 d² h²
v = b0 +b1d² + b2 d²
+ b3 d h
v = b0 +b1 d
v = b0 +b1d² h
v = b0 +b1d + b2 d²
v =b2 d²
log v = b0 +b1log d + b2 log²
d + b3 log h + b4 log² h
log v = b0 +b1 log d + b2 log h
log v = b0 +b11 log (d² h)
log v = b0 +b1 log d + b2 d
log v = b0 +b1 log d
|
MEYER
MEYER (Modificado)
NASLUND (Modificada)
STOATE
BERKHOUT
SPURR
HOHENALD/KRENN
KOPEZKY
PRODAN (Baden-Wuerttemberg)
SCHUMACHER-HALL
SPURR
BRENAC
HUSCH
|
A
seleção das melhores equações aplicáveis
ao cálculo dos volumes das parcelas foi feita com base
nos critérios estatísticos recomendados por DRAPER
& SMITH (1966), SCHNEIDER (1993) e outros, ou seja:
-
Coeficiente de determinação;
- Erro padrão da estimativa;
- Valor de F;
- Índice de Furnival;
- Soma de quadrados dos resíduos.
A
equação de volume selecionada era aquela derivada
do modelo que apresentava a melhor combinação dos
indicadores estatísticos, ou seja: maior coeficiente de
determinação, menor erro padrão da estimativa,
maior valor de F e menor soma de quadrados dos resíduos.
O Índice de Furnival era usado para comparar o erro padrão
de modelos logarítmicos com os dos aritméticos.
Utilizando-se esses critérios, foram elaboradas duas equações
volumétricas para florestas nativas: uma para espécies
folhosas e uma para araucária, ajustadas por tipo fitogeográfico,
as quais estimam volumes comerciais e totais com casca; e 6 equações
de volume para florestas plantadas: para acácia, eucalyptus
e pinus, para estimar os volumes totais com e sem casca.
Para o cálculo dos volumes das parcelas de reflorestamento
de araucária, usou-se a equação ajustada
no inventário de 1983.
Cálculo dos volumes das unidades amostrais
A
partir equações volumétricas selecionadas
para os diferentes estratos de florestas nativas e plantadas,
calculou-se os volumes de cada unidade amostral, os quais resultavam
do cômputo dos volumes individuais de cada árvore
da parcela, expressos por hectare.
No caso das florestas plantadas, para o cálculo dos volumes
das parcelas, era necessário ajustar uma equação
de altura (relação hipsométrica) para cada
parcela, estimando as alturas não medidas no campo.
Equações hipsométricas
A
metodologia definida para o levantamento das florestas plantadas,
estabelecia a medição das alturas das 20 primeiras
árvores da parcela e mais as 6 árvores mais grossas.
Como o volume das parcelas é determinado a partir do cálculo
dos volumes de cada árvore, era necessário a elaboração
de uma equação hipsométrica para estimar
as alturas das árvores não medidas.
Entre os modelos matemáticos propostos por PRODAN, CURTIS,
SCHIMIDT, STERBA et al., ASSMAN e outros, destacam-se os seguintes:
Eq.
Nº
|
Variáveis
|
Equações
|
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
|
D
D
D
D
D
D
D
D
D
D
D
D
D
D
|
1/(h-1.30)
= b0 +b1/d
h-1.30 = b0 +b1d+ b2d2
h = b0 +b1d+ b2d2
h = b0 +b1d+ b2d2 + b3d3
h = b0 +b1/d2
1/(h-1.30) = b0 +b1d + b2d2)
ln(h-1.30) = b0 +b1.1/d)
h-1.30 = b0 +b1d
ln(h) = b0 +b11/d
h = b0 +b1d
ln(h) = b0 +b1ln(d)
ln(h-1.3) = b0 +b1ln(d)
ln(h-1.30) = b0 +b11ln(d)+ b2ln(d2)
ln(h-1.3) = b0 +b1ln(d/(1+d)) |
Todos
estes modelos são usados para descrever as relações
funcionais entre os diâmetros e as alturas das árvores.
<<volta
Análise
Fitossociológica
Segundo MONTOYA-MAQUIN
& MATOS (1967), a vegetação natural é
uma comunidade muito complexa e está relacionada com os
diversos fatores do meio, como climáticos, pedológicos
e biológicos. Pode-se quantificá-la por diversos
parâmetros, entre os quais destacam-se os métodos
baseados no estudo dos diversos elementos da vegetação,
que são os métodos florísticos ou taxonômicos
e os baseados na estrutura e na fisionomia.
De acordo
com FÖRSTER (1973), a análise estrutural da vegetação
deve ser baseada no levantamento e na interpretação
de critérios de conteúdo mensuráveis. Análise
dessa natureza permite comparações entre diferentes
tipos de florestas.
LAMPRECHT
(1962, 1964), VEGA (1968), FÖRSTER (1973) e FINOL (1971,
1976), descreveram os aspectos fitossociológicos das florestas,
considerando parâmetros da estrutura horizontal e vertical.
Para análise
da estrutura horizontal das comunidades
vegetais utiliza-se os parâmetros de densidade
(abundância), freqüência,
dominância, valor de importância
e valor de cobertura, que revelam informações
sobre a distribuição espacial das populações
e sua participação no contexto do ecossistema.
A estrutura
vertical ou o arranjo dos indivíduos dentro do espaço
vertical, deve basear-se na distribuição dos indivíduos
em estratos (GUAPYASSÚ, 1994).
A diversidade
também foi avaliada.
<<volta
Estrutura
Horizontal
Permite determinar a importância fitossociológica
das espécies na comunidade, através dos valores
de Densidade (abundância), Freqüência, Dominância,
Valor de Importância e Valor de Cobertura.
a) Densidade
ou Abundância
Para DAUBENMIRE (1968) e MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG (1974),
a densidade refere-se ao número de indivíduos de
uma espécie por unidade de área ou de volume. É
o montante de indivíduos de cada espécie na composição
florística da floresta.
O termo Abundância, utilizado por alguns pesquisadores,
como LAMPRECHT (1962, 1964), FÖRSTER (1973), FINOL (1971,
1976) e LONGHI (1980), refere-se mais as estimativas visuais da
densidade das espécies, agrupando-as em classes de abundância
(muito rara, rara, ocasional, abundante, muito abundante). Já,
Densidade refere-se as contagens efetivas de indivíduos,
em um espaço contínuo.
Portanto, a Densidade Absoluta (DA) trata do número de
indivíduos de cada espécie por unidade de área
considerada (SOUZA, 1973 e VEIGA, 1977). Este número expresso
em percentagem, em relação ao número total
de árvores de todas as espécies, é denominado
de Densidade Relativa (DR), ou seja:
DA
= n/ha

onde:
DA = densidade absoluta;
DR.= densidade relativa;
n/ha = número de árvores de cada espécie
por hectare;
N/ha = número total de árvores por hectare.
b)
Freqüência
A
Freqüência indica a uniformidade de distribuição
de uma espécie sobre uma determinada área, ou seja,
a sua dispersão média (LAMPRECHT, 1962 e 1964; DAUBENMIRE,
1968 e FÖRSTER, 1973). Para SOUZA (1973), é a percentagem
de ocorrência de uma espécie em um número
de áreas de igual tamanho, dentro de uma comunidade.
Para determinar a freqüência, deve-se controlar a presença
ou a ausência da espécie, em uma série de
amostras de tamanho uniforme, independente do número de
indivíduos. Se uma espécie aparece em todas as unidades
amostrais, tem uma freqüência de 100 %. Refere-se,
portanto, à probabilidade de encontrar uma espécie
na área estudada (DAUBENMIRE, 1968).
Freqüência Absoluta (FA) é a proporção
entre o número de unidades amostrais, onde a espécie
ocorre e o número total de unidades amostrais, expressa
em percentagem. Freqüência Relativa (FR) é a
proporção, expressa em percentagem, entre a freqüência
de cada espécie e a freqüência total por hectare
(MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974), ou seja:
FA
= % de subparcelas em que ocorre uma espécie
onde:
FA.= freqüência absoluta;
FR.= freqüência relativa (%).
c)
Dominância
De
acordo com MARTINS (1991), a dominância expressa a proporção
de tamanho, volume ou cobertura de cada espécie, em relação
ao espaço ou volume da fitocenose.
Para
FÖRSTER (1973), FONT-QUER (1975) e SCHMIDT (1977), dominância
é a medida da projeção total do corpo das
plantas. Neste caso, a dominância de uma espécie
representa a soma de todas as projeções horizontais
dos indivíduos pertencentes à espécie.
Em
florestas muito densas, torna-se, praticamente, impossível
determinar os valores da projeção horizontal das
copas das árvores, devido à existência de
estratos superpostos, formando uma estrutura vertical e horizontal
muito complexa. Por isso, CAIN et al. (1956) propuseram o uso
da área basal como substituição à
projeção das copas, já que existe estreita
correlação entre ambas. Esta correlação
foi confirmada por vários autores, como VOLKART (1971),
BRUNIG & HEUVELDOP (1976) e LONGHI (1980).
A
Dominância Absoluta (DoA) de uma espécie consiste
na soma da área basal de todos os indivíduos da
espécie, presentes na amostragem. Dominância Relativa
(DoR) é a relação percentual entre a área
basal total da espécie e a área basal total por
hectare (MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974).
DoA = g/ha
onde:
DoA.= dominância absoluta (m²);
DoR.= dominância relativa (%);
g/ha = área basal de cada espécie por hectare (m²);
G/ha = área basal total por hectare (m²).
d)
Valor de Importância
Os
dados estruturais de Densidade, Dominância e Freqüência
revelam aspectos essenciais na composição florística
das florestas, com enfoques parciais, os quais isolados, não
podem informar sobre a estrutura florística de uma vegetação
em conjunto. É importante, para a análise da vegetação,
encontrar um valor que permite uma visão ou caracterização
da importância de cada espécie, no conglomerado total
da floresta (FÖRSTER, 1973 e LAMPRECHT, 1962 e 1964).
De
acordo com MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG (1974), qualquer um
dos valores dos parâmetros quantitativos de Densidade, Dominância
e Freqüência Relativas de cada espécie pode
ser interpretado como de importância na fitocenose, dependendo
do que o pesquisador considere relevante.
Um método para integrar esses três aspectos parciais,
para uniformizar a interpretação dos resultados
e caracterizar o conjunto da estrutura da vegetação,
consiste em combiná-los numa expressão única
e simples, calculando o Valor de Importância, proposto por
CURTIS & MACINTOSH e aplicados inicialmente por CAIN et al.
(1956). Obtém-se este índice, somando para cada
espécie, os valores relativos de Densidade, Dominância
e Freqüência, obtendo um valor máximo de 300
%. O Valor de Importância pode ser convertido em Percentagem
de Importância, ao ser dividido por três.
VI
= DR + DoR + FR
onde:
DR = densidade relativa;
DoR = dominância relativa;
FR = freqüência relativa.
Alguns autores
fazem restrições ao uso deste parâmetro. DAUBENMIRE
(1968) observa que ao serem somados os três parâmetros,
o valor de Freqüência tende a mascarar os demais, apresentando,
portanto, um maior peso na definição do Valor de
Importância. CAIN & CASTRO, citados por MARTINS (1991),
chamam a atenção para o fato de os valores de Freqüência
serem afetados pelas características das parcelas e da
amostragem.
Segundo MARTINS (1991), apesar de críticas, o Valor de
Importância tem se revelado muito útil, tanto para
separar tipos diferentes de florestas, como para relacioná-lo
à fatores ambientais ou para relacionar a distribuição
de espécies à fatores abióticos.
e) Valor de
Cobertura
FÖRSTER
(1973) considera o Valor de Importância uma grandeza relativa
e, por isso, deve ser tratado de forma breve. A importância
que uma espécie adquire na floresta é caracterizada
pelo número de árvores e suas dimensões (Densidade
e Dominância), que determinam o espaço dentro da
biocenose, não importando muito se as árvores aparecem
isoladas ou em grupos (Freqüência). A Freqüência
Relativa, que entra no valor da somatória do Valor de Importância,
terá uma influência mínima na hierarquia das
espécies, na comunidade, quando as espécies estão
uniformemente distribuídas. Neste caso, a Densidade e a
Dominância, são os elementos determinantes e a Freqüência
só terá influência, quando algumas espécies
aparecem agrupadas.
O autor aconselha caracterizar as espécies pelo Valor de
Cobertura (Densidade + Dominância Relativas), método
de BRAUN-BLANQUET, muito difundido em Botânica. Assim, uma
espécie é caracterizada pelo seu valor de avaliação
potência da espécie.
VC
= DR + DoR
onde:
DR = densidade relativa;
DoR = dominância relativa;
<<volta
Estrutura
Vertical
FINOL (1971)
destaca que, somente a análise de parâmetros da estrutura
horizontal da floresta, não permite uma caracterização
verdadeira dos seus componentes. Inclui, por isso, a análise
da Posição Sociológica e Regeneração
Natural.
a) Posição
Sociológica
A estrutura
sociológica ou expansão vertical das espécies
informa sobre a composição florística dos
distintos estratos da floresta. A posição sociológica
de uma árvore não é nenhuma função
direta de sua altura total, mas sim determinada pela expansão
vertical em relação com aquela de seus vizinhos
(LAMPRECHT, 1964).
O autor distingue os seguintes estratos de uma floresta natural:
o superior, que atinge as árvores cujas copas formam o
dossel mais alto da floresta; o médio, que corresponde
as árvores cujas copas se encontram abaixo do dossel mais
alto, mas na metade superior do espaço ocupado pela vegetação;
o inferior, que inclui as árvores cujas copas se encontram
na metade inferior do espaço ocupado pela floresta; o sub-bosque,
com arbustos e pequenas árvores abaixo do estrato inferior.
De acordo
com FINOL (1971), a presença das espécies nos diferentes
estratos da floresta é de verdadeira importância
fitossociológica, especialmente quando se trata de florestas
muito irregulares e heterogêneas. Em geral, uma espécie
tem seu lugar assegurado na estrutura e composição
da floresta, quando se encontra representada em todos os estratos
e, ao contrário, aquelas que se encontram somente no estrato
superior, ou superior e médio, é muito duvidosa
sua sobrevivência no desenvolvimento da floresta até
o clímax. Excetuam-se a esta regra, aquelas espécies
que por características próprias, nunca chegam a
passar do piso inferior.
Baseado nesta
teoria, FINOL (1975) afirma que as espécies que apresentam
uma Posição Sociológica regular, isto é,
maior número de indivíduos no piso inferior e diminuição
até o piso superior, são as mais estáveis
ecologicamente dentro da comunidade florestal.
No presente inventário apresenta-se a distribuição
do número de indivíduos das espécies nos
diferentes estratos da floresta. Para isso, considerou-se 4 estratos:
suprimidas, inferior, médio e superior.
b) Regeneração
Natural
O estudo da regeneração natural é de fundamental
importância na elaboração dos planos de manejo
florestal, pois informa se a vegetação pode sofrer
medidas de transformação utilizando o potencial
existente (FÖRSTER, 1973 e PETIT, 1969).
FINOL (1969, 1971) considera como regeneração natural,
todos os descendentes das plantas arbóreas que se encontram
entre 0,1 m de altura e o limite de diâmetro estabelecido
no levantamento estrutural.
FINOL (1975)
diz que a Regeneração Natural das espécies
arbóreas do ecossistema florestal constitui o apoio ecológico
de sua sobrevivência. Fitossociologicamente deveria entender-se
que para uma "Associação Clímax"
a grande maioria das árvores que integram a cobertura geral
da floresta, teriam que estar representadas na regeneração,
para que desta maneira possa haver substituição
normal dentro da mesma identidade botânica. No entanto,
pela grande amplitude ecológica do ambiente e pela grande
variabilidade florística disponível, deve-se aceitar
que mesmo numa floresta clímax sempre ocorrerão
representantes arbóreos sem regeneração,
devido fundamentalmente ao potencial de "espécies
oportunistas", que só esperam uma pequena clareira
na cobertura, para fazerem parte da estrutura.
Segundo FÖRSTER
(1973) e PETIT (1969), o estudo da regeneração natural
é de importância fundamental na preparação
dos planos de manejo florestal, informando se a vegetação
tem potencial para sustentabilidade de produção.
<<volta
Diversidade
Segundo MAGURRAN
(1989), as medidas de diversidade tem sido freqüentemente
utilizadas como indicadores do bom funcionamento dos ecossistemas
e uma das implicações deste fato é o grande
número de índices existentes, cada um tentando caracterizar
a diversidade de uma amostra ou comunidade através de um
único número.
Esta autora ressalta que tal variedade de índices reside
no peso dado pelos pesquisadores aos dois elementos que condicionam
o conceito de diversidade: a riqueza, isto é, o número
de espécies de uma comunidade, e a uniformidade (abundância),
que representa a distribuição do número de
indivíduos por espécie. Desta maneira, as medidas
de diversidade podem dividir-se em três categorias principais:
a) índices de riqueza de espécies, que são
essencialmente uma medida do número de espécies
em uma unidade de amostra definida; b) modelos de abundância
de espécies, que descrevem a distribuição
de abundância, tanto em situações onde há
elevada uniformidade, até aquelas em que a abundância
das espécies é muito desigual; e, c) índices
baseados na abundância proporcional de espécies,
que pretendem resolver a riqueza e a uniformidade em uma única
expressão simples.
Dentre os da terceira categoria, situa-se o Índice de Shannon.
Este índice considera que os indivíduos são
amostrados ao acaso a partir de uma população infinita
de distribuição aleatória; assumindo também
que todas as espécies presentes estejam representadas na
amostra (MAGURRAN, 1989).
Apesar de
que uma das fontes de erro mais substancial provenha do fato de
não se conseguir incluir todas as espécies da comunidade
na amostra, é recomendado o uso do Índice de Shannon
por ser o mais utilizado em fitossociologia, e portanto, passível
de comparação com estudos realizados em outras comunidades
florestais. É calculado pela equação:

onde: H' = índice de diversidade de Shannon;
pi = ni / N
ni = número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos.
ln = logarítmo neperiano.
O
valor deste índice normalmente situa-se entre 1,5 e 3,5,
sendo raro maior que 4,5.
<<volta
Identificação
das Espécies
Para a correta
identificação botânica das espécies
amostradas no Inventário Florestal Contínuo do Rio
Grande do Sul, foram adotados os seguintes procedimentos:
Coleta
de material botânico
Foram coletadas,
pelas equipes de campo, material botânico de todas as árvores
amostradas nas parcelas, que foram enumeradas conforme metodologia
do inventário. Procurou-se obter material mais completo
possível, isto é, ser constituído de ramos
com folhas, flores e/ou frutos. A presença desses elementos
é dependente da época do ano e nem sempre é
possível encontrá-los simultaneamente.
Procurou-se
coletar o máximo possível de amostras (3 a 5 exemplares)
de um mesmo indivíduo, para evitar perdas de coleta, quando
as condições de umidade prejudicam a secagem do
material.
Em árvores
de grande porte a obtenção de material botânico
pode se tornar tarefa difícil. Às vezes, é
necessário escalar a árvore, utilizar escadas, podões
de cabo extensível, bodoques ou linhadas. Importante é
que de uma maneira ou de outra a coleta de amostra da árvore
deve ser realizada, para proceder sua identificação
correta.
Para a coleta,
as equipes de campo possuiam equipamentos adequados, que foram
fornecidos pelos responsáveis pelo inventário, como:
prensas de madeira, papel jornal, etiquetas, bodoques, podões
ajustáveis, podões manuais, binóculos e sacos
plásticos.
Secagem
do material coletado
As equipes
de campo tiveram o cuidado de secar adequadamente o material botânico
coletado, durante a permanência no campo. Nos primeiros
dias após a coleta esta fase torna-se muito importante,
pois as plantas precisam perder a umidade natural para a sua conservação.
O material
coletado foi devidamente colocado nas prensas, entre papel jornal,
cuidando-se para que as folhas das plantas disponham-se em um
mesmo plano e, na medida do possível sem dobramento. Para
evitar confusões, toda amostra recebeu uma numeração
própria, a mesma da ficha de coleta de dados e a mesma
que a identifique no campo. Para isso foi necessário anexar
aos exemplares coletados uma ficha descritiva e nela devem constar
a numeração de coleta, nome comum, nome do coletor,
data de coleta, local de coleta, coordenadas geográficas
e outras informação importantes, como: dimensões
da árvore, cor das flores, características da casca,
presença de espinhos ou acúleos, etc.
As prensas
foram diariamente expostas ao sol. Para o sucesso da secagem,
deve-se trocar o jornal diariamente nos primeiros dias após
a coleta. Além disso, deve-se procurar não acumular
muito material nas prensas, que dificultarão a secagem.
Sempre que possível e sempre que acumulavam-se coletas
de vários dias de campo, o material coletado era enviado
ao Herbário do Departamento de Ciências Florestais
(HDCF) da UFSM, para terminar a fase de secagem. Esta, quando
necessária, foi realizada em estufas próprias para
este fim.
Identificação do material botânico coletado
A identificação
botânica das espécies amostradas no Inventário
Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul foi realizada pelos
professores Solon Jonas Longhi do Departamento de Ciências
Florestais - UFSM, Adelino Alvarez Filho e Renato Aquino Záchia
do Departamento de Botânica - UFSM e Bruno Edgar Irgang
do Departamento de Botânica - UFRGS, do Botânico Marcos
Eduardo Guerra Sobral da Faculdade de Farmácia - UFRGS.
Quando necessário foi feita consultas aos Herbários
da UFRGS (ICN) e da UFSM (HDCF e SMDB).
Montagem
das exsicatas
Após
confirmada a identificação das espécies,
providenciou-se a montagem das exsicatas. Estas foram incorporadas
ao Herbário do Departamento de Ciências Florestais
(HDCF) e servirão de base para o próximo Inventário,
previsto para 5 anos. Os outros herbários envolvidos poderão
também incorporar em seus acervos as espécimes coletadas
no Inventário.
A montagem das exsicatas seguiu a metodologia adotada pelo HDCF,
isto é, as amostras secas serão fixadas em cartolina
branca. Cada exsicata recebeu uma etiqueta, contendo as seguintes
informações: número seqüencial do herbário,
família botânica, nome científico, nomes vulgares,
nome do coletor, data de coleta, data e nome do determinador,
local de coleta, região fisiográfica, tipo fitogeográfico,
latitude, longitude, altitude, cor da flor e observações
complementares. Neste último ítem devem ser incluídos
os elementos mais importantes observados por ocasião da
coleta, em especial as observações sobre o porte,
aspecto da casca, descrição do ambiente geral de
sua ocorrência.
De cada espécie coletada foram preparadas várias
exsicatas, algumas delas servindo para o manuseio necessário
nos herbários, como envio a especialistas, empréstimos,
trocas, etc.
Preservação das exsicatas
Uma vez prontas,
as exsicatas são colocadas em caixas hermeticamente fechadas
contendo naftalinas para conservação, evitando-se
assim ataques de insetos e outros organismos que deterioram as
coleções.
Como os herbários constituem um foco para infestação
desses insetos, torna-se muito importante o cuidado com os menos.
Para isso, devem ser tomadas algumas precauções:
evitar introdução de exsicatas contaminadas, envenenamento
do material, colocação de naftalina triturada sobre
as exsicatas, congelamento temporário das mesmas, seguido
de aquecimento em estufa.
<<volta
Diâmetros
em centímetro para diferentes bandas e distâncias
BANDA
|
Distância
|
15
m
|
20
m
|
25
m
|
30
m
|
½
estreita
1 estreita
2 estreitas
3 estreitas
1
1 + 1 estreita
1 + 2 estreitas
1 + 3 estreitas
1 + 4 estreitas = 4 |
3,75
7,50
15,00
22,50
30,00
37,50
45,00
52,50
60,00
|
5,00
10,0
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
|
6,25
12,50
25,00
37,50
50,00
62,50
75,00
87,50
100,00
|
7,50
15,00
30,00
45,00
60,00
75,00
90,00
105,00
120,00
|
<<volta
|